A PROVA DA FÉ
Não devemos tentar provar ao mundo que somos de Deus por aquilo que conquistamos, pelos bens acumulados e poder de influência, se as nossas conquistas - sejam institucionais ou pessoais - não honrarem o seu nome por meio do nosso serviço à igreja e as ovelhas do rebanho de Cristo. Os que trabalham na obra do mestre, visando seus lucros e interesses pessoais, sem atender ao princípio da doação, da generosidade com o próximo, estão transformando seus pães em pedra, e seus peixes em serpentes. Ou seja, não estarão cumprindo o papel para o qual foram chamados e, dificilmente, estarão plenamente saciados. Quando Jesus orientou que pedíssemos em nome dEle, o entendimento é que, o que pedimos a Deus, em nome dEle, é para a exaltação dEle, não para a nossa exaltação. E tudo o que fizéssemos aos outros, estaríamos fazendo a Ele. Jesus não orientou que buscássemos um “intercessor” específico que falasse por nós, que apresentasse os nossos pedidos diante dEle. Deus não passou "procurção" para ninguém falar em nome dEle o que Ele nunca falou; pedir o que Ele nunca pediu; não foram os líderes religiosos que "rasgaram" o véu da separação entre Deus e os homens. Por isso, o acesso ao Pai é dado a cada indivíduo, sem a necessidade de um intermediário humano.
A relação pai e filho é isenta de troca de interesses |
E qual dentre vós é o homem que, pedindo-lhe pão o seu filho, lhe dará uma pedra? E, pedindo-lhe peixe, lhe dará uma serpente? Se vós, pois, sendo maus, sabeis dar boas coisas aos vossos filhos, quanto mais vosso Pai, que está nos céus, dará bens aos que lhos pedirem?” S. Mateus 7:9-11
Vivemos numa sociedade de padrões criados para exaltar os interesses dos que dominam. Esses padrões determinam a moda, a cultura, os gostos, o estilo de vida, até mesmo a distinção de classes sociais pelo poder de consumo, entre outros. Somos inclinados a nos satisfazermos mais com as aparências, do que aprofundarmo-nos no conhecimento sobre o que a revelação divina diz a respeito dos desejos humanos, como eles se manifestam e, quais são suas consequências.
O princípio do amor está em doar-se |
Temos inclinação para aceitar o discurso que nos agrada aos ouvidos, e nos satisfazemos com ele a tal ponto, que acaba tomando o lugar da reflexão. Diante dessa filosofia, aprendemos que o melhor para nós está sempre distante da nossa “realidade”; do lado de fora da janela; do outro lado do mundo! Somos educados assim. Até nossos filhos, muitas vezes, são orientados a olhar para fora, para as conquistas dos outros como um exemplo a ser seguido, mas, dificilmente, despertamos neles o interesse em olhar em si mesmos suas potencialidades naturais. Aprendemos que a melhor profissão, é a mais rentável, que um melhor profissional é aquele mais requisitado. Nem tudo o que nos oferecem, é o melhor para nós. Nem toda a necessidade que pensamos ter, é de fato uma necessidade real. Diante dos apelos externos, acabamos “construindo” necessidades desnecessárias. O pensamento de prosperidade e realização que a sociedade entende, está muito ligado às nossas conquistas materiais, posses e posições, muito mais que os valores imateriais. Na atual sociedade, os fins justificam os meios; o que queremos, podemos – e que o nosso desejo é uma ordem.
A exploração da fé, em troca de favor de Deus, virou negócio lucrativo |
No plano espiritual, a prosperidade começa quando abrimos mão daquilo que nos escraviza e de tudo que julgamos importante para nós. Quando o nosso entendimento de prosperidade está ligado tão somente ao plano material, dificilmente teremos disposição espiritual para aceitar as coisas simples e de contentamento com o que temos. O pão que granjeamos torna-se pedra, e o peixe torna-se serpente, quando perdemos de vista a noção dos valores pelos quais trabalhamos. É preciso ter uma visão além das provisões para o nosso sustento temporal. Vivemos absorvidos por uma cultura que supervaloriza as coisas, o status e posições que tem sido defendida até pelas religiões. A riqueza e a conquista de bens materiais, tem sido o termômetro para avaliar a fidelidade dos membros de agremiações religiosas. Diante desse quadro, abrimos brechas para aceitarmos o sugestionamento religioso de que é preciso dar para receber. Dar o quê? Para receber o quê?
Muitos são motivados a economizar míseros trocados para sustentação de estruturas religiosas |
A ostentação do luxo é perseguida até por líderes religiosos |
A fé passaria a ser medida pela quantidade do material que doamos em troca de uma “bênção”. É o mesmo princípio de um “negócio”. É um investimento. Quanto maior é a meta estabelecida para a captação de novos membros, aumenta-se também as estimativas de lucro. As instituições religiosas deixaram de trabalhar apenas para serem auto-suficientes para cumprirem seu papel de evangelizar as pessoas, tornando-se uma verdadeira estrutura empresarial. Quanto mais cresce com sua estrutura, maior é a necessidade de ganhos. Isso é fato. E até natural, sob o ponto de vista econômico/administrativo. Mas é preciso identificar até que ponto essas estruturas tem cumprido seu papel como uma representação do corpo de Cristo em todas as suas ações administrativas.
Há quem utilize até o argumento de que devemos ser “parceiros” de Deus, no momento em que Deus procura servos fiéis e abnegados para atenderem a sua vontade. Há, também, aqueles que se fazem necessários aos fiéis; outros até que criam projetos para evangelização, cuja finalidade é angariar lucros com ofertas recebidas. Esses argumentos são uma maneira das religiões justificarem-se diante dos pedidos de doações, com o pretexto de que com isso, Deus abrirá a janela do céu e derramará chuva de bênçãos; que as nossas doações são necessárias para sustentarem os homens de “fé”, que vivem do evangelho, para libertar as pessoas do pecado. Os discursos podem ser variados, até mesmo com a finalidade de atacar " concorrentes", mas com o mesmo objetivo.
As experiências pelas observações desse cenário, mostram uma deficiência na questão do trato com as ovelhas do rebanho por parte de seus pastores e, muito mais ainda, por suas estruturas organizacionais.
Há quem utilize até o argumento de que devemos ser “parceiros” de Deus, no momento em que Deus procura servos fiéis e abnegados para atenderem a sua vontade. Há, também, aqueles que se fazem necessários aos fiéis; outros até que criam projetos para evangelização, cuja finalidade é angariar lucros com ofertas recebidas. Esses argumentos são uma maneira das religiões justificarem-se diante dos pedidos de doações, com o pretexto de que com isso, Deus abrirá a janela do céu e derramará chuva de bênçãos; que as nossas doações são necessárias para sustentarem os homens de “fé”, que vivem do evangelho, para libertar as pessoas do pecado. Os discursos podem ser variados, até mesmo com a finalidade de atacar " concorrentes", mas com o mesmo objetivo.
As experiências pelas observações desse cenário, mostram uma deficiência na questão do trato com as ovelhas do rebanho por parte de seus pastores e, muito mais ainda, por suas estruturas organizacionais.
"Onde estiver o teu tesouro, alí também estará o teu coração" |
A PROVA DA FÉ
Não devemos tentar provar ao mundo que somos de Deus por aquilo que conquistamos, pelos bens acumulados e poder de influência, se as nossas conquistas - sejam institucionais ou pessoais - não honrarem o seu nome por meio do nosso serviço à igreja e as ovelhas do rebanho de Cristo. Os que trabalham na obra do mestre, visando seus lucros e interesses pessoais, sem atender ao princípio da doação, da generosidade com o próximo, estão transformando seus pães em pedra, e seus peixes em serpentes. Ou seja, não estarão cumprindo o papel para o qual foram chamados e, dificilmente, estarão plenamente saciados. Quando Jesus orientou que pedíssemos em nome dEle, o entendimento é que, o que pedimos a Deus, em nome dEle, é para a exaltação dEle, não para a nossa exaltação. E tudo o que fizéssemos aos outros, estaríamos fazendo a Ele. Jesus não orientou que buscássemos um “intercessor” específico que falasse por nós, que apresentasse os nossos pedidos diante dEle. Deus não passou "procurção" para ninguém falar em nome dEle o que Ele nunca falou; pedir o que Ele nunca pediu; não foram os líderes religiosos que "rasgaram" o véu da separação entre Deus e os homens. Por isso, o acesso ao Pai é dado a cada indivíduo, sem a necessidade de um intermediário humano.
A questão crucial nesse aspecto, não consiste apenas no pedido que fazemos, mas no que estamos pedindo. Na constatação lógica - que Jesus revelou ao considerar a malevolência da natureza humana e, mesmo assim, saber oferecer o que é melhor para seus filhos - Ele apontou que o Pai dará aquilo que seus filhos realmente precisam, não exatamente aquilo que pedem. É isso que podemos entender. Jesus estava dizendo: Se seu filho pedir pedra para comer, você o dará? Se pedir uma serpente, dará mesmo uma serpente? - na essência Jesus está dizendo que o pai do céu dará aquilo que realmente necessitamos, não apenas o que pedimos.
Deus jamais responderá uma oração, cujo pedido é fruto da cobiça. "Sois invejosos e cobiçosos...pedis e não recebeis, porque pedem para gastar em seus prazeres".
O princípio da doação não deve ser o de dar para receber; é o de devolver devidamente a Deus o que recebemos, como gesto de gratidão e louvor. O que existe hoje, é o mesmo princípio utilizado por profissionais do marketing: criar uma necessidade e estimular seu público alvo a comprar a idéia, seja aguçando sua cobiça e construindo sonhos fantásticos, ou até mesmo utilizando a estratégia do discurso para criar em seu público o sentimento de culpa, caso não faça suas doações: "Jesus entregou tudo por você, Ele morreu por você; e, qualquer coisa que você fizer por Ele é insuficiente"; ou colocar sobre os ombros dos fiéis o peso da responsabilidade de que a obra de Deus só poderá avançar por meio de suas doações, de igual modo, são palavras humanas, sem respaldo nas escrituras. É o contrário do ensinamento bíblico. Toda estratégia utilizada para captar ofertas e dízimos, além de doações voluntárias, que estimule em seu doador espírito de barganha, ou sentimento de culpa, torna-se exploração da boa fé. E, pior que isso, induz os doadores ao pecado da cobiça.
O ensinamento bíblico, nos faz entender que a doação é um elemento aliado da adoração a Deus e o reconhecimento de que Ele é quem nos sustenta. Este deve ser o ensinamento. Neste ponto, não importa se é uma moedinha, como ofereceu a viúva no templo. Era tudo o que tinha - foi entregue com o mais profundo sentimento de amor a Deus, não importando-se com os olhares humanos.
Seja qual for a estratégia utilizada para angariar recursos, seja explicita ou implicita, nas linhas ou nas entrelinhas, seja ela publicamente ou privativamente, esta (a estratégia) não deverá fugir dos princípios bíblicos.
Todo discurso deve ser voltado ao ensinamento do amor a Deus, sem provocar sentimento de culpa ou fomentar o despertamento do espírito egoista em seus fiéis.
O princípio da doação não deve ser o de dar para receber; é o de devolver devidamente a Deus o que recebemos, como gesto de gratidão e louvor. O que existe hoje, é o mesmo princípio utilizado por profissionais do marketing: criar uma necessidade e estimular seu público alvo a comprar a idéia, seja aguçando sua cobiça e construindo sonhos fantásticos, ou até mesmo utilizando a estratégia do discurso para criar em seu público o sentimento de culpa, caso não faça suas doações: "Jesus entregou tudo por você, Ele morreu por você; e, qualquer coisa que você fizer por Ele é insuficiente"; ou colocar sobre os ombros dos fiéis o peso da responsabilidade de que a obra de Deus só poderá avançar por meio de suas doações, de igual modo, são palavras humanas, sem respaldo nas escrituras. É o contrário do ensinamento bíblico. Toda estratégia utilizada para captar ofertas e dízimos, além de doações voluntárias, que estimule em seu doador espírito de barganha, ou sentimento de culpa, torna-se exploração da boa fé. E, pior que isso, induz os doadores ao pecado da cobiça.
O ensinamento bíblico, nos faz entender que a doação é um elemento aliado da adoração a Deus e o reconhecimento de que Ele é quem nos sustenta. Este deve ser o ensinamento. Neste ponto, não importa se é uma moedinha, como ofereceu a viúva no templo. Era tudo o que tinha - foi entregue com o mais profundo sentimento de amor a Deus, não importando-se com os olhares humanos.
Seja qual for a estratégia utilizada para angariar recursos, seja explicita ou implicita, nas linhas ou nas entrelinhas, seja ela publicamente ou privativamente, esta (a estratégia) não deverá fugir dos princípios bíblicos.
Todo discurso deve ser voltado ao ensinamento do amor a Deus, sem provocar sentimento de culpa ou fomentar o despertamento do espírito egoista em seus fiéis.
As conquistas da terra não podem desfocar a visão do que é eterno |
As respostas de Deus para nós, tem muito mais a ver com os planos dEle para nós, do que com as necessidades que julgamos possuir. Pois nossas necessidades são criadas circunstancialmente de acordo com as realidades físicas e temporais e até mesmo pelos sugestionamentos externos. O essencial para a nossa sobrevivência, Deus nunca deixa faltar. Isso ficou bem claro quando Jesus orientou para “olharmos as aves do céu, que não plantam, nem ajuntam em celeiros, contudo, Deus as sustenta”. Mateus 6:26. Os planos de Deus baseiam-se na realidade que deixamos de enxergar, talvez por serem tão simples e naturais e passam despercebidas diante da deformação dos nossos sentidos.
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