sábado, 18 de julho de 2020

"CAMPANHA CONTRA VIOLÊNCIA É INEFICAZ"


Ao comentar sobre campanhas que ocorrem de maneira sistemática contra quase todas as formas de violência, o radialista Elias Teixeira considerou que nenhuma dessas campanhas é endereçada a quem pratica a violência, mas à violência que não existe. 

"Quando ouço gritos de guerra como aqueles do tipo "Xô violência", a criação de jingles e movimentos e peças publicitárias, observo mais esses atos como mote político do que algo objetivo para atingir as causas dessa violência" - observa. "É muito comum políticos usarem essa bandeira de luta como um atrativo eleitoral e eles sabem que esse tipo de campanha não resolve o problema". 


Para o radialista, até quem pratica a violência de algum modo, concorda com esse tipo de campanha e não se vê atingido. "Se o cara que é violento não enxerga o seu comportamento violento, ele vai engrossar esse tipo de campanha também. A violência é uma prática; a prática pode se tornar um hábito, um vício".
A exemplo do que acontece com um viciado em drogas que não admite ser dependente, e só se desperta quando chega ao fundo do poço ou dá ouvidos a alguém que sugere a ele um tratamento, de acordo com o radialista, deve também acontecer com quem é violento.

"Eu considero que quando o indivíduo entende que o que ele faz é violência, tem a oportunidade de melhorar, assim como os alcoólatras recorrem ao Alcoólicos Anônimos, que é uma terapia de grupo; assim como o comportamento violento é aprendido, pode ser desaprendido; é preciso desenvolver uma cultura antiviolência."

O radialista também observou que o que chamam de violência urbana, é um misto de ação e reação pela sobrevivência. "Não quero justificar esses atos, mas quando alguém rouba ou assalta por uma questão equivocada de sobrevivência ao subtrair um bem alheio, a violência é empregada por medo das supostas reações; do mesmo modo quando alguém, de maneira violenta, protege seus bens ou patrimônio, ele o faz por uma questão de sobrevivência, por legítima defesa, a um invasor que pode tirar-lhe a vida. O problema é que ninguém quer pagar para ver qual será a reação nessas duas situações". 

Para Teixeira, esse tipo de violência urbana é bem diferente daquela que acontece pelas formas e maneiras de como o indivíduo foi educado, muitas vezes num ambiente violento. "A violência urbana é reflexo de políticas sociais e de segurança insuficientes, agravada pela forma como cada indivíduo foi ensinado na família sobre os valores e o respeito ao bem e propriedade alheia". 

"É posssível ver até traficantes de drogas protegerem seus animais de estimação; algum bom sentimento existe ali; como ele se perde em outros aspectos é algo que deve ser estudado."

sexta-feira, 17 de julho de 2020

LUCIANO HUCK SUGERE QUE FÉ E AÇÃO NÃO ANDAM JUNTAS

O apresentador de televisão Luciano Huck, fez um comentário em sua rede social recentemente, sugerindo ao novo Ministro da Educação Milton Ribeiro a deixar sua fé em casa. Cristão Presbiteriano indicado para dirigir o MEC, o ex-reitor da Faculdade Mackenzie foi criticado pela patrulha do "politicamente correto" que veiculou trecho de uma mensagem que pregava em sua igreja sobre a educação da criança. Ribeiro citou o que Salomão sugere em um de seus provérbios, de que "os pais não devem afastar a vara dos filhos". 

A passagem citada diz: "Não hesites em disciplinar a criança; ainda que precise corrigir com a vara, não morrerá"- Povérbios 13:24. 

Aqueles que não procuram entender o contexto não teriam razão de criticar o pregador, sob a acusação de que defende a violência e a agressão contra criança. É dos pais a responsabilidade de educar os filhos, observando que tipo de disciplina é necessária de acordo com a situação. 


DEIXAR A FÉ EM CASA!

A fé professada torna-se algo inerente de quem a possui. É quase impossível que alguém convicto de seus valores e princípios tendo por base a fé que professa, dissociá-la de sua conduta. É muito mais seguro sabermos o que cada indivíduo crê, pois esse é o exercício  do direito da liberdade de crença e expressão. O fato de o apresentador rechaçar publicamente, de maneira desdenhosa e desrespeitosa à maneira como o pastor falava aos membros de sua igreja, é uma forma de interferir nessa liberdade.  A liberdade de expressão sugere a cada indivíduo expressar-se sem, contudo, usar a expressão do outro como ponte para expressar a sua, desqualificando-a.