Deus não precisa afundar os Titanics da nossa vida para mostrar que tem poder. Ele não precisa punir com morte a quem dá uma baforada de maconha em sua "homenagem" para reprovar essa ação e mostrar que o poder é dEle. Todas as ações humanas que tentam mostrar sua suficiência e segurança, com base em seus próprios esforços e condições, são insuficientes e inseguras. O que ocorre em função disso tem muito mais a ver com a consequência do orgulho e do sentimento de que é inatingível e protegido aos seus próprios olhos. Os atos de rebeldia e de desonra a Deus e ao próximo, na verdade revelam o caráter pervertido, que naturalmente leva o indivíduo à própria destruição. Mas há muitos que, equivocadamente, ainda atribuem à justiça (punição) de Deus contra quem o rejeita.
Ele era um comerciante e vivia às pressas. Para ele, tempo era dinheiro e constantemente estava correndo contra o relógio. Era ele quem corria atrás de mercadorias para abastecer seu quiosque; o movimento era grande e a reposição de seus produtos era algo constante porque não tinha como armazenar muita coisa no local onde estabeleceu seu comércio.
Ele era um comerciante e vivia às pressas. Para ele, tempo era dinheiro e constantemente estava correndo contra o relógio. Era ele quem corria atrás de mercadorias para abastecer seu quiosque; o movimento era grande e a reposição de seus produtos era algo constante porque não tinha como armazenar muita coisa no local onde estabeleceu seu comércio.
Foi numa dessas saídas às pressas que ele sofreu um grave acidente. Ficou à beira da morte na UTI de um hospital, após ter entrado na traseira de um caminhão quando pilotava sua moto. Os que viram o acidente não podiam imaginar que alguém poderia sair vivo daquele desastre.
Este homem algum tempo atrás foi um cristão. Por causa do trabalho e de suas necessidades materiais, não conseguindo conciliar suas atividades com a prática da fé, decidiu afastar-se da Igreja e da comunhão com Deus. Não orava, não estudava mais a Bíblia, distanciando-se cada vez mais. Ao recuperar-se, ele decidiu voltar para a igreja e, segundo o que afirmou, precisava consertar-se com Deus.
De longe, nas rodas de conversa muitos comentavam: "Ele não voltou por amor, voltou pela dor!"
Esta é uma frase que ouvimos costumeiramente e que muitos até consideram que Deus tem a maneira certa de agir na vida das pessoas. Mas até que ponto essas considerações revelam realmente o caráter de Deus?
A dor pode levar à reflexão |
Não seria prazeroso alguém seguir a Deus por medo, por receio de morrer, nem por ser a última alternativa quando não se tem mais para onde ir, pois seria uma decisão circunstancial que o momento impõe. Talvez, seguir a Deus por motivos passionais ou com outro sentimento que não o amor, pode não ser algo duradouro e perdurar apenas na fase de insegurança. Apegar-se à Deus nesse momento, poderia ser uma tentativa de proteger-se. Se a decisão não for por amor, quando a poeira do medo baixa, pode-se perceber que não houve de fato uma conversão racional.
A dor também ensina e pode levar-nos à reflexão sobre a nossa vida e maneira de viver. Uma doença sem sintomas nos furta o direito ao tratamento. Na vida, seja em que grau for, a dor é um sintoma. É preciso identificar que tipo de aviso essa dor quer nos trazer.
A dor que sofremos na vida, não pode ser vista como um alerta de Deus tentando nos convencer de que Ele nos ama e por causa disso nos permitiria o sofrimento para entender que precisamos dEle. Deus é o autor da vida, o nosso criador e a nossa relação com Ele baseia-se na liberdade. Toda consequência que podemos sofrer pelo afastamento de Deus, é como sintoma. Mas a dependência que temos dEle é algo tão natural quanto o próprio respirar, como o pulsar do nosso coração. Não temos o controle sobre a nossa vida pois ela está ligada ao Criador. Contudo, as decisões que tomamos na vida é que nos traz consequências, boas ou más.
Não importa o que você faça de sua vida com base em suas escolhas. Sejam quais forem, o resultado sempre será compatível com as ações que pratica. Não dá para termos certeza de sairmos bem no trânsito avançando o sinal vermelho. Pode ser que uma ou outra vez, o infrator saia ileso, mas a consequência natural da desobediência a essa regra é o acidente. No fundo, cada um de nós sabe sobre a vida que leva, sobre as decisões que toma e no tribunal da consciência cada um se encontra com o seu juiz.
A Ideia de que, "se alguém não for a Deus por amor, irá pela dor", não se encaixa nesse contexto, pois há sofrimento que tem a ver com nossas escolhas; e mesmo os que ocorrem motivados por ações de terceiros, o sofrimento faz parte do contexto circunstancial em que vivemos.
Deus está acima de tudo isso. Quando alguém decide seguir a Deus depois de um grave acidente sofrido, em que atribua isso a um milagre, tem mais a ver com o reconhecimento do indivíduo dessa necessidade de Deus em sua vida, do que uma ação ativa de Deus oportunamente para levar essa pessoa a aceitá-lo. Pois assim, Deus estaria interferindo na liberdade de alguém, criando situações para que essa pessoa se entregasse a Ele. O plano de Deus é bem maior. Se alguém decidiu seguí-lo após o livramento de uma tragédia, tem mais a ver com a consciência pessoal de reconhecer sua situação diante de Deus, e que precisa mudar de vida.
Os icebergs do mar desta vida estão sempre diante de nosso caminho. Há os que se sentem tão seguros e se distraem, a ponto de não perceberem a rota de colisão.
Neste pequeno artigo conto uma das maiores experiencias que tive com Deus e como ele me respondeu "orque permite o sofrimento" sem responder http://igrejaadventista.no.comunidades.net/index.php?pagina=1414167732
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