Muitos exemplos do passado fazem com que "costuremos" nossos argumentos; busquemos ou discutamos as razões de alguém considerado tão justo ter tropeçado. Foi assim com Davi, considerado um homem segundo o coração de Deus, mas que cometeu pecados, não como um homem segundo o coração de Deus. Quando alguém peca, ele não o faz segundo o coração de Deus. Quando criamos expectativas, por melhores que sejam, sobre um simples mortal, corremos o risco futuro de nos confortarmos ao dizermos: "Ele foi segundo o coração de Deus, e pecou. Isso quer dizer que somos iguais a ele."
As referências humanas são falhas. E não devemos nos apegar as falhas humanas como um conforto quando falhamo também.
Mas parece ser assim que aprendemos. Olhamos alguém como uma referência aceitável. E quando essa referência falha, recorremos a algum mecanismo para defesa e nos confortamos.
"Mas Eu, quando for levantado da terra, atrairei todas as pessoas para mim.” João 12:32.
Nenhum mortal herdou de Jesus essa condição, nem ao mortal Cristo passou a responsabilidade de assumir o seu lugar. Aos seus discípulos, Cristo afirmou que eles seriam suas testemunhas.
Quando o mundo religioso-cristão usurpa a condição de Cristo, atraindo pessoas para o que diz ser a representação dEle, cai em grande armadilha e acaba se perdendo em meio a remendos de argumentos para justificar seu papel, afundando-se cada vez mais, quando deveria admitir seu erro e voltar ao caminho. A autoafirmação religiosa em seu afã de provar suas verdades a seus próprios olhos, tem endurecido o coração humano e vendado seus olhos para as afirmações divinas, que consistem na observância das orientações de Deus para a humanidade.
Os profetas traziam a mensagem de Deus, em nome de Deus. Eles jamais se colocavam como "a mensagem." Por diversas vezes eles começavam a dizer: "E veio a mim a palavra do Senhor, dizendo:"
O mensageiro de Deus, peca. A mensagem de Deus é imutável. Cristo é o verbo eterno de Deus, ou seja, a palavra de Deus. Ele é a mensagem de Deus para todos os homens.
Mas os homens se fizeram deuses, ou construíram seus próprios deuses, manipularam as verdades e contaminaram as mentes do povo. Fizeram para si mestres, segundo sua própria cobiça. Se autoentitulam "a mensagem" e, quando cometem erros, defendem-se, apontando profetas que erraram e que Deus usa a quem quer.
Muitos se colocam como um novo caminho para a salvação, como um novo conceito; colocam-se como uma luz diferente, estabelecendo nova religião que não religa a Cristo, mas a seus próprios conceitos.
Quem será atraído à Jesus com suas mentes embotadas, cauterizadas pela mensagem humana, tendo como referência os próprios homens que se tornaram seus guias espirituais? Quem tem realmente sido atração no mundo religioso-cristão muito mais nos dias modernos de grande poder midiático em que cada vez mais cresce o número de personagens carismáticos, pop-stars e personalidades atraindo multidões para suas mensagens e lotando suas reuniões?
Onde está Jesus nessa multidão? Como Cristo será levantado entre os homens, senão por sua própria atuação pessoal na vida dos que o buscam?
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