O "Profeta" Gentileza do Rio de Janeiro em uma de suas atuações pelas ruas da cidade. |
Exortar é uma ação que depende de um emissor e, para que tenha resultado, é necessário um receptor. Receber uma mensagem não é apenas ouvir com os ouvidos, mas escutar. Mas a quem escutar? Quem, porventura, está falando?
Exortação além de ânimo e coragem, transmite uma advertência ou conselho. Mas onde estão os exortadores e os conselheiros? De que maneira estão utilizando o conhecimento e suas experiências para ajudar pessoas a encontrar um caminho? A postura é de exaltação e supremacia, ou são atos e palavras envolvidas de amor, compaixão e interesse pelo próximo?
Há maneiras de exortar que acabam humilhando, desqualificando, desrespeitando pessoas, e ao invés de promover reflexão construtiva, levará o ouvinte a uma ação defensiva e a julgar aquele que exorta. A questão passa para o lado pessoal:"Quem é você para dizer isso a mim; você é melhor do que eu?"
De que maneira exortamos? Discutimos e criticamos atitudes de pessoas, em vez de gastarmos tempo explanando amistosamente o que é ideal, tendo por base o que é real?
Há maneiras de exortar que acabam humilhando, desqualificando, desrespeitando pessoas, e ao invés de promover reflexão construtiva, levará o ouvinte a uma ação defensiva e a julgar aquele que exorta. A questão passa para o lado pessoal:"Quem é você para dizer isso a mim; você é melhor do que eu?"
De que maneira exortamos? Discutimos e criticamos atitudes de pessoas, em vez de gastarmos tempo explanando amistosamente o que é ideal, tendo por base o que é real?
Vivemos num momento histórico em que pessoas estão mais preocupadas com o que experimentam e vivenciam empiricamente, do que submeter-se a escutar um conselho ou advertência sobre determinado aspecto, principalmente se vem de uma fonte, de onde não se percebe humildade.
Cada pessoa tem e sente-se no direito de escrever sua própria história sem interferências de sermões que, em muitas vezes, contrariam seus interesses. A consciência individual é que se torna o seu juiz. Foi isso que Jesus provocou nos fariseus, ao fazê-los despertar a consciência de que todos eles pecaram contra a mulher a quem desejavam apedrejar; ou de quem era aquela moeda encontrada na boca do peixe. As parábolas de Jesus são cheias de exortação, mas cobertas de amor, levando as pessoas a uma reflexão sobre sua própria vida e suas atitudes. Do exortador, espera-se amor; do exortado, a humildade. Sem esses elementos espirituais como condutores capazes de alcançar a consciência do indivíduo, a exortação não encontra lugar.
Dificilmente pessoas deixam de praticar algo considerado nocivo, se não sentir necessidade para iniciar uma mudança de rumo. Alguns são capazes de assimilar os sinais, as reações e atribuir a determinado comportamento ou estilo de vida; outros pertencem àquela classe dos que "pagam para ver". O conselho, a exortação e a advertência dada a alguém não funciona necessariamente como um precedente para que faça alguma escolha.
Um profeta traz em si, uma necessidade, ou até mesmo abraça a causa como uma missão de conjecturar, alertar, mas não tem o poder de levar pessoas a atenderem aos conselhos, e nem deve esperar por isso; nem alimentar em si a vaidade pelo desejo de ser ouvido ou atendido; nem mesmo de se beneficiar de seu caráter de "profeta".
Aquele que exorta, o faz mais por descargo de consciência, pois dele mesmo se cobra o cumprimento dessa sua peculiar atribuição.
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