Deus olhou para a Terra e não viu um justo sequer (Romanos 3).
Olhando depois, viu a Noé, Ló, Jó, entre outros. O que Deus considerou era que esses homens tinham características comuns, que os colocavam em estado de justiça. Eram tementes a Deus e se desviavam do mal.
A Bíblia fala dos limpos de mão e puros de coração. Salmo 24:4 diz: "Aquele que tem as mãos limpas e o coração puro, e não se entrega à mentira, nem age com falsidade." Este subirá ao monte do Senhor.
O fato de "não haver um justo sequer" não é uma espécie de licença ou condescendência com a injustiça. É uma constatação que mostra haver, por outro lado, a escolha que podemos fazer pela justiça. "Quem nunca pecou, atire primeira pedra", como defendeu Jesus a pecadora, não promove o pecado, mas leva cada indivíduo a refletir sobre suas mais profundas intenções e suas atitudes consumadas.
"Vai e não peque mais", foi o pedido de Cristo àquela mulher, livre da morte.
Não há margem para desculpas quando lemos: "Pode o etíope mudar a cor da sua pele e o leopardo suas manchas?
Mas nós podemos escolher fazer o bem, mesmo tendo tendências para fazer o mal". (Jeremias 13:23). Sobre cada indivíduo recai a responsabilidade por suas escolhas.
Não há margem para desculpas quando lemos: "Pode o etíope mudar a cor da sua pele e o leopardo suas manchas?
Mas nós podemos escolher fazer o bem, mesmo tendo tendências para fazer o mal". (Jeremias 13:23). Sobre cada indivíduo recai a responsabilidade por suas escolhas.
Não existe "justiça de Deus" e "justiça dos homens". Existe justiça. Ela é definida por sua própria essência que ultrapassa as argumentações humanas ou teses de defesa de um réu. A justiça acusa no "tribunal da consciência" onde nenhum advogado, juiz ou promotor tem acesso. "Cada um julgue-se a si mesmo." Essa é a essência da justiça.
Se praticássemos a justiça, com base no amor ao próximo, que é a lei universal, jamais teríamos causas levadas aos tribunais e nossa honra colocada em dúvida.
Se praticássemos a justiça, com base no amor ao próximo, que é a lei universal, jamais teríamos causas levadas aos tribunais e nossa honra colocada em dúvida.
O momento em que vivemos como cidadãos ativos na sociedade, ao mesmo tempo em que dizemos amar a verdade, é dramático. Quando o Cristão toma algum partido nessa hora, acaba sepultando em vala comum a honra daqueles que se desviam do mal e não agem de maneira fraudulenta. A diferença não é a possibilidade de errar, mas a escolha de desviar-se do mal e manter-se limpo em meio à corrupção e mentiras. É isso que temos observado dos partidários políticos. O cenário não é satisfatório para levantarmos bandeiras, seja elas quais forem. A defesa da justiça e da honra, contudo, deve ser o alvo de todo aquele que se desvia do mal e que ama a verdade.
Não é raro ouvirmos e lermos repercussão de frases de efeito e acusações de um lado corrupto para defender o outro lado, também corrupto. Estar ao lado de homens, levando para o pessoal o que deveria ser analisado profundamente na esfera espiritual, é disseminarmos pedras pelo caminho, nas quais tropeçamos por confiarmos naqueles que se autodenominam justos e inimputáveis. O orgulho faz com que levemos para o pessoal essas discussões e passamos a defender crimes de uns, pelos crimes de outros, e assim, permanecemos na escala das trevas. É uma luta de jogo de palavras que em nada contribui para a busca de soluções.
Todo homem tem tendências ao erro, por isso erra. Porém, o reconhecimento de seus erros, independentemente das consequências que pode sofrer, ocorre quando abre espaço para o espírito da justiça e da verdade. Aqueles que se desviam do mal, mantendo suas mãos limpas e coração puro, que não acusam com mentiras.
Avaliemos nossa condição e observemos a inclinação que adotamos em temas que nos afetam diretamente. O que seria praticar justiça? Quando a injustiça nos beneficia, deixaria de ser perniciosa em sua essência?
O mal não é só mal pelos efeitos que produz, mas pela causa, por sua natureza, ainda que, de algum modo, nos beneficiemos dele. Por outro lado, a bondade e a justiça, o amor, a compaixão e solidariedade não necessitam dar explicações para suas ações. Quem erra precisa de advogado. Mas a justiça advoga-se a si mesma, pois se respalda na verdade. Cada ser humano, em suas faculdades mentais sadias, pode julgar-se a si mesmo. Não poderá deparar-se no espelho da alma mantendo suas mentiras. De que lado você está? O amor, a verdade e a justiça não tem lado, porque é algo que está acima de nós.
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