Declaração importante feita durante um debate eleitoral: "Fazer o bem e cumprir sua obrigação
não lhe dá o direito de fazer o mal" - replicou o candidato ao governo
do Estado do Rio de Janeiro Marcelo Crivella ao atual governador candidato a
reeleição Luiz Fernando Pezão quando falou das obras que fez, esquivando-se das
explicações requeridas sobre corrupção em seu governo.
A nossa política é rasa, superficial, assim como os interesses do
eleitorado. Parece que as consideradas “boas
ações” do político, reivindicadas em público que mais parece elementos para
compor jogadas de marketing torna-se carta branca para gerir de maneira escusa
os assuntos administrativos de interesse nacional.
O maior escândalo de corrupção de nosso país, aos poucos foi minimizado
pelos discursos repetitivos do governo. Os condenados e presos pelo caso, aos
poucos voltam à sua vida normal, apoiados pelo governo e sua militância. O
ex-presidente Lula ainda coloca dúvida sobre o caso e ainda supõe que o
mensalão não existiu. A mídia, o único meio de levar ao conhecimento, pelo
menos a ponta do iceberg da corrupção, é atacada e desqualificada pelos
partidários. E o governo diz que "manda investigar"como se não soubesse do que se passa, somente depois de o povo tomar conhecimento pelos meios de comunicação. O julgamento do caso foi desqualificado e o Juiz que condenou foi
desacreditado, ameaçado, aposentado. Petistas odeiam Joaquim Barbosa, e foi ameaçado de morte por um militante a partir do Palácio do Planalto. O caso não deu em nada, apesar de ameaça de morte configurar crime. A mídia é colocada como a oposição que tenta
desestabilizar os interesses do governo denunciando seus malfeitos. Ameaçam
jornalistas que comentam na televisão;
calam a boca daqueles que parecem ser um entrave para seus negócios com
chantagens, pois estão aparelhando o Estado, aumentando seus tentáculos
perniciosos, tornando até mesmo instituições privadas dependentes de suas
decisões.
Mas o que o povo tem a ver com as discussões internas, os interesses
escusos de seus representantes, as negociadas por trás das cortinas no âmbito
da administração, se o povo está cobrando apenas migalhas e migalhas recebe
como resposta aos anseios populares, se para o povo o importante é ter seu
benefício no fim do mês por ações disfarçadas de resposta aos reclames sociais?
O povo não sabe de nada e não quer saber. E os políticos maldosos sabem disso.
Assim continuam oferecendo o circo e o povo aplaudindo o espetáculo. A
discussão deixa de ser política e passa a adotar suposições, julgamentos
pessoais.
O maior escândalo de corrupção de nosso país, aos poucos foi minimizado
pelos discursos repetitivos do governo. Os condenados e presos pelo caso, aos
poucos voltam para casa e à sua militância política, apoiados pelo governo e seus aliados. O
ex-presidente Lula ainda coloca dúvida sobre o caso e ainda supõe que o
mensalão não existiu. A mídia, o único meio de levar ao conhecimento, pelo
menos a ponta do iceberg da corrupção, é atacada e desqualificada pelos partidários.
O julgamento do caso foi desqualificado e o Juiz que condenou foi desacreditado,
ameaçado, aposentado; a mídia é colocada como a oposição que tenta
desestabilizar os interesses do governo denunciando seus malfeitos. Ameaçam
jornalistas que comentam na televisão;
calam a boca daqueles que parecem ser um entrave para seus negócios com
chantagens, pois estão aparelhando o Estado, aumentando seus tentáculos
perniciosos, tornando até mesmo instituições privadas dependentes de suas
decisões.
Para quê o governo tem que esperar uma manifestação pública para
responder às cobranças, se o representante do povo em seu cargo deve ter competência e capacidade de entender as
necessidades básicas e elementares e trabalhar no sentido de minimizar suas
falhas administrativas que refletem nos serviços que deve prestar ao Estado ou
à Nação?
É assim que o governo se defende: quando é chamado à responsabilidade e
a dar explicações sobre escândalos, desvios de finalidade na aplicação de
recursos, a corrupção, entre outros temas de profundidade tamanha cujas
consequências podem ser a destruição de um Estado, ele usa as ações sociais e
maquiagem na apresentação de números e dados de avanço e progresso como escudo.
As frases: “esse governo foi o que mais
fez; nunca em tempo algum tivemos tanto...” são evasivas para desviar o
olhar e as atenções do que é elementar. É muito bom ter cautela com candidatos
que vivem apontando números de supostas realizações feitas. Assim conseguem
atenção ou admiração enquanto não se prove em contrário, pois, dificilmente
alguém sairá a procura dos números para conferir. Munidos de dados estatísticos, tentam passar
imagem de bom gestor, mas o que importa para o desenvolvimento de um país, não
é o que foi feito, mas o que não foi. As frases repetitivas que servem como
defensiva precisam ser observadas no confronto com o que se diz e com o que
realmente é.
Essa falta de interesse da população para aprofundar-se e sair do senso
comum e da política mediana que faz o governo, é que respalda essas ações rasas
e o povo acaba se contentando com pouco, muito pouco.
Não podemos apenas discutir segurança pública com o uso e aumento da
força policial, apesar de o povo pensar que isso resolverá o problema; não é
aumentar o quadro de médicos para atendimento à população, ainda que o povo não
saiba se expressar quando consultado sobre o que mais precisa. As bases
estruturais precisam ser resguardadas; a política precisa ser ampla. A questão
de moradia não se resolve apenas com a construção de casas, mas pela
permanência de seus moradores numa moradia que garante segurança e
infraestrutura adequadas às necessidades das famílias. Não se pode aceitar
obras de fachada com fins marketeiros em época de campanha, apenas para maquiar
as grandes responsabilidades de quem assume o maior cargo político de uma
Nação. O trabalho na superfície por um lado agrada aos olhos, mas por outro
lado, esconde o buraco negro para o qual o país pode estar prestes a cair, na
desconstrução da democracia e das liberdades. Veja a educação, a atenção aos
jovens, o combate às drogas. Veja a saúde, o saneamento básico.
Não nos permitamos à alienação. A comer o que nos oferecem; a aceitar o
que eles respondem e a concordar que “se não tem remédio, remediado está”. O maior perigo para uma Nação é o comodismo.
E parece que é isso que tentam fazer pelas manipulações ideológicas de que tem
muito a fazer, mas que não se responsabilizam pelo que não fizeram. Não podemos aceitar a mea-culpa. As
responsabilidades precisam ser assumidas, sempre.
Nenhum comentário:
Postar um comentário