A maneira
como desempenhamos nossa função, a dedicação que temos e a disposição em
realizar, não tem preço.
Eu estava
produzindo o Informativo Solimões das 10 horas da manhã, quando o telefone do
meu ramal na sala de jornalismo tocou. Além de redator e locutor noticiarista na emissora, fazia
locuções de chamadas, aberturas e fechamentos de programas. Fui chamado à sala
da diretora comercial exatamente para fazer mais um desses trabalhos. Era
considerado trabalho extra e dava sempre um bom acréscimo no salário.
O dinheiro é apenas um instrumento usado para satisfazer nossas vontades e decisões. Nem sempre nossas reais necessidades. |
Ao chegar
à sala, estava a diretora comercial em sua mesa, como sempre, bem expansiva,
sorridente, com uma xícara de café ao lado da máquina de escrever, dando uma baforada, descendo a mão até o cinzeiro sobre sua mesa,
para bater a ponta do cigarro que fumava e descartar a cinza acumulada na ponta. Ela terminava de
bater o contrato do novo programa que entraria na grade da emissora na faixa da
madrugada. Ali na sala, ela negociava com um homem um pacote de gravações de
comerciais, abertura e encerramento do programa que ele havia acabado de fechar
com a emissora. Ele era um Babalorixá (Uma hierarquia de liderança do Candomblé). Estava vestido com roupas
características: uma túnica branca; vários colares no pescoço,
pulseiras, e anéis nos dedos. Um bracelete, parecia de palha de milho trançada que marcava a parte superior de seu braço. Muito
simpático, falante, voz forte, tomando uma xícara de café, - ali nos cumprimentamos com um aperto de mão.
No pacote
proposto pela diretora comercial, eu gravaria o prefixo do programa e também os comerciais de seus
patrocinadores, como lojas de artigos religiosos de Umbanda e Candomblé.
-Pois não,
o que deseja diretora? - me apresentei.
-Tenho um
trabalho para você, estou fechando aqui e é para hoje - respondeu.
Ao ser
informado do que se tratava, pedi desculpas e disse lamentar não poder atender.
Ela foi enfática e direta: ele escolheu a sua voz. Ele quer você fazendo a
locução.
Eu me
dirigi a ele dizendo, desculpe, mas eu não daria à gravação o tom que ela
mereceria. Não faria isso com credibilidade.
-Mas você
é um profissional. Ouvi a sua voz e gostei, eu estou pagando pelo trabalho, ou
você não quer ganhar dinheiro?
-A
diretora sabe dos meus motivos - respondi.
-Se você
me convencer dos seus motivos eu poderia aceitar de maneira razoável, mas até
agora não estou entendendo nada!
E respondi
a ele: - Eu sou um Cristão. Não me sentiria a vontade gravando a abertura do seu
programa, nem os comerciais de seus patrocinadores. Poderia até fazer como um
profissional, mas tem coisa para mim, que vai
além disso. É uma questão
espiritual. É o que a gente sente, nem sempre aquilo que fazemos. Não me
sentiria confortável, e acho que isso pode até interferir na vibração da voz e comprometer a credibilidade. Espero que me entenda.
É preciso ter nossos propósitos bem definidos para dizermos não, sem pensar duas vezes. |
Ele ficou
surpreso ao ouvir isso. Não me criticou, nem mesmo me taxou de preconceituoso. Disse que nunca deparou com uma situação dessa, a de
alguém deixar de fazer algum trabalho por causa de religião.
Disse ter entendido a minha sinceridade e que respeitaria a minha posição.
A diretora comercial conhecia os meus motivos. Naquele momento ela disse, ali mesmo, na frente do Babalorixá: -Elias, você não tem jeito mesmo né? Dessa maneira você não será uma pessoa bem sucedida na vida. Você precisa ser flexível. Misturar religião com trabalho não é inteligente.
Meses antes, eu teria rejeitado receber dinheiro para divulgar um Deputado Estadual no meu programa. Teria que promovê-lo, mediante um pagamento mensal. Eu disse a ele: por que o senhor teria que pagar para eu divulgar projetos e propostas que beneficiam as pessoas? Boas coisas precisam ser divulgadas e, se elas ocorrem mesmo, para quê pagar? O deputado acabou fechando para ser divulgado em outro programa da emissora.
A diretora comercial conhecia os meus motivos. Naquele momento ela disse, ali mesmo, na frente do Babalorixá: -Elias, você não tem jeito mesmo né? Dessa maneira você não será uma pessoa bem sucedida na vida. Você precisa ser flexível. Misturar religião com trabalho não é inteligente.
Meses antes, eu teria rejeitado receber dinheiro para divulgar um Deputado Estadual no meu programa. Teria que promovê-lo, mediante um pagamento mensal. Eu disse a ele: por que o senhor teria que pagar para eu divulgar projetos e propostas que beneficiam as pessoas? Boas coisas precisam ser divulgadas e, se elas ocorrem mesmo, para quê pagar? O deputado acabou fechando para ser divulgado em outro programa da emissora.
Eu fico
impressionado com a ligação que se faz do "bem sucedido", com o “ganhar”
dinheiro. O fato de ganhar dinheiro, pode estar
desvinculado do sucesso como um todo. Ganhar dinheiro é um
outro trabalho, é outra função. O
trabalho por si mesmo, não é necessariamente um meio de ganhar dinheiro.
O trabalho é um meio de sobrevivência.
Dificilmente
alguém ficará rico, fazendo parte do quadro funcional de uma empresa, com salário fixo, exercendo
sua atividade como reza a cartilha da consciência. Todo trabalho formal é remunerado, segundo o
que é fixado pela empresa, por contrato assinado, por acordo. Mas há outros fatores que devem ser
observados.
O dinheiro um dia acaba. A marca que deixamos é para a vida. |
Há muitos
bons profissionais que se sentem realizados na carreira, apenas sob o ponto de
vista do serviço que
prestam e da disposição em serem úteis, mas essas questões não tem valor comercial. Isso é impagável. Esses valores
imateriais não têm preço. É por isso que para alguns alcançarem os objetivos sustentados pela ambição da riqueza,
desprezam alguns desses valores, que, de fato, são inegociáveis. É preciso
rejeitá-los para avançar nesse aspecto. As vezes, é preciso usar máscaras; não
ter olhos nem ouvidos; acenar positivamente quando a consciência diz não.
Tive uma
experiência crucial logo no início, quando estava entrando para essa rádio. Na primeira emissora
em que iniciei carreira de locutor noticiarista, minha mente entrou em conflito
em frações de milésimos de segundo. Pensei no meu futuro trabalho, como eu seria
interpretado; como minha atitude interferiria na relação de trabalho com o
diretor de jornalismo. Eu nem estava contratado ainda, estava no período de
conhecimento da emissora, estagiando na redação. Mas minha decisão foi pela
minha consciência, os valores que eu defendia.
Foi numa
segunda feira pela manhã. Cheguei à sala de jornalismo para iniciar os
trabalhos de estágio, quando o diretor de jornalismo me chamou. Antes, ele
abriu a gaveta, pegou umas moedas, e levantando os olhos disse: -Elias, faz um
favor para mim. Vá ali no bar da esquina e compra um Ritz longo? - Ritz longo? O que é isso? Perguntei. -É o cigarro que eu fumo. - Cigarro? Olha
amigo, desculpe. Eu não fumo, sei que isso é um veneno, não gostaria de
ajudá-lo nisso. Naquele momento ele se dirigiu à auxiliar de limpeza a quem fez o mesmo pedido. Ela
também fumava.
No mesmo
momento me senti realizado em enfrentar
o temor sobre o que supus que poderia acontecer daquele momento em
diante. Eu era um jovem, estava com 17 anos, cheio de sonhos para a carreira no
rádio. O diretor olhou para mim, com uma expressão séria, e
disse: -O primeiro teste que costumo fazer, é pedir para comprar
cigarro. Naquele instante minha mente
já havia se condicionado a aceitar a reprovação segundo o critério dele.
O diretor disse logo depois: -Eu gostei da sua sinceridade. Você é um menino em
quem posso confiar. Dali para a frente ele demonstrou muito respeito
por mim, pelo que eu pensava, inclusive em questões religiosas. De vez em
quando pedia alguns conselhos; na área do jornalismo ele me deu oportunidade
para acompanhar testes, dar opinião sobre pessoas que seriam contratadas, etc.
Isso não me rendeu dinheiro. Essas
coisas não tem valor comercial.
A maneira
como desempenhamos nossa função, a dedicação que temos e a disposição em
realizar, não tem preço. Essa característica levamos pela vida, não importa o lugar onde
desempenhamos nossas funções. É preciso ser flexível sim, mas essa
flexibilidade não pode pender para o lado em que a nossa condição espiritual
seja afetada. É preciso
estarmos bem resolvidos em
relação ao que fazemos e que propósitos temos na vida. Quando encaramos o nosso
trabalho como uma missão, é um grande desafio ser “missionário” e negociador ao
mesmo tempo. E ser um bom negociador também é um dom. E é bem sucedido aquele
que o desenvolve de maneira coerente, ética e honesta, mas dificilmente também
alcançará tão elevado grau de ascenção financeira, pois num mundo competitivo e
de disputas acirradas, para um ganhar, outro tem que perder. Há os que preferem
estar alheios a esse jogo. Não ganham, nem perdem, e jamais farão alguém perder.
O que conquistam na vida é com muito esforço e sacrifício. O espaço que querem
conquistar está sempre vazio. A zona de
conforto e a rotina sem maiores avanços
tornam-se deprimente. Acreditam que é preciso fazer para acontecer. Para esses,
se boa vontade e disposição não tem
preço, o maior pagamento é a sensação de missão cumprida. E dinheiro não compra
tudo.
E desta forma Deus é grandemente louvado! Parabéns!
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ResponderExcluirOlá!
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