Não é produtivo compararmos quem fez mais ou quem fez menos. Isso é pensar pequeno, muito pequeno. É preciso e possível realizar no presente, nas bases que criam raízes para o futuro. O olhar deve ser o de identificar o que pode ser feito agora e que não está sendo feito.
O patrão chegou em seu galpão e todas as luzes estavam acesas. Em vez de apagá-las, procurou primeiro saber quem havia deixado as luzes acesas para puni-lo. Talvez o problema que viu não fosse apenas as luzes acesas que deveriam ser apagadas, mas procurar um "culpado." Todos nós temos responsabilidades como indivíduos: quem deixou as luzes acesas, e quem as viu e nada fez.
Até quando vamos viver com mentalidade assim? Até quando, para defender nossa inoperância, vamos buscar a inoperância dos outros?
Talvez seja essa mentalidade que atrapalhou o governo petista entre outras ações que revelaram total insegurança e despreparo administrativo. Nesse caso, preferiram olhar para trás, num comportamento defensivo de "perseguições" fantasmagóricas, de "forças ocultas" que tentavam desestabilizar o governo, sem se posicionar diante de suas responsabilidades com a Nação. O governo é legítimo, pelo voto de confiança da população. Isso não bastaria para fazer valer a vontade do povo, segundo as expectativas que depositaram em seu representante?
As discussões “políticas” que alguns fazem atualmente
gira em torno, ou de partidos políticos, ou de políticos que fazem parte dessas
siglas. Parece uma "queda de braço", e ela acontece até entre essas figuras
representativas, cada qual defendendo sua administração em seus pontos fortes. Há
os que são fãs deste ou daquele representante, a ponto de idolatrá-los e
colocá-los acima de qualquer suspeita, mesmo se essas suspeitas - muitas delas
confirmadas e julgadas - ocorram entre seus aliados e base de sustentação
governista.
Mas convenhamos que política nacional não considera apenas “os pontos fortes” pelos quais algum representante ganha destaque de maneira cômoda, pois é mais fácil por exemplo "distribuir renda" do que aumentar a renda do trabalhador pelo trabalho; mas os pontos fracos, esses que a população enfrenta no dia a dia. A discussão sobre quem fez mais, ou quem deixou de fazer, talvez não seja produtiva para desenvolvermos um olhar horizontal – o que precisa ser feito. É fato, de que muitos que foram “julgados” pelo voto popular, enfrentam o ostracismo político e correm o risco de serem julgados pela justiça, apesar de demorada, e haver muitas manobras dentro do sistema para impedir certas ações que comprometam interesses de grupos que ainda dominam várias escalas do poder. Exemplo disso são as manobras que até hoje há, para colocar dúvida na nação sobre a condenação dos envolvidos no escândalo do mensalão. A “ideologia” é controlada pelo sistema capitalista dentro da política que trabalha também no campo jurídico. Essa ideologia capitalista “ensina” que desde que o mundo é mundo os problemas sempre existiram, e que isso não vai acabar de uma hora para outra.” É esse discurso que ouvimos de nossos representantes, que utilizam essa ideologia para se manterem no poder, na tentativa de não sofrer a cobrança do papel que tem a desempenhar. Na área jurídica, são capazes de criar suas próprias leis, que favoreçam seus grupos e legitimem suas ações. São as esferas que o Capitalismo controla: “A política, a jurídica e a ideológica.” Sem esse tripé, bem trabalhado, nenhum governo se sustentaria no poder. E não é mérito só do capitalismo. Observando bem, todos os sistemas de governo, trabalha essas áreas. A ideologia funciona bem assim: se o povo manifesta indignação, o político aparece e diz que entende a indignação, mas que nada pode ser feito da noite pro dia; que é com muito esforço; que pegou o país falido, com problemas em muitas áreas e isso requer tempo para resolver. Isso acaba “colocando” na cabeça do povo a ideia de que seu representante sofre para driblar os problemas, e que, por outro lado, acaba arrefecendo os ânimos de quem reivindica seus direitos. Uma família ocupar uma pequena área de terra para morar é caracterizado como “crime contra o patrimônio.” Porém, há uma grande parcela de representantes políticos que ocupam áreas de grande latifúndio e para eles não é crime. Utilizam-se de instrumentos jurídicos que os favoreçam, criados por eles mesmos.
Mas convenhamos que política nacional não considera apenas “os pontos fortes” pelos quais algum representante ganha destaque de maneira cômoda, pois é mais fácil por exemplo "distribuir renda" do que aumentar a renda do trabalhador pelo trabalho; mas os pontos fracos, esses que a população enfrenta no dia a dia. A discussão sobre quem fez mais, ou quem deixou de fazer, talvez não seja produtiva para desenvolvermos um olhar horizontal – o que precisa ser feito. É fato, de que muitos que foram “julgados” pelo voto popular, enfrentam o ostracismo político e correm o risco de serem julgados pela justiça, apesar de demorada, e haver muitas manobras dentro do sistema para impedir certas ações que comprometam interesses de grupos que ainda dominam várias escalas do poder. Exemplo disso são as manobras que até hoje há, para colocar dúvida na nação sobre a condenação dos envolvidos no escândalo do mensalão. A “ideologia” é controlada pelo sistema capitalista dentro da política que trabalha também no campo jurídico. Essa ideologia capitalista “ensina” que desde que o mundo é mundo os problemas sempre existiram, e que isso não vai acabar de uma hora para outra.” É esse discurso que ouvimos de nossos representantes, que utilizam essa ideologia para se manterem no poder, na tentativa de não sofrer a cobrança do papel que tem a desempenhar. Na área jurídica, são capazes de criar suas próprias leis, que favoreçam seus grupos e legitimem suas ações. São as esferas que o Capitalismo controla: “A política, a jurídica e a ideológica.” Sem esse tripé, bem trabalhado, nenhum governo se sustentaria no poder. E não é mérito só do capitalismo. Observando bem, todos os sistemas de governo, trabalha essas áreas. A ideologia funciona bem assim: se o povo manifesta indignação, o político aparece e diz que entende a indignação, mas que nada pode ser feito da noite pro dia; que é com muito esforço; que pegou o país falido, com problemas em muitas áreas e isso requer tempo para resolver. Isso acaba “colocando” na cabeça do povo a ideia de que seu representante sofre para driblar os problemas, e que, por outro lado, acaba arrefecendo os ânimos de quem reivindica seus direitos. Uma família ocupar uma pequena área de terra para morar é caracterizado como “crime contra o patrimônio.” Porém, há uma grande parcela de representantes políticos que ocupam áreas de grande latifúndio e para eles não é crime. Utilizam-se de instrumentos jurídicos que os favoreçam, criados por eles mesmos.
O fato é que os que se “apossam”
do poder legitimamente pelo voto direto e democrático, não cumprem seu papel de
representar o povo que os escolheram, porque passam a fazer parte desse sistema,
e não dá para separar o representante de seu governo e de tudo o que ocorre no
transcurso de seu mandato. Quem entra para a política, precisa usar os métodos
do sistema para chegar lá, e isso começa a quebrar a honestidade com a própria
consciência, a sinceridade e o respeito com a Nação.
As brigas entre os defensores e críticos do governo, não
deveriam ser pautada em quem foi o melhor; ou quem fez “mais” pelo povo (na
questão de comida e consumo) basicamente. Uma nação não escolhe um
representante para promover seu governo com pequenas ações que não levam a
população pobre, sequer, sair da “base da pirâmide social.” Comida na mesa e
capacidade de consumo, não deveria ser o carro chefe da política de um país em
crescimento. Mas é esse o lema comum em países atrasados.
A educação continua vergonhosa. Os níveis educacionais no país continua abaixo
da média de países membros da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento
Econômico (OCDE), sem contar que em pesquisa recente, constatou-se que metade
dos universitários são analfabetos funcionais. Isso reflete, sem dúvida a população do país e
sua educação de base. Mas mudar isso, depende
de ações políticas do presente, não do passado. A saúde pública deficitária.
Isso se resolve com ações do presente: construção de hospitais; abertura e
custeio público para formação de médicos e outros profissionais da saúde;
segurança que não trabalhe apenas na questão extrema da repressão ao crime, mas
na prevenção em outras áreas, como o combate às drogas; a fiscalização da
entrada de armas no país, entre outras medidas educacionais. É com ações
políticas; com inteligência.
A população tem observado o valor desembolsado para a construção de estádios de futebol, comparando com a estrutura dos hospitais. Mas tanto estádios, como hospitais, são construidos por vontade política, por incentivos, pelo estabelecimento de prioridades. Isso o governo pode comandar, com discussão do tema entre seus aliados e opositores. Se acontece, é porque há vontade política para isso. O Presidente da República tem todo instrumento de ação a seu favor no âmbito de sua responsabilidade como chefe máximo da nação, principalmente quando obtém maioria de apoio na Câmara e no Senado, que garante a governabilidade.
A população tem observado o valor desembolsado para a construção de estádios de futebol, comparando com a estrutura dos hospitais. Mas tanto estádios, como hospitais, são construidos por vontade política, por incentivos, pelo estabelecimento de prioridades. Isso o governo pode comandar, com discussão do tema entre seus aliados e opositores. Se acontece, é porque há vontade política para isso. O Presidente da República tem todo instrumento de ação a seu favor no âmbito de sua responsabilidade como chefe máximo da nação, principalmente quando obtém maioria de apoio na Câmara e no Senado, que garante a governabilidade.
Um governo precisa assumir suas responsabilidades do
presente, olhando para o futuro, apontando mudanças concretas e não se pautar
apenas no discurso do desenvolvimento econômico, que sem dúvida, não alcança as
necessidades da população, a não ser o enriquecimento dos ricos. A política
continua privilegiando o capitalismo, e este continua controlando as esferas
política, jurídica e ideológica.
O governo do PT surgiu com um discurso de mudança no país,
mas sequenciou programas de seu antecessor, que já estavam em andamento, como o
bolsa escola, criado pela antropóloga D.Ruth Cardoso ex-primeira dama. Na
economia, o atual governo manteve a mesma linha organizada pelo antecessor. O
próprio ministro da fazenda do governo petista à época, declarou que a economia
brasileira estava nos “trilhos”. Mas as falhas do governo anterior,
principalmente na questão das privatizações, foram o prato cheio da oposição
para tirar seu oponente do jogo político. E isso exploram até hoje, porque deu certo.
Mas, como eleitores, não vamos engrossar o discurso do
governo que tem lá suas intenções de permanecer no poder sempre dizendo as
mesmas coisas, defendendo-se de acusações, apontando quem foi que errou, e o
país está parado no que realmente precisa ser feito em questões de infraestrutura em vários setores como uma base para o desenvolvimento concreto. Este é o governo
responsável pelo presente. Não vamos cobrar futuro. A realidade hoje, pode ser
uma sombra do que o futuro poderá trazer se esta mesma política continuar.
O voto é apenas um meio para legitimar a subida de algum representante
escolhido entre eles para reger a “orquestra.” Tudo tem que estar
afinado. Tem que rezar pela cartilha
para se manter no poder. Dá para
entender o porquê de um governo se sustentar, mesmo em meio a tanta corrupção e
desmandos.E assim o povo segue sua vida, sem educação, sem saúde, sem
segurança; basta ter o que comer. É a
base da pirâmide para eles, que sustentam o sistema que impera em nosso país. E
assim caminhamos nós, deslumbrados pelos discursos, pelas imagens, pelos
sons... e ouvindo sempre: “Somos o
melhor governo que o país já teve” – e nós, analfabetos funcionais, não entendemos
o que lemos, e se entendêssemos o que ouvíssemos, certamente não
concordaríamos. Não dá para duvidar que o próprio governo assim o seja: ele “orquestra” seus aliados, mas é
orquestrado por mentes superiores, que sabem escravizar e ainda fazer esse povo “feliz”.
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