Como entender o “amor” que se manifesta por força de lei?
Parece que esse é o caminho que a nossa sociedade está se acostumando a
caminhar; parece ser este um propósito para desqualificar o que representa o
amor nas relações humanas esfriando ainda mais os vínculos afetivos entre pais
e filhos. Estamos diante de uma geração que está aprendendo que a ingratidão
não existe, o que existe são direitos desrespeitados e julgando que esses
direitos para serem cumpridos, é preciso evocar o que prevê a lei, e que se
alguém cumpre o que está previsto, faz mais que sua obrigação.
Foi assim que a aluna de uma escola disse à professora quando
perguntou a ela se o pai havia acertado a festinha de comemoração de formatura.
A menina disse com muita naturalidade: “Ele vai ter que pagar, é obrigação dele;
não foi ele que me colocou no mundo?” A professora retrucou: “Mas e o
amor, onde fica? Você acha que o seu pai faz coisas boas por você porque ele sabe
que é obrigado a isso?”
Com este pensamento, como será o futuro dessa criança, já em
sua tenra idade contaminada por um argumento que desumaniza as relações? Como
será o pensamento dela com o marido ao constituir uma família? Seria apenas um
negócio, uma sociedade, fazendo das partes apenas objetos distintos e com
direitos garantidos por força da lei?
Como se pode criar vínculo de afeto do pai com o filho, se os
filhos veem os pais apenas como seus genitores - e que por isso tem a obrigação de alimentá-lo,
dar educação, promover o conforto e abrigo? Onde fica a construção do
sentimento afetivo dessa criança? Como diria o personagem Baby da Família
Dinossauros: “Você tem que me amar.”
O homem estava sentado no banco da praça com as mãos no rosto, com o corpo encurvado, quando um amigo passava por perto e perguntou: -O que está acontecendo contigo? Está precisando de alguma coisa?
O amigo então levantou o rosto dizendo que não tinha vontade de voltar para casa. Disse que seu casamento não era bom e que não amava sua esposa.
O amigo então perguntou: -Se não a ama, então por que se casou com ela?
Ele então contou que se casou porque tinha que assumir suas responsabilidades, que tinha obrigação de criar o filho que teve com ela antes do casamento e que esse é o papel de homem.
O amor precisa estar acima da questão de responsabilidades ou obrigações, do contrário, perde o sentido, torna-se um castigo.
É como aquele jovem que em nome da moral e da legalidade decide assumir relacionamentos porque não tem como voltar atrás pelo impacto que pode causar, mas que sem amor, mantém uma relação conturbada. O amor supera a moral e os bons costumes ao mesmo tempo em que não contraria a questão do respeito pelo próximo em todos os sentidos da vida.
O homem estava sentado no banco da praça com as mãos no rosto, com o corpo encurvado, quando um amigo passava por perto e perguntou: -O que está acontecendo contigo? Está precisando de alguma coisa?
O amigo então levantou o rosto dizendo que não tinha vontade de voltar para casa. Disse que seu casamento não era bom e que não amava sua esposa.
O amigo então perguntou: -Se não a ama, então por que se casou com ela?
Ele então contou que se casou porque tinha que assumir suas responsabilidades, que tinha obrigação de criar o filho que teve com ela antes do casamento e que esse é o papel de homem.
O amor precisa estar acima da questão de responsabilidades ou obrigações, do contrário, perde o sentido, torna-se um castigo.
É como aquele jovem que em nome da moral e da legalidade decide assumir relacionamentos porque não tem como voltar atrás pelo impacto que pode causar, mas que sem amor, mantém uma relação conturbada. O amor supera a moral e os bons costumes ao mesmo tempo em que não contraria a questão do respeito pelo próximo em todos os sentidos da vida.
Sob outro aspecto, vivemos em uma geração que não está aprendendo a amar e que entende
que para tudo há uma lei, e por isso passa a reivindicar tudo por direito. É o mesmo princípio que leva uma criança a “denunciar”
o pai por uma “palmada”, porque existe uma lei que pune com rigor o pai “transgressor.”
É o mesmo espírito que leva a criança a dizer que o pai lhe dá abrigo e
proteção, porque é uma obrigação dele e que a lei garante essa proteção às
crianças.
A que ponto chegamos? Vivemos numa sociedade falida por falta
de amor e sentimento de afeto entre as pessoas, e ainda há os que vivem
reclamando a sua falta, mas por outro lado evocam a mesma lei quando percebem
que seus “direitos” estão sendo
violados. A força da lei cria uma sociedade hipócrita, fria e sem sentimento. O
que acontece com os outros não é problema nosso. “Aconteceu com ele, ainda bem que
não foi comigo” – a frase que de vez em quando ouvimos, mas quando
acontece a nós, queremos “mover o mundo” a nosso favor.
A idosa mãe, abandonada pelos filhos denunciados pela
vizinhança, recusou a ajuda dos filhos que foram notificados por maus tratos ao
idoso. Perguntada por um repórter o porquê de ter rejeitado a ajuda dos filhos,
ela respondeu: “Se meus filhos não me visitam, não cuidam de mim pela força do amor,
não quero que o façam pela força da lei; a lei não me conhece, nem conhece meus
filhos; a lei é fria e nada pode fazer por ninguém, porque não tem sentimento.”
Quantas leis mais precisam ser criadas para remendar aquilo
que seria completo se a humanidade aprendesse que a força do amor anula
qualquer lei?
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