Certa vez o boxeador Adilson Rodrigues o "Maguila" deu uma explicação de seu nome artístico durante uma entrevista.
"Eu era ajudante de pedreiro, e na obra, os amigos me chamavam de maguila porque eles diziam que eu parecia com aquele macaco do desenho Maguila o Gorila" - disse.
"Eu não levei a mal, só não me conformava de parecer feio como aquele macaco" - completou, bem humorado.
Se naquela época os ativistas da defesa do negro estivessem em atividade, teriam convencido o Maguila a buscar seus "direitos" e, talvez, o faria mudar a visão do lutador sobre seus colegas, vendo-os como preconceituosos.
"Eu passava a pão com banana, e eu comia muita banana e isso fortalecia o apelido que ganhei". "Maguila" não pareceu ter nenhuma mágoa, rancor ou trauma do que viveu entre os amigos e o apelido passou a fazer parte do seu nome, ovacionado pelos narradores das lutas: "Adilson Maguila Rodrigues."
Preconceito parece mais um ensinamento que determinado sistema tenta incutir na cabeça das pessoas "a grosso modo" para acentuar e destacar o racismo ou preconceito, não no sentido de mudar o pensamento das pessoas, mas para tirar algum proveito político, como parece ser atualmente, fomentando discussões periféricas e superficiais para desviar as pessoas do que realmente importa nas relações humanas, causando barreiras e legalizando o separatismo. "Deseducação" e grosseria entre pessoas, é uma outra história. Isso ocorre em todas as esferas, em todas as classes sociais e etnias. Cada caso precisa ser tratado distintamente. Para isso é preciso ficar bem claro o que significam os títulos ou nomenclaturas que querem dar à uma forma de tratamento. Não poderia e nem deveria ser um instrumento político e de promoções classistas.
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