Prosperidade é resultado de propósito de vida |
O pai estava estacionando o carro próximo ao parquímetro
quando apalpou o bolso e percebeu que não havia nenhuma moeda. Pediu
então ao filho, que estava no banco de trás, algumas moedas que o havia dado
algum tempo antes ainda na viagem. O filho, relutante, disse: “Essas
moedas é para o meu cofrinho né? vai ficar faltando.” O pai, olhando
para trás, disse ao menino: “O mesmo pai que lhe deu essas moedas não
poderá lhe dar outras?” A partir desse argumento o filho devolveu as
moedas ao pai. Não foi por uma ação imediata ao pedido do pai. O menino
precisou compreender que as moedas que ele tinha foi o pai que deu, e o mesmo
pai poderia dá-lo novamente.
Talvez a imaturidade do menino por sua falta de percepção,
exigiu a sabedoria do pai para conseguir suas moedas. O pai respeitou o filho,
pois, poderia sentir-se no direito de
tomar das mãos do menino as moedas, sem ao menos dar a explicação aquele que
não agiu de modo imediato e espontâneo.
Se observarmos que Deus, o Criador do Universo é o dono de
tudo, como a Bíblia diz: “O dono do ouro
e da prata” – por outro lado poderíamos questionar que se tudo é dEle, para
quê teríamos que devolvê-lo algo?
É nesse ponto que observamos tipos de comportamento
diferentes em relação a esse tema que aguça incessantes discussões. Alguns se
comportam como aquele menino, que talvez não tivesse entendido antes, de que o
dinheiro que recebeu era do pai, e o mesmo pai poderia dá-lo outra vez. Por um
lado, esse menino poderia ter dado as moedinhas ao pai, só por causa do
argumento de que o pai o daria novamente.
O argumento usado pelas igrejas de um modo geral - algumas de maneira mais intimista, outras de
maneira mais inteligente e produzida, contudo mantendo o mesmo propósito – é o
que o diabo usou na tentação de Jesus: “Tudo
isso te darei, se prostrado me adorares.” Hoje, faz-se uma mistura de
adoração, ao avaliar que doar dízimos e ofertas é uma maneira de “Adorar a Deus”, e que se assim o
fizermos, teremos tudo de suas mãos. Esse argumento tem formado cristãos mais
desejosos dos poderes da terra, da prosperidade terrena e do sucesso
financeiro, que os tornam mais presos as coisas do mundo.
Na tentação, o diabo "ofereceu" poderes em troca de adoração. |
Não é raro dentro de muitas agremiações religiosas o
tratamento diferente dado aos que são mais abastados, daqueles que tem poucos
recursos financeiros.
Muitos tornam-se dizimistas decadentes. Decadentes pelo fato
de não reconhecerem ou entenderem que tudo a Deus pertence e que devolver a Ele
é uma mostra desse entendimento sem a necessidade de discursos apelativos e por
vezes errôneos em relação ao que ocorre a quem devolve a parte que a Bíblia
orienta pertencer a Deus. Deus não é dono de parte. É dono de tudo. A parte que
damos a Ele, vem de suas mãos. Por desconhecermos a Deus é que pedimos a Ele a
herança para ganharmos a vida; por desconhecermos a Ele é que agimos como o
filho da casa, que reclamou não ter nenhum cabrito de presente para festejar
com seus amigos na parábola do filho pródigo: “Filho, tudo o que é meu é seu” – e certamente esse filho
desconhecia o amor e a bondade do pai.
O diabo insinuou que Jó era fiel a Deus porque Deus dera tudo
a ele. Uma coisa é doarmos algo sob a crença de que receberemos em dobro
depois. Outra coisa é devolver o dízimo sob o argumento de que assim fazendo,
teremos crédito com Deus. Esse é o tipo de oferta egoísta. Como o menino que
deu as moedinhas para o pai, sabendo que o pai poderia devolvê-las novamente.
O ato de dizimar não significa imunidade contra o mal do mundo. |
Certa vez ouvi de um irmão: “Esses argumentos sobre o dízimo
não me entram na cabeça.”
Ele fazia referência a divulgação no rádio e na televisão de gente que contava testemunho de como era sua vida antes e depois de serem dizimistas. “Eu sempre devolvi o dízimo, e nunca me ocorreu nada disso que dizem por aí. Eu sou pobre financeiramente, nunca fiquei rico ou prosperei por causa do dízimo – avaliou."Ou Deus é mais Deus para eles do que para mim, fazendo acepção de pessoas, ou esse ensinamento está errado."
Ele fazia referência a divulgação no rádio e na televisão de gente que contava testemunho de como era sua vida antes e depois de serem dizimistas. “Eu sempre devolvi o dízimo, e nunca me ocorreu nada disso que dizem por aí. Eu sou pobre financeiramente, nunca fiquei rico ou prosperei por causa do dízimo – avaliou."Ou Deus é mais Deus para eles do que para mim, fazendo acepção de pessoas, ou esse ensinamento está errado."
Certamente, as
pessoas tem sonhos e projetos de
vida e há muitos que prosperam financeiramente até mesmo sem serem dizimistas ou ofertantes em alguma igreja; por outro
lado, há dizimistas que antes eram prósperos empresários que ajudavam as
igrejas, construindo templos, que após golpe financeiro perderam tudo. Conheci
um caso assim, e há muitos outros. Ou seja: “O gafanhoto comeu sua plantação”
– mesmo sendo fiel dizimista.
Não precisa ir muito longe. Há livros de autoajuda e até palestrantes que ensinam como uma pessoa deve fazer para prosperar, revelando o segredo da lei do retorno. Em primeiro lugar está o estabelecimento de prioridades e uso dos meios corretos para chegar ao objetivo. Se você prestar atenção, é o mesmo princípio adotado por igrejas, ensinando como as pessoas devem fazer para prosperar. Nesse caso é preciso que estejam dispostas a pagar o preço, dar o passo da fé, que está sempre ligado a alguma oferta ou doação em dinheiro para Deus. Esse seria o segredo para Deus "abrir as portas para o sucesso financeiro."
Não precisa ir muito longe. Há livros de autoajuda e até palestrantes que ensinam como uma pessoa deve fazer para prosperar, revelando o segredo da lei do retorno. Em primeiro lugar está o estabelecimento de prioridades e uso dos meios corretos para chegar ao objetivo. Se você prestar atenção, é o mesmo princípio adotado por igrejas, ensinando como as pessoas devem fazer para prosperar. Nesse caso é preciso que estejam dispostas a pagar o preço, dar o passo da fé, que está sempre ligado a alguma oferta ou doação em dinheiro para Deus. Esse seria o segredo para Deus "abrir as portas para o sucesso financeiro."
Onde está o erro? O erro está no entendimento; o erro está no
ensinamento. Deus não move seus braços a favor de uns e a outros contra, movido pelos recursos em
dinheiro que alguns são capazes de ofertar a Ele, porque a justiça e a bondade
de Deus se manifesta a todos. “Ele faz
cair a chuva sobre os bons e sobre os maus” – A diferença é que os bons
reconhecem que tudo vem de Deus, e oferecer à sua obra nossa ínfima oferta é
uma demonstração de que o reconhecemos como o Senhor de nossa vida. E isso não
nos torna imunizados das pragas; nem das doenças; nem da falência financeira.
Se o fizermos com esse propósito, nossa oferta é vã, pois as bênçãos de Deus
não são uma troca. É uma dádiva. Mas os planos de Deus ninguém é capaz de
entender. O que importa é sermos servos obedientes aos seus ensinos. Devolver
os dízimos à igreja é um reconhecimento de que a instituição que Deus deixou na
terra precisa cumprir sua missão e muitos recursos são empregados para esse
fim. Se assim entendermos, esse assunto deixa de ser uma discussão polêmica e
controversa. O dizimista decadente é aquele que compara sua vida com a vida do outro, e orgulha-se por sua prosperidade em detrimento do empobrecimento do outro, como se fosse uma "vingança" de Deus contra seus ladrões.
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