Com o passar do tempo é quase comum a perda de identidade e
de referência quando o princípio que estabeleceu determinada instituição é
trocado por conveniências momentâneas com o objetivo de firmar-se diante da
nova geração.
A crise se estabelece quando os discursos mudam, enquanto os
conservadores procuram, de algum modo, sobreviver à essa investida, mesmo com a
mesma proposta original. A crise aumenta, quando queremos manter o mesmo princípio mas relativizando-o ao coxear entre dois pensamentos com o objetivo de não perder espaço. A crise é maior ainda quando não somos alienados e fazemos algo diferente apenas para "dar o que se pede". Para muitos é assim que funciona. Isso rege até o mundo comercial e político: "dar o que o povo quer".
Sem identidade perdemos a referência |
A Igreja e sua liderança oficial tem mostrado sua preocupação
em relação ao secularismo e comportamentos diferentes de seus membros, dentro e
fora da igreja. A intenção de muitos de tornar a igreja mais popular, o que de
certo modo é aceitável, utilizando-se de seus meios de comunicação oficiais,
ligados diretamente à administração geral, adotando programação mais
aberta, inclusive na linguagem e proposta mais “secular” soa como um contraste ao que a organização orienta.Há uma nova geração ganhando espaço merecido, recebendo, inclusive, lugar de destaque ocupando cargos de liderança, mas sem o devido preparo para assumir o posto. Suas referências são secularizadas, desde o que se produz na televisão às vinhetas de rádio. Os programas que assistem, as músicas que ouvem, até mesmo os trejeitos de comunicadores servem como referência para estes, cuja proposta é estarem "antenados" com o que ocorre do lado de fora, sem uma reflexão criativa sobre a necessidade de realizar algo diferenciado, alternativo e de bom gosto.
Falta um padrão estabelecido ou uma diretriz a ser seguida nesse ponto específico, e há certa liberdade de cada ocupante desses cargos para fazer o que pensam ser melhor, de acordo com o que acham. Por outro lado, há uma liderança sem noção exata do conhecimento da responsabilidade que assume.
Os mais velhos, inclusive mais experientes nessas funções que poderiam ser aproveitados como conselheiros e orientadores desses jovens parecem ter se tornado "empecilho" para novos projetos. Outros morrem e o que precisa ser inculcado na mente dos jovens é sepultado pelo tempo.
Falta um padrão estabelecido ou uma diretriz a ser seguida nesse ponto específico, e há certa liberdade de cada ocupante desses cargos para fazer o que pensam ser melhor, de acordo com o que acham. Por outro lado, há uma liderança sem noção exata do conhecimento da responsabilidade que assume.
Os mais velhos, inclusive mais experientes nessas funções que poderiam ser aproveitados como conselheiros e orientadores desses jovens parecem ter se tornado "empecilho" para novos projetos. Outros morrem e o que precisa ser inculcado na mente dos jovens é sepultado pelo tempo.
Na verdade, um meio de comunicação ligado diretamente a uma
instituição religiosa, passa a ser vista como referência dessa organização. É a
cara da igreja diante do público. Há, por exemplo, uma geração dentro da igreja acostumada
com músicas congregacionais, menos ritmada e hinos clássicos, e uma outra
geração que não teve essa referência musical, o que coloca em rota de colisão
esses interesses. Por outro lado, o rádio que é o meio de comunicação de massa da igreja
e, com o argumento de alcançar outros públicos, adota em sua programação uma
variedade de ritmos que chocam os mais tradicionais.
No passado, a pregação era divulgada em meios seculares, ou seja, a igreja apresentava programas em emissoras de rádio em que a população em geral ouvia. Esse era um aspecto positivo para alcançar públicos de fora, sem usar artifícios para alcançá-los. O público ouvia determinada emissora que em determinado horário veiculava o programa. Era diferente do que se pratica hoje num meio próprio e para alcançar os de fora se faz necessário adotar padrões secularizados. Isso acaba comprometendo como um todo a proposta da organização, que por um objetivo específico, acaba generalizando as ações, assumindo a responsabilidade institucional. Em determinado ponto é difícil manter um só discurso, sem apresentar suas razões nem sempre aceitas como um método coerente. O mesmo ocorreu com a televisão. É comum assistirmos líderes religiosos investirem em programas de TV popular em canal aberto para alcançar outros públicos, não apenas o público de sua igreja. O resultado tem sido positivo, mais do que se tivessem uma televisão própria e fazer o público procurá-los para assistir a seus programas. Aliás, esse formato não deu certo com a Rede Record da Igreja Universal do Reino de Deus, que precisou "secularizar" sua programação para ter audiência.
Mas há outras igrejas que fazem altos investimentos para servir apenas aos de "casa", numa espécie de programa em "circuito fechado". O resultado disso para evangelizar os descrentes é bem pequeno. Acabam criando um "clube" de associados, ausente e distante daqueles que precisam ouvir a mensagem do evangelho. Compartilham sua mensagem entre si, sem confrontos, na zona de conforto entre "quatro paredes".
No passado, a pregação era divulgada em meios seculares, ou seja, a igreja apresentava programas em emissoras de rádio em que a população em geral ouvia. Esse era um aspecto positivo para alcançar públicos de fora, sem usar artifícios para alcançá-los. O público ouvia determinada emissora que em determinado horário veiculava o programa. Era diferente do que se pratica hoje num meio próprio e para alcançar os de fora se faz necessário adotar padrões secularizados. Isso acaba comprometendo como um todo a proposta da organização, que por um objetivo específico, acaba generalizando as ações, assumindo a responsabilidade institucional. Em determinado ponto é difícil manter um só discurso, sem apresentar suas razões nem sempre aceitas como um método coerente. O mesmo ocorreu com a televisão. É comum assistirmos líderes religiosos investirem em programas de TV popular em canal aberto para alcançar outros públicos, não apenas o público de sua igreja. O resultado tem sido positivo, mais do que se tivessem uma televisão própria e fazer o público procurá-los para assistir a seus programas. Aliás, esse formato não deu certo com a Rede Record da Igreja Universal do Reino de Deus, que precisou "secularizar" sua programação para ter audiência.
Mas há outras igrejas que fazem altos investimentos para servir apenas aos de "casa", numa espécie de programa em "circuito fechado". O resultado disso para evangelizar os descrentes é bem pequeno. Acabam criando um "clube" de associados, ausente e distante daqueles que precisam ouvir a mensagem do evangelho. Compartilham sua mensagem entre si, sem confrontos, na zona de conforto entre "quatro paredes".
Que visão temos de nós mesmos? |
As orientações aos membros da igreja não são claras sobre
esse tema e isso é preocupante. Preocupante pois diferentemente de tempos passados, a abertura de informações e o desenvolvimento do pensamento analítico tem sido desenvolvido por muitos que com muita facilidade conseguem observar as contradições entre o discurso e a prática. Na verdade, os fiéis não tem o conhecimento de
como os meios de comunicação precisam ser utilizados como instrumento de
evangelização e como suporte para levar outras pessoas a conhecer a mensagem
que prega, mas sabe discernir com base na teoria aprendida. Por outro lado, as “estratégias“ precisam ser revistas.
Não é de se estranhar o que ocorre hoje. No passado também foi um desafio grande "guiar" um povo, assim como foi com Arão e Moisés. Ao subir no monte para receber as tábuas da lei de Deus, o povo pensou ter ficado sem o "líder", e pediu um outro deus. O povo exigia que Arão construisse um bezerro de ouro para atender aquela multidão. E mesmo tendo o conhecimento de Deus e experimentado todos os milagres e maravilhas que o Senhor operou, Arão construiu a imagem como o povo havia lhe pedido.
Não é de se estranhar o que ocorre hoje. No passado também foi um desafio grande "guiar" um povo, assim como foi com Arão e Moisés. Ao subir no monte para receber as tábuas da lei de Deus, o povo pensou ter ficado sem o "líder", e pediu um outro deus. O povo exigia que Arão construisse um bezerro de ouro para atender aquela multidão. E mesmo tendo o conhecimento de Deus e experimentado todos os milagres e maravilhas que o Senhor operou, Arão construiu a imagem como o povo havia lhe pedido.
Há um equívoco quando pensamos que
precisamos parecer ou fazer o que todos fazem ou querem que façamos para sermos
aceitos, porque isso não soa sincero. Quando há uma tentativa para isso,
realizamos de maneira “desengonçada”.
O brilho dos olhos não diz o mesmo. Queremos fazer de tudo e usar todos os
artifícios para conquistar pessoas, mas muitos que estão na liderança não
aprenderam a lidar com pessoas e com suas diferenças e, de certo modo, toda
comunidade parece ter aprendido assim. As vezes procuramos fugir de situações que consideramos "constrangedoras". Deixamos de nos aproximar daqueles que fogem aos "padrões" que estabelecemos como ideal. Aprendemos a ser elitistas e selecionar
nossos alvos. Mudar essa realidade é possível, mas é preciso ter paciência no enfrentamento
de crises internas.
Vivemos num mundo de diversidades. Ser diferente também tem seu lugar, não no sentido de discriminar os
outros ou tentar fazer-nos parecer
melhor que os demais, mas assumir de fato o que acreditamos seja por que meio
for sem reivindicarmos para nós o posto de "guardiães" da verdade. É com simplicidade nas ações. A pregação do evangelho não precisa de
sofisticação, pois, o evangelho é simples por natureza. O que existe é o
esfriamento da disposição de muitos em manter propostas que antes eram
defendidas. Até mesmo os grandes
pensadores e formadores de opinião não querem se indispor com a maioria, até
por uma questão óbvia de sobrevivência e aceitação, mas se esses adotassem
posições mais pontuais, poderiam fazer com que os outros entendam e respeitem
as diversidades.
O "Reavivamento e Reforma" precisa levar em conta essa questão,
pois pode não ocorrer da maneira como “desenhamos” e planejamos segundo o que
pensamos ser a melhor saída, com os nossos esforços pessoais, mas é preciso, sim, dar ouvidos à voz do Espírito
Santo para que nos guie. Enquanto buscarmos o controle de tudo em nossa vida, ou em nossa esfera
de atuação assumindo as atribuições de nosso cargo, estaremos agindo segundo interesses
fechados.
O derramamento do Espírito Santo certamente revigorará a muitos, o
que sob outros olhares poderá parecer algo “escandaloso”, porque aprendemos a
limitar o poder de Deus sobre nós, segundo os nossos conceitos sobre a verdade
que liberta.
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