É coisa que a
gente está acostumado a ver e até mesmo vivenciar, na
prática. A falta do “trato sincero” é
um dos sinais da sociedade bem descrito no livro de Timóteo. É bem verdade que o respeito às pessoas é o que todos nós devemos, e isso nos ensina
que não devemos sair dizendo tudo o que a gente pensa a respeito de alguém. E
não quer dizer também, que devemos tratá-la de maneira falsa. Há verdades que
não precisam ser ditas, pois ela não acrescenta em nada para a “ libertação”, para o esclarecimento
construtivo. A função da verdade é
“libertar”.
Bajulação demonstra interesses egoístas |
Há também,
aqueles que parecem experts no trato com as pessoas, tentando agir de maneira
dissimulada para conseguirem exatamente o
que querem. E conseguem. Jogam aqui, usam palavras dúbias alí, dão um
jeitinho acolá... não dizem tudo o que pretendem e, por fim, acabam
escravizando o outro de maneira amistosa. Agem com malícia e praticam a
maldade, sem serem notados. Há os que
detém maior poder e, manipulam pessoas como aquelas peças da mesa do jogo de
xadrez, até darem o xeque mate. Oh Yeah!!! - comemoram.
Há os que parecem brincar de deus. Com a “política da boa vizinhança” acabam conseguindo exatamente aquilo
que desejam, num verdadeiro jogo planejado.
Há os que tem talento para isso e, o pior é quando
descobrem que essa fórmula funciona. E é assim que permanecem, fazendo a mesma
coisa por muito tempo, sem que se descubra que tudo o que faz, é parte de um
jogo bem tramado. Teoria da conspiração? Não. É só observar um pouco com
sensibilidade.
Esses dias, um
cantor e velho conhecido meu desabafou: “A
coisa pior que existe é descobrir que alguém que diz ser seu amigo, que elogia
além da conta, começa a dizer tudo ao contrário quando você não corresponde ao
que ele quer”.
As amizades
interesseiras sempre existiram. E isso é algo que parece ter se tornado
natural. Lembro-me da época de escola, de um colega que fazia muito sucesso com
as garotas e dele se aproximavam outros colegas, simplesmente para “ganhar”
prestígio.
praticar isso, e
vivo precisando de ajuda. Tive
convivência com pessoas importantes, nesses meus 24 anos de profissão como
radialista, mas foram relações respeitosas e sem pretensões.
Eu sempre
tive desconfiança de quem costuma dizer:
“sou teu amigo; olha, todo mundo aqui gosta de você; eu te defendo”, etc.
Isso é coisa que
não é necessário ficar declarando. Se alguém é amigo, a gente percebe com o
olho no olho, no dia a dia, com as atitudes.
No livro de
Judas, ele traz um perfil desses, os quais
considera ímpios, a respeito dos quais diz: “Esses dizem coisas arrogantes,
andando segundo suas cobiças; adulando (admirando) os outros por motivos
interesseiros”. (V16)
É preciso diferenciar ato de amizade, de bajulação |
O Apóstolo Paulo
já havia exortado a igreja sobre o cuidado que devia ter, de não fazer acepção
de pessoas. E exemplificou, por exemplo,
se chamassem alguém para um lugar especial, com boas roupas, bem vestido e com
anel de ouro, e deixasse o outro pobre, mal vestido em lugar inapropriado,
assim ocorreria a distinção, a acepção, a discriminação (Tiago 2:2)
Mas não é isso
que naturalmente vemos em nossos dias? Numa mesma comunidade, há tratamentos distintos,
mesmo no âmbito religioso. Há até os que exigem ser tratados com distinção. Não
comem da mesma comida, não se assentam na mesma mesa; discriminam raça e
condição social. São capazes de pisar
nos mais pobres, para não interferirem em seus negócios, enquanto que ao rico,
promove festas, honras e ovações.
Essa é a nossa
natureza pecaminosa, interesseira, discriminatória. Mas a orientação bíblica
para os que se entregaram a Jesus, é não praticar a impiedade, mas que sejamos
piedosos uns com os outros na unidade da fé.
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