A Tecnologia se expande, evolui, e cada a dia
criam-se novos recursos, novas necessidades para atrair mais pessoas
interessadas em adaptar-se ou “estar em dia” com os novos recursos disponíveis.
No passado dominávamos, hoje somos dominados |
Há provas de que depois da invenção da calculadora, as
pessoas deixaram de pensar para fazer seus cálculos, criando uma dependência.
Todas as facilidades são possíveis apenas apertando um botão. As crianças já
não desenvolvem como antes a criatividade construindo seus brinquedos, apesar
de a indústria, aliada a orientação de educadores produzir brinquedos que
tenham essa função. Mas as facilidades, aliadas à correria da vida moderna quando
não se tem tempo para coisas simples e manter vivo na memória as obrigações
corriqueiras, o mercado tecnológico cria mecanismos para dar uma “mãozinha”
àqueles que não querem “perder” tempo
pensando o que vai fazer hoje, que compromisso assumir, mesmo dentro de sua
esfera de atuação. Hoje, ao invés de o homem controlar a “máquina”, a máquina o controla.
Até a apreensão de informação tornou-se difícil pela velocidade com que passa |
Já houve no passado quem dissesse
isso. Nos permitimos ser “robotizados”,
programando tudo o que devemos fazer dentro de um sistema eletrônico que nos dá
o sinal que queremos receber. Os idosos mais sensíveis e perceptivos com os
passos que o mundo dava, podiam sentir que futuramente, os homens seriam
escravos de objetos que pudessem dar a eles o conforto, ou tirá-los as
preocupações quanto à sua rotina. Há os que comparam determinados profissionais
da época em que o sistema era manual em relação aos que se utilizam de meios que exijam menos
esforço. Para muitos, a capacidade de raciocínio e percepção eram bem maiores
naquela época. O poder de fixação de informações e conteúdo era maior, pois o domínio era de quem controlava a máquina. Atualmente somos reféns das novas tecnologias.
A necessidade gera criatividade e exercício do cérebro |
Hoje não precisa mais o esforço de exercitar a memória, pois tudo está previamente programado para determinada função e, isso, a longo prazo, pode causar danos a parte do cérebro
como consequência de uma mente sem exercício e disciplina sistemática. Mas essa dependência foi criada com o avanço,
certamente para a sustentação dessa estrutura que hoje tornou-se necessária de maneira impositiva. Usamos 'cobaias' dos experimentos de grandes indústrias da tecnologia e somos sugestionados a consumir novos produtos em lançamento.
Nos Estados Unidos, cerca
de 87% dos norte-americanos fazem resoluções de Ano Novo para 2013 e uma série
de aplicativos foram criados para ajudar a cumprir as promessas. Dieta, finanças e
exercícios físicos são tema de aplicativos. Esses aplicativos, inclusive
orientam sobre programas de ginástica, sugere que é melhor
ir se adaptando às mudanças lentamente e focar em criar hábitos sustentáveis. O
aplicativo para iPhone ajuda sedentários a correr uma distância de até 5
quilômetros em oito semanas.
Novidades tornam-se obsoletas
da noite pro dia
|
Na área das finanças um aplicativo disponível apresenta as arrecadações e gastos do usuário. O aplicativo está disponível para iOS, Android e pela internet.
O homem foi criado como uma das mais
complexas máquinas existentes. Seu cérebro com filamentos finíssimos, capilares
e neurônios que transmitem circuitos elétricos responsáveis pela memória, pelos
movimentos, sem que o indivíduo necessite fazer nada. É uma “máquina”, que
apesar de trabalhar de maneira sequenciada para que tudo funcione dentro dos
padrões determinados, seu Criador é quem a sustenta. Até hoje a ciência não
conseguiu descobrir certos mistérios que ocorrem na mente humana.
Sem exagero. Não estou levando o assunto para
o campo religioso, mas é a constatação diante de uma observação. O que dá para
perceber é que, aos poucos, vamos perdendo a nossa identidade ao usar um HD
externo ao invés de exercitar o nosso. E, aos poucos, tornamo-nos fechados e
extremamente dependentes desses mecanismos, mesmo dentro deste universo tão
amplo que o Criador nos deu. Chegará um tempo, em que a “simbiose” entre homem
e máquina se tornará tão efetiva, que poderá até dizer futuramente que não
precisa de ninguém. Nem de Deus, nem de pessoas. De Deus, por deixar de
entregar-se à Ele, revelá-lo seus anseios, suas necessidades e buscar nEle, o
Criador, a solução. Até para o exercício da fé que alguns preferiam fazê-lo
pessoalmente, agora o devoto de um santo não precisa mais acender vela no local
adequado que as Igrejas possuem. Agora
pode-se acender a “vela virtual”,
bastando clicar uma tecla do computador. A máquina fria, tem tornado seres
humanos frios.
O mercado consumidor é aquecido com novidades para todos os segmentos |
A busca por novas tendências tecnológicas esvaziou até as igrejas e encheu os
shoppings, onde as casas especializadas em eletrônicos vivem lotadas. As transmissões de reuniões e cultos pela internet trouxe consigo o comodismo de membros que optam muitas vezes em acompanhar os cultos de onde estão. Congressos e eventos evangelísticos via satélite, arrefecem o desejo de igrejas locais trabalharem dentro de suas realidades e aproximação com sua comunidade. A tecnologia tem sido usada como substituto do que é essencial para a prática do desenvolvimento e crescimento individual por meio de suas próprias experiências. Passamos a ser consumidores passivos de experiências alheias, aleatórias e distantes. Ser um evangelista e pregador da palavra tornou-se privilégio de poucos escolhidos para aparecerem diante das câmeras de televisão e microfones de rádio. O uso exagerado da tecnologia como ferramenta para evangelizar, também tirou das pessoas o anseio pela leitura. A
televisão traz programas de pastores e daqueles que se fazem necessários para
responder dúvidas dos telespectadores. A conversão de pessoas para o evangelho não é atribuído mais ao poder do Espírito Santo, mas aos programas que assistem, colocando-os em muitos casos como mais importante do que as igrejas. Outros, utilizando-se de mecanismos
tecnológicos estão dizendo: “nós fazemos por você. Não se preocupe em fazer;
vamos resolver o seu problema”. “Para quê você vai estudar a Bíblia? Eu sou um pesquisador. Tenho
a Bíblia na cabeça. Por que você vai procurar outro?” Por outro lado, a facilidade tecnológica roubou a oportunidade de as
pessoas manusearem a Bíblia. É só digitar a palavra chave de um versículo, que
se abre tudo o que precisa. A tendência é de ler apenas o que quer e o
conhecimento da palavra de Deus torna-se algo remoto. Vivemos quase que hipnotizados atendendo ao
comando de máquinas, quanto de pessoas que continuam pensando e desenvolvendo
maneiras de como escravizar os que estão sedentos de algo que satisfaça suas
“necessidades” muitas delas imaginárias.
Assim vivemos sob a escravidão de mecanismos
criados por uma outra mente, que quer
roubar a nossa mente, a nossa capacidade de reflexão, de senso crítico. ALERTA.Por tudo isso podemos considerar que estamos andando pra frente, andando pra trás. O que evoluiu foram os recursos tecnológicos, onde o homem tornou-se um 'robô' programado para atender a comandos dos quais ele não teve a oportunidade de participar. Por outro lado, tornou-se um consumidor passivo.