Todas as coisas na vida são feitas com um propósito. Há um princípio, um meio a ser percorrido e um objetivo a ser alcançado.
Eu me lembro da frase de Nena Martinez, radialista, atriz e astróloga, que além de dar as previsões do zodíaco, marcava também por sua participação em vários programas de rádio apresentando simpatias. Ao final de cada simpatia que dava, ela dizia: “Simpatia é simpatia; se não fizer bem, mal não faz”.
Enfeite indispensável na decoração de Natal |
Sem a intenção de contrariar essa afirmativa da saudosa radialista, digo que todos nós passamos a aceitar determinadas coisas, sob esse pretexto: “se não fizer bem, mal não faz”. Mas bastaria alguma coisa ser inofensiva para a aceitarmos de maneira irresistível sem nenhuma observação ou questionamento? Qual seria o nosso propósito diante disso?
Determinados termos tentam roubar-nos os propósitos. Se sabemos onde queremos chegar, os caminhos precisam ser trilhados, obedecendo suas nuances, preparando-nos para as curvas e os precipícios.
Que mal faria aos três jovens as iguarias que o rei os oferecia? Nenhum. Eles não comeram porque tinham um propósito. Que mal faria a Jesus, transformar as pedras em pães ao estar ele com fome? Ele não o fez, porque tinha um propósito.
Quando começamos a fugir dos nossos propósitos e princípios, tudo pode ser relativo. E passamos a assumir o discurso: “se não fizer bem, mal não faz”. Pode ser uma frase que produz um certo conforto, até mesmo diante de dúvidas que tenhamos em relação ao que nos ensinaram. Naturalmente esse termo pode ser usado, também, quando não estamos certos sobre o efeito que as ações poderão nos causar. E isso pode revelar também a nossa vulnerabilidade diante daquilo que desconhecemos, sem procurar saber sua origem. E, por fim, pode revelar até mesmo o modo descompromissado com que muitos escolhem levar a vida.
Mesmo considerada festa pagã, os Cristãos comemoram o Natal |
Percebo, principalmente nesse período de festa de natal, apetrechos que são utilizados, criados por uma cultura pagã, algumas das quais nem sabemos realmente sua origem, diante de controvérsias. Das explicações que tenho, as argumentações sempre caminham para esse ponto: “se não fizer bem, mal não faz”. A própria comemoração do Natal, considerada uma festa pagã, não tem respaldo Bíblico.
Não há nenhuma menção na Bíblia de que os discípulos comemoraram o nascimento de Jesus anualmente. Se é uma festa que a cristandade adotou, deveria, de igual modo, ser respaldada por princípio bíblico.
A representação teatral do nascimento de Jesus como uma maneira de lembrar que Ele nasceu, não é ofensivo – é algo bonito, que atrai e aproxima. Justificamos o fato como uma oportunidade para falar de Jesus, aproveitando a sensibilidade das pessoas com a data. Mas, que mal há nisso? “Se não fizer bem, mal não faz”. Assim engrossamos essa corrente, com muita alegria e contentamento, fazendo a nossa parte. A questão em pauta, não seria apenas as nossas intenções diante dessa comemoração popular, mas a nossa reflexão pessoal sobre a necessidade de “comemorar” ou defender a comemoração como algo necessário sob o ponto de vista bíblico. Mas, se comemoramos, de que maneira estamos fazendo a nossa luz brilhar e, como estamos temperando a terra, para que esse diferencial não se perca em meio a multidão?
O nosso papel, como cristãos, é fazer a luz brilhar todos os dias.
"Fazei isso em memória de mim" |
A Bíblia nos revela a lembrança da morte de Jesus, por meio da santa ceia, como Ele mesmo orientou aos discípulos: “Fazei isso em memória de mim”, pouco antes de ser morto.
Há sinais bem claros na Bíblia sobre outras comemorações. O povo de Israel comemorou a libertação, após o cativeiro no Egito; as festas da colheita; das cabanas... – porém, essas festas não são comemoradas pela cristandade. E há até os que as consideram desnecessárias, porque as cerimônias foram cravadas na cruz. E faz sentido. Essas festas eram baseadas na gratidão do povo, diante das realidades vividas, relembrando a proteção e o cuidado do Deus da provisão e da libertação. Essas festas tinham um motivo real, segundo as experiências daquele povo, chamado povo de Deus. Mesmo tendo um significado importante, não as comemoramos hoje porque não vemos necessidade. E há outras coisas que fazemos, mesmo não havendo "necessidade", apenas porque gostamos, porque é comum a todos; porque não faz mal.
Até a Páscoa tem um significado comemorativo na Bíblia, não da maneira como se comemora hoje. Mas pegamos o "gancho" para falar do sacrifício de Cristo, que deveria ser a nossa mensagem central cotidianamente.
A festividade natalina não é mencionada, nem foi comemorada pelos seguidores de Cristo e, mesmo assim, tornamo-nos simpáticos a ela, por sua popularidade. Passamos a responder as felicitações de natal para não sermos indelicados, porque não há nada de ofensivo nisso.
É por brechas semelhantes a esta, que nos arriscamos a não dar a importância devida à questões de princípio, de ensinamento respaldado na bíblia. No momento em que se utilizam a mesma linguagem que torna-se atrativa e incontestável, capaz de alcançar a todos de maneira generalizada, podemos cair em armadilhas - pois, de certo modo, o pensamento coletivo não leva à mudanças nem a proposições. Fala-se em união, mas de fato, o individualismo e as vontades pessoais ainda dominam, pois no apagar das luzes, todos voltam para a sua mesma realidade.
São nos pontos comuns, que devemos ficar atentos. É preciso saber sua raiz, a quem interessa, de onde partiu. Aceitamos, porque não queremos parecer radicais. Em alguns pontos queremos cumprir nossa parte.
Até a Páscoa tem um significado comemorativo na Bíblia, não da maneira como se comemora hoje. Mas pegamos o "gancho" para falar do sacrifício de Cristo, que deveria ser a nossa mensagem central cotidianamente.
A festividade natalina não é mencionada, nem foi comemorada pelos seguidores de Cristo e, mesmo assim, tornamo-nos simpáticos a ela, por sua popularidade. Passamos a responder as felicitações de natal para não sermos indelicados, porque não há nada de ofensivo nisso.
É por brechas semelhantes a esta, que nos arriscamos a não dar a importância devida à questões de princípio, de ensinamento respaldado na bíblia. No momento em que se utilizam a mesma linguagem que torna-se atrativa e incontestável, capaz de alcançar a todos de maneira generalizada, podemos cair em armadilhas - pois, de certo modo, o pensamento coletivo não leva à mudanças nem a proposições. Fala-se em união, mas de fato, o individualismo e as vontades pessoais ainda dominam, pois no apagar das luzes, todos voltam para a sua mesma realidade.
São nos pontos comuns, que devemos ficar atentos. É preciso saber sua raiz, a quem interessa, de onde partiu. Aceitamos, porque não queremos parecer radicais. Em alguns pontos queremos cumprir nossa parte.
Há outras comemorações na Bíblia não adotadas pelos cristãos da atualidade. |
Mas, como cristãos populares, continuamos a dizer: “Se não fizer bem, mal não faz”.
E não faz mesmo. Apenas não teremos o respaldo se, porventura os que nos consideram estudiosos da Bíblia, perguntarem sobre isso.
A falta de argumentação com base nas escrituras, certamente nos fará dizer mais uma vez: “Se não fizer bem, mal não faz”.
A maneira como o natal tornou-se atração incontestável , faz parecer que é a única festa em que o mundo tenta colocar o santo e o profano de mãos dadas no mesmo caminho. E continuamos a ouvir: "Se não fizer bem, mal não faz". E, todos os anos, a mesma cena se repete. E cada um segue seu caminho no recolher dos pratos, no apagar das luzes; no abrir do último presente; no desmontar da árvore...
Se prestarmos atenção, concluiremos que a comemoração do Natal é a maior festa ecumênica da terra. Uma fórmula que deu certo.
E não faz mesmo. Apenas não teremos o respaldo se, porventura os que nos consideram estudiosos da Bíblia, perguntarem sobre isso.
A falta de argumentação com base nas escrituras, certamente nos fará dizer mais uma vez: “Se não fizer bem, mal não faz”.
A maneira como o natal tornou-se atração incontestável , faz parecer que é a única festa em que o mundo tenta colocar o santo e o profano de mãos dadas no mesmo caminho. E continuamos a ouvir: "Se não fizer bem, mal não faz". E, todos os anos, a mesma cena se repete. E cada um segue seu caminho no recolher dos pratos, no apagar das luzes; no abrir do último presente; no desmontar da árvore...
Se prestarmos atenção, concluiremos que a comemoração do Natal é a maior festa ecumênica da terra. Uma fórmula que deu certo.
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