segunda-feira, 19 de novembro de 2012

CUIDADO COM BAJULAÇÕES



É coisa que a gente  está  acostumado a ver e até mesmo vivenciar, na prática.  A falta do “trato sincero” é um dos sinais da sociedade bem descrito no livro de Timóteo. É  bem verdade que o respeito às pessoas  é o que todos nós devemos, e isso nos ensina que não devemos sair dizendo tudo o que a gente pensa a respeito de alguém. E não quer dizer também, que devemos tratá-la de maneira falsa. Há verdades que não precisam ser ditas, pois ela não acrescenta em nada para a  “ libertação”, para o esclarecimento construtivo.  A função da verdade é “libertar”.

Bajulação demonstra interesses egoístas
Há também, aqueles que parecem experts no trato com as pessoas, tentando agir de maneira dissimulada para conseguirem exatamente o  que querem. E conseguem. Jogam aqui, usam palavras dúbias alí, dão um jeitinho acolá... não dizem tudo o que pretendem e, por fim, acabam escravizando o outro de maneira amistosa. Agem com malícia e praticam a maldade, sem serem notados. Há os  que detém maior poder e, manipulam pessoas como aquelas peças da mesa do jogo de xadrez, até darem o xeque mate. Oh Yeah!!! -  comemoram.  Há os que parecem brincar de deus. Com a “política da boa vizinhança” acabam conseguindo exatamente aquilo que desejam, num verdadeiro jogo planejado.    os  que tem talento para isso e, o pior é quando descobrem que essa fórmula funciona. E é assim que permanecem, fazendo a mesma coisa por muito tempo, sem que se descubra que tudo o que faz, é parte de um jogo bem tramado. Teoria da conspiração? Não. É só observar um pouco com sensibilidade.  

Esses dias, um cantor e  velho conhecido meu desabafou: “A coisa pior que existe é descobrir que alguém que diz ser seu amigo, que elogia além da conta, começa a dizer tudo ao contrário quando você não corresponde ao que ele quer”.

As amizades interesseiras sempre existiram. E isso é algo que parece ter se tornado natural. Lembro-me da época de escola, de um colega que fazia muito sucesso com as garotas e dele se aproximavam outros colegas, simplesmente para “ganhar” prestígio.

A diretora comercial da rádio onde iniciei a carreira de radialista, me dizia: “cola com quem pode te ajudar”. Na verdade, nunca consegui

praticar isso, e vivo precisando de ajuda.   Tive convivência com pessoas importantes, nesses meus 24 anos de profissão como radialista, mas foram relações respeitosas e sem pretensões.

Eu sempre tive desconfiança de quem costuma dizer: “sou teu amigo; olha, todo mundo aqui gosta de você; eu te defendo”, etc.
Isso é coisa que não é necessário ficar declarando. Se alguém é amigo, a gente percebe com o olho no olho, no dia a dia, com as atitudes.  

No livro de Judas, ele traz um perfil desses, os  quais considera ímpios, a respeito dos quais diz: “Esses dizem coisas arrogantes, andando segundo suas cobiças; adulando (admirando) os outros por motivos interesseiros”. (V16)

É preciso diferenciar ato de amizade, de bajulação
O Apóstolo Paulo já havia exortado a igreja sobre o cuidado que devia ter, de não fazer acepção de pessoas.  E exemplificou, por exemplo, se chamassem alguém para um lugar especial, com boas roupas, bem vestido e com anel de ouro, e deixasse  o outro  pobre, mal vestido em lugar inapropriado, assim ocorreria a distinção, a acepção, a discriminação (Tiago 2:2)

Mas não é isso que naturalmente vemos em nossos dias? Numa mesma comunidade, há tratamentos distintos, mesmo no âmbito religioso. Há até os que exigem ser tratados com distinção. Não comem da mesma comida, não se assentam na mesma mesa; discriminam raça e condição social. São capazes  de pisar nos mais pobres, para não interferirem em seus negócios, enquanto que ao rico, promove festas, honras e ovações.  

Essa é a nossa natureza pecaminosa, interesseira, discriminatória. Mas a orientação bíblica para os que se entregaram a Jesus, é não praticar a impiedade, mas que sejamos piedosos uns com os outros na unidade da fé.

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