A religião exerce um papel importante na formação do
pensamento e do caráter das pessoas. A fé
vai sendo imprimida na mente, muitas vezes de maneira a desconstruir sonhos pela falta de
entendimento sobre a nossa vontade material e a vontade de Deus.
Ajuda a olhar para o “invisível”
fora da dimensão humana. O jovem pode aproveitar a vida, mas sabendo que Deus
vai julgar tudo o que fizer. Isso é fato. “É
mais fácil o camelo passar pelo fundo da agulha do que o rico entrar no céu.” De
algum modo, o rico é demonizado, enquanto o que vive uma vida parca de bens, seria
um bem aventurado diante de Deus, sem o entendimento real do significado das
palavras.
Há muitas mensagens e frases de efeito, inclusive, para
consolar os “pobres” que não exercem
nenhuma motivação para que sintam vontade de colocar o pé para fora da bolha
onde se encontram, sem levá-los a entender que é possível ter uma vida próspera em
todos os sentidos, sem ferir os princípios ensinados por Jesus, que orienta a
seus servos a serem generosos uns para com os outros. “Você é
pobre porque os ricos roubam de você, exploram o seu suor.” É uma crença
que promove mais separatismo e ódio, do que um olhar propositivo de superação.
Por outro lado, os pobres consolados, colocam-se em posição
de superioridade como uma defesa de seu desinteresse pela riqueza material,
levando-os a julgar e a suspeitar da riqueza dos ricos.
A vovó já dizia: “Quem
não rouba e não herda, só vive na m...” Sem dúvida é uma frase de consolo
para aqueles de boa moral e bons costumes, fazendo-os vangloriar-se da pobreza
porque não roubaram e nada herdaram, mas não passa disso.
“Onde estiver o teu
tesouro, ali também estará o teu coração.” Nesse pensamento não se demoniza o tesouro, nem o
torna algo sem valor. O valor do tesouro que você tem, é a influência que ele
exerce sobre a sua vida. Em que escala de importância colocamos os bens que
possuímos? É ali que estará o nosso coração.
Uma religião que apregoa a “privação” e as necessidades materiais como sendo elementos
favoráveis para o crescimento espiritual, acaba formando uma geração sem sonhos
terrenos, predisposta a enfrentar as aflições e carências pela fé, mas uma fé
que não promove o resultado de uma ação ao contrário. Por outro lado abre brechas para mensagens oportunistas que leva essas pessoas a um outro extremo de igual modo negativo. De que vale a fé como
sendo apenas um elemento de resignação em meio ao sofrimento, se por ela não damos
ordens a nós mesmos para agirmos e relutarmos diante das aflições e nos
levantarmos diante das quedas? A fé que não move "montanhas", não é fé.
A orientação sobre a privação, mal canalizada pelo ouvinte, exerce uma influência que pode levar até mesmo a um sentimento de culpa quando
nasce o desejo de conquistar uma vida material próspera. É isso que leva muitos
crentes a se desviarem dos ensinos considerados negativos, para experimentarem
o que não encontram dentro das igrejas, como as palavras de motivação capazes
de apontar uma outra visão de vida e
mudança de comportamento.
A carga de ensinamentos, muitas vezes mal entendidos pela
falta de clareza, acaba escravizando o indivíduo que entende a vida espiritual
como uma vida sem grandes avanços, de conformismos. É como aquele jovem que
disse ao pai que não ia estudar, que não adiantaria, se o mundo ia mesmo
acabar. É como aquele jovem que não sonha com uma vida próspera no futuro, se
tudo ficará por aqui mesmo.
Há uma geração de crentes. Crentes pobres, “louvando a Deus
na pobreza”, apenas por uma questão “ideológica” da privação, sem entender que
Deus pode ser louvado também na riqueza e em tudo o que somos e temos.
Quando estudiosos começaram a propagar que ser rico não é pecado, o grande estrago mental já havia estagnado a vida de muitos.
"Para quê sonhar, se este mundo é uma ilusão e nada aqui presta?"
Quando estudiosos começaram a propagar que ser rico não é pecado, o grande estrago mental já havia estagnado a vida de muitos.
"Para quê sonhar, se este mundo é uma ilusão e nada aqui presta?"
Para desprogramar uma mente que pensa assim, só mesmo com a
renovação do entendimento, como disse o Apóstolo Paulo. Não devemos nos
conformar com o mundo, isso é regra para o Cristão. Mas é a renovação do
entendimento que dará a ele a liberdade sobre sua vida e suas ações para
usufruir dos bens disponíveis no mundo, ao mesmo tempo mantendo-se
incontaminável de seus conceitos.
“Bem-aventurado
aquele que teme ao SENHOR e anda nos seus caminhos.
Pois comerás do trabalho das tuas mãos; feliz serás, e te irá bem.
A tua mulher será como a videira frutífera aos lados da tua casa; os teus filhos como plantas de oliveira à roda da tua mesa.
Eis que assim será abençoado o homem que teme ao Senhor”.
Salmos 128:1-4
Pois comerás do trabalho das tuas mãos; feliz serás, e te irá bem.
A tua mulher será como a videira frutífera aos lados da tua casa; os teus filhos como plantas de oliveira à roda da tua mesa.
Eis que assim será abençoado o homem que teme ao Senhor”.
Salmos 128:1-4
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