Elias Teixeira |
Não pretendo criar nesse ambiente virtual, o que muitos constróem na vida real:
"aqui eu falo, você escuta; aqui eu mando, você obedece; não fale o que pensa pois você pode ser mal interpretado" - aliás, fui sempre combativo a esse formato ditatorial e impositivo dos "grandes" contra os pequenos sufocando-os, desprezando-os. Não precisamos, para isso, sermos rebeldes e reacionários, mas plenamente conscientes dos nossos valores, e por eles lutar. Não é digno "ajoelharmos" diante da imagem do rei, apenas para comer de suas iguarias; não é digno trocar a promessa divina da eternidade, por coisas que passam.
Se é difícil criarmos naturalmente um ambiente menos hostil, vamos exercitá-lo aqui. Se pregamos que devemos aceitar as pessoas como elas são, mas na prática somos preconceituosos e arrogantes, vamos, aqui, exercitar a humildade.
Em relação a nossa convivência com o meio, passamos a compartilhar do mesmo sentimento, dos mesmos sonhos, ainda que por vezes, tomando caminhos que se mostram inseguros. Todos somos capazes de identificar no meio da estrada, se precisamos continuar ou parar um pouco para nos situarmos novamente. E assim vivemos. Trocando conhecimento com a humildade de aprendermos uns com os outros. Não somos auto-suficientes, tampouco donos da verdade. Não sou o senhor da razão, nem pretendo passar "lições" ou dar dicas para que você siga, mas se eu viver uma experiência que eu pense ser interessante, compartilharei. Não pretendo tratar de assuntos que eu não tenha vivido, ou fazer exposição de alguma coisa que eu não acredite, tampouco transcrever um texto sem citar sua fonte. Não pretendo usar minhas experiências como a base das verdades que defendo, mas permita-me apontar-lhe minhas fontes e as razões por que creio.
Não quero parecer um especialista em todos os assuntos, por isso, tratarei mais sobre visão de vida, coisas que observei e vivenciei, mesmo utilizando recursos ou elementos " terceirizados" para dar suporte aos temas que trarei. Acima de tudo, não é um canal para promover-me. Mesmo sendo um excelente meio para nos aproximarmos de públicos diferenciados, não sou candidato a nada, tampouco necessitado de auto-afirmação para ter uma imagem pública reconhecida por minhas postagens. Espero compartilhar muita coisa boa por aqui. E estarei sempre aberto à discussão e observações. Nos meus textos, o "nós" sempre estará presente. Quando fizer uma pergunta a você, perguntarei a mim também. Somos frutos de uma mesma "árvore", plantada no mesmo solo.
Compartilhar: este é o foco. |
Estamos vivendo um momento histórico no mundo, em que apregoa-se o fim das diferenças sociais, a promoção da paz, da justiça social, do aprimoramento do ser humano por meio da cultura, da educação e das boas maneiras. As religiões crêem e pregam que toda a solução para a humanidade ocorrerá após o cumprimento das profecias, que apontam para um mundo restaurado por intervenção divina.
Todos os esforços canalizados para melhorar as nossas perspectivas são bem vindos. Porém, muitos dos esforços empregados parecem insuficientes para mudar o ser humano em sua essência. Avançamos em diversas áreas, mas tropeçamos noutras. Isto, sem dúvida, mostra a instabilidade do ser humano para resolver questões que não dependem unicamente de sua boa vontade. Deve-se haver uma ação conjunta humano/divino para que as nossas decisões tenham bom êxito. Tornamo-nos diuturnamente reféns das circunstâncias nas quais somos inseridos, que, por fim, acabam roubando-nos a capacidade de reflexão e entendimento sobre questões pontuais, que não devem ser “negociadas”.
Somos estimulados a protestar, sem avaliar, de fato, o que realmente queremos. Agimos impulsivamente pelos reclames sociais, sem haver uma proposição para eliminar os problemas com os quais deparamos na vida. Reclamamos, sem saber, ao certo, quais são mesmo os nossos direitos e nossas razões. Passamos a ser meros espectadores do que ocorre a nossa volta, fazemos parte ou somos inseridos de forma mecânica, tornando-nos como peças de uma engrenagem que são apenas usadas sem a percepção correta de nosso valor e do papel importante que temos a desempenhar. Somos levados circunstancialmente, a adotar comportamentos sugeridos; a aceitar concepções que não concebemos, a dizer o que não entendemos; a oferecer o que não experimentamos.
Somos barro, somos parte, somos gente. A força da união promove o avanço. |
O meu blog surge não com uma proposta diferente, mas com o almejo comum, de "provocar" a unidade, mesmo em meio a diversidade de pensamentos, crenças e religiões. Podemos despertar uma reflexão propositiva, sem a crítica pela crítica, mas dando destaque e valorizando aquilo que deixamos se perder pelo caminho; recuperando a nossa identidade, motivando-nos a assumir nosso papel e responsabilidade na comunidade da qual participamos. Não como agentes passivos, mas ativos. Não como platéia, mas como verdadeiros atores capazes de contribuir na construção de uma sociedade fraterna, tanto pela valorização do ser humano, tanto quanto, apontar que somos criaturas e dependemos do nosso Criador que nos aponta a direção; que nos instrui acerca do que devemos fazer.
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