Se tirarmos por base a pregação do evangelho o que vemos se espalhar pelas redes sociais, é possível que o "ide e pregai o evangelho" de Jesus, tem sido deliberadamente desperdiçado.
O que se observa é defensiva e ofensiva denominacional religiosa, além de críticas comportamentais, usos e costumes. Há quem torna certo comportamento como uma religião; faz de sua comida e bebida, uma espécie de caminho alternativo para a salvação; de seus líderes, embaixadores de Deus na terra. Na verdade, o nome Jesus é utilizado como estratégia de popularidade. Centenas de religiões e seitas utilizam o nome Jesus: o Espiritismo, o Calvinismo, o Metodismo, o Presbiterianismo, o Catolicismo. No fundo, é preciso saber o que Jesus é nessas religiões e de quem é a palavra final nas decisões que tomam. A quem inclina seus ouvidos para atender. É preciso ficar atento. Se Jesus não for suficiente na religião que se diz cristã, algo está errado com ela. Se necessitam remendar conceitos, atualizar preceitos, alerta. A palavra de Deus é eterna. Não existe uma "nova ordem de Jesus", ou um novo entendimento de Jesus, ou um novo conceito. Jesus é a palavra viva e eficaz. Prega-se um evangelho de formas e movimentos que não transforma. Jesus deixa de ser "o Pão da Vida" e torna-se isca para atrações e eventos. A simpatia que a palavra "pregar o Evangelho" causa, para muitos esconde o seu real significado.
Muitos tem aprendido a discutir e a aprender dar respostas a objeções de acusações, como se o evangelho de Cristo necessitasse de remendos humanos. As discussões se abrigam nas escalas mais baixas do entendimento humano, brigando entre si, provando suas "razões" no meio das trevas, desviando o olhar do Evangelho que é o elemento restaurador de todas as concepções distorcidas que temos. As críticas sobre o óbvio, e as "vitórias" comemoradas por torcedores de debates isolados, tem sido mais exaltadas que o próprio Evangelho. Caravanas se formam para ver as estrelas da mídia que as religiões criam e apresentam como os verdadeiros adoradores, arrastando multidões que gastam seu tempo e dinheiro para se sentirem privilegiadas de estarem diante de deuses de carne e osso. Os palcos dos "espetáculos" da fé, continuam iluminados por luzes coloridas que desviam a atenção da luz do evangelho.
E o que é o Evangelho? Evangelho é a doutrina e a história de Jesus Cristo. O que Ele viveu e ensinou. É cada um dos quatro livros principais do Novo Testamento. É a cartilha de Deus.
Ainda hoje há muitos recosturando o véu que foi rasgado de alto abaixo significando o acesso direto de indivíduos a Deus sem intermediários. Mas a religião não prospera se não apresentar-se como necessária para que sirva de escada sem a qual não será possível a salvação. Se seus critérios não forem observados, se as suas doutrinas não forem aceitas, Jesus não poderá ser aceito, pois colocam-se acima de Cristo. Diante desse conceito é impossível que o evangelho de Jesus seja aceito se antes não nos adequarmos a doutrinas humanas. Cristo foi isolado por outros cristos. Os profetas de Deus foram substituídos por profetas dos homens.
Observe o alerta de Paulo: "Contudo, ainda que nós ou mesmo um anjo dos céus vos anuncie um evangelho diferente do que já vos pregamos, seja considerado maldito! 9Conforme já vos revelei antes, declaro uma vez mais: qualquer pessoa que vos pregar um evangelho diferente daquele que já recebestes, seja amaldiçoado!10Porventura, procuro eu agora o louvor dos homens ou aprovação de Deus? Ou estou tentando ser apenas agradável às pessoas? Se ainda estivesse buscando agradar a homens, não seria servo de Cristo!"
O Apóstolo Paulo aos Romanos declarou: "Porquanto não me envergonho do Evangelho, porque é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que nele crê; primeiro do judeu, assim como do grego"... Romanos 1:16. Para o Apóstolo, o Evangelho era tido como "o Poder de Deus para a Salvação de todo o que nele crê."
Ainda hoje há tantos insistindo em pregar um evangelho que Jesus nunca pregou e viver um evangelho estranho ao que Jesus viveu. A Palavra de Deus é eterna e suficiente para a salvação ao ser observada. Se a palavra da Salvação em pessoa não for suficiente para a salvação dos homens, que outra palavra exercerá esse poder?
O Evangelho de Cristo eleva os homens a uma outra escala de entendimento, enquanto que o evangelho dos homens discute entre si, suas razões de ser, explicando seus comportamentos, e fundamentos de suas crenças, exaltando suas boas obras. Há muitos crentes que ainda discutem se podem beber coca-cola; se as mulheres podem usar calças compridas ou pintar unhas; se cristão pode ser favorável ao divórcio, entre outras questões.
O evangelho de Jesus foi mercantilizado, rebaixado ao nível de discussões que se emaranham em conceitos humanos, a partir de suas interpretações, tornando, diante do mundo, uma verdadeira confusão e opróbrio.
É porque não foram transformados pelo poder de Deus, que não se manifesta pela letra, mas pela palavra, que é espírito e vida. O que menos se tem pregado, é o Evangelho, pelo menos, levando por base as repercussões nos meios disponíveis que hoje temos. O grande risco para o orgulho religioso, é que o verdadeiro evangelho levaria pessoas a buscarem a Cristo, o que se tornaria inviável para o império do mercado da fé. Apesar de um nome bem vivo e conhecido, Cristo tem sido morto pelo sistema, porque seguir os seus ensinos significa a destruição do próprio "eu"; o rebaixar dos pedestais da honra humana; de seus méritos; de sua própria justiça e obras.
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