O Jurista Helio Bicudo, ex-filiado do Partido dos
Trabalhadores em declarações postadas em um vídeo na rede social declarou que
não sabia que o Lula queria chegar ao poder apenas para uma satisfação pessoal.
O jurista chegou a afirmar que Lula e seus filhos, estão hoje entre os mais
ricos do Brasil. “Conheci um Lula quando
ele vivia em dificuldade. Morava em um cômodo de 40m2. De onde vem toda a
fortuna do Lula e seus filhos? É só uma pergunta, que fica só na pergunta”
– enfatizou.
Não faz muito tempo, o senador pelo Pará, Mário Couto, denunciou na
tribuna, que a Polícia Federal está no encalço do filho do ex-presidente para investigá-lo “por enriquecimento sem explicação”. De
acordo com o senador, Lulinha seria dono de muitas terras no Estado do Pará, e tornou-se um grande criador de gado. “O Lula não podia,
mas mandou o filho” – acusou o senador, acrescentando que o filho do
ex-presidente é sócio da Friboi, frigorífico que teria recebido uma verba de R$
30 bilhões de reais da presidente Dilma Roussef.
Não é de hoje, acusações que apontam para enriquecimento
ilícito recaem sobre petistas. O discurso de estar ao lado dos pobres
defendendo suas causas, engrossando o tom contra “as elites” aos poucos vai
perdendo força com fatos que sugerem que o grupo está formando uma
outra “elite que, diferente da primeira, usurpa do poder público,
enquanto a outra “elite” formou-se de seu próprio trabalho, mérito pessoal,
entre outros meios, sem apoderar-se do que é bem público.
Lula admitiu que aceita a ideia de roubar do rico para dar
aos pobres. Essa mentalidade parece que se concretizou em sua própria vida. “Os
ricos” são o Estado e os pobres são os “petistas” e seus militantes, que
encontraram um meio de subir na vida com o patrocínio do governo de seu
partido. Querem fazer da Nação um bem particular.
Parece que poucos tem
a curiosidade de comparar a vida desses líderes do partido antes e depois de
chegarem ao poder. O que eles conseguem fazer
é colocar os pobres contra os ricos e julgar a forma como adquirem seus
bens, como um confronto mostrado em um vídeo na internet quando uma militante
do PT agrediu jovens que faziam campanha para o candidato de oposição,
vociferando palavrões e acusando-os de fazerem parte da elite, chegando até a
criticar o carro de um dos jovens estacionado à beira da praça: “Foi comprado
com o seu dinheiro, ou com o dinheiro do papaizinho?” – provocou.
E o que dizer dos bens desses “socialistas” que em vez de
servir à Nação, servem-se dela como uma propriedade privada?
A “elite” que se formou do assalto aos cofres públicos, com
desvios milionários e lavagem de dinheiro, é a elite enfurecida contra a outra que a critica. O tom desse discurso acaba desviando os olhares para a profundidade
dos problemas que o Brasil vem enfrentando pelo “aparelhamento do Estado.”
O uso indevido dos Correios para ajudar na campanha da candidata Dilma Roussef à reeleição tem a ver com as mudanças de diretoria com a substituição de profissionais técnicos de carreira concursados, para militantes do partido. Militantes petistas estão espalhados por empresas estatais assumindo cargos majoritários, sem preparo para o desempenho de suas funções, mas tornam-se figuras representativas do governo para facilitar a continuidade do projeto de poder do partido.
O uso indevido dos Correios para ajudar na campanha da candidata Dilma Roussef à reeleição tem a ver com as mudanças de diretoria com a substituição de profissionais técnicos de carreira concursados, para militantes do partido. Militantes petistas estão espalhados por empresas estatais assumindo cargos majoritários, sem preparo para o desempenho de suas funções, mas tornam-se figuras representativas do governo para facilitar a continuidade do projeto de poder do partido.
A política brasileira tem feito uma nova elite que se constrói por apropriação indevida dos bens da Nação. |
Mas a verdade aos poucos, vaza, graças à imprensa, acusada de
golpismo. Tardiamente o governo admite,
depois de tantas negativas e de afirmar que as denúncias representam um golpe
dos opositores. A cortina de fumaça está se dissolvendo e não resiste mais à
ventania. Os fatos tem mostrado que a escamoteação, agora está vindo à tona,
às claras. O governo negar isso à essa altura é
tão prejudicial quanto admitir, pois essa admissão ocorre como uma
obrigação no momento em que não encontra mais saída para esconder.
Até quando teremos que ouvir passivamente e aceitar as
explicações que o governo dá, se a admissão de seus erros ocorre depois de
tantas negativas? Será que já não perdeu a credibilidade?
O escândalo do mensalão que foi comprovado pelo julgamento
que condenou os envolvidos, ainda é minimizado pelo governo. Os principais
responsáveis tiveram o direito de responder pelo crime em casa. O ex-presidente
Lula ainda diz que “essa história será recontada.” Mas quando, e por quem? Será
que diante de todo esse cenário o governo pode fazer planos para o futuro com
esse passado sombrio?
Há muita coisa obscura. E não podemos mais continuar no
escuro. Quando um governo admite que errou - e que os erros devem servir de
lição –, o discurso parece mais aquele conselho que é dado a um jovem inconsequente que não sabe direito o que quer da vida.Não se faz governo
como em laboratório de experimentos. É preciso saber o que se faz. No discurso
de posse, Dilma disse que não podia errar. E errou. Muito. O problema é que o
erro de um presidente compromete o interesse nacional, fazendo valer seus
interesses pela manutenção no poder. Não é honesto alguém se dispor a
continuar, depois de perder o controle da Nação, enquanto a insatisfação se
espalha por todo o país. Mas como esperar honestidade de quem admite que todo
mundo corrompe e que a corrupção faz parte da vida? Não é essa a lição que
damos aos nossos filhos.
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