Ele
procurou um especialista para descobrir o porquê de sua obesidade. Chegou aos
160 quilos, o que lhe causava grande sofrimento físico e emocional. O
especialista adiantou que, em muitos casos, a obesidade pode ser uma doença de
causa hereditária, passando de pai para filho. Explicou-lhe que se seu pai ou
sua mãe teve a doença, ele teria uma predisposição também à doença.
E afirmou:
as células de gordura se formam no 3º mês de gestação. A alimentação da
gestante nesse período de multiplicação das células pode determinar o problema
que pode durar por toda a vida.
Quem haverá de quebrá-la? |
E
era verdade. Sua família tinha um histórico de obesidade, até mesmo pelo estilo
de vida; o hábito alimentar, etc. O jovem cresceu nesse ambiente e, o hábito
alimentar da família parecia algo normal para ele.
Mas,
a partir do conselho médico, decidiu mudar o estilo de vida, os hábitos
alimentares, praticar atividade física. Isso ajudou em sua perda de peso. Mas
teria que se policiar para que a tendência que ele trazia naturalmente, não
interferisse em sua vontade de mudar.
A
questão de “maldição hereditária”
parece ser um “fantasma” que
assusta muita gente, e é um tema muito discutido no âmbito espiritual, como se
fosse algo demoníaco, diabólico.
É
possível que sob o ponto de vista prognóstico sobre a situação presente, alguém
tenha chance de acertar como pode ser o futuro de alguma outra pessoa, se continuar fazendo o que faz. É provável
que a declaração desastrosa ou negativa ou
a afirmação que se faz a respeito do
outro não seja o que se chama “rogar” praga, que não uma constatação óbvia
do que se percebe no presente, caso o indivíduo não mude de atitude. Por outro
lado, o mal desejo que alguém tenha do outro não se consolida, se
não por uma decisão ou escolha de quem é mal desejado. A “maldição” proferida por pai ou mãe,
ou de outrem contra alguém, talvez seja
mais por uma ação de revolta por um ato que os desagradou, do que por um “
praguejar” que se materializa na vida desse alguém. Todo o mal desejo leva em
consideração a situação presente da vida de uma pessoa, não a possibilidade que
ela possua de mudar de rumo. Mas há um outro lado a ser observado sobre este mesmo assunto. Há questões que podem ser mudadas a partir da mudança de hábito ou de comportamento, das decisões que tomamos. Mas sobre questões de "deformidades" ou algo estrutural que não tem a ver com nossas escolhas, não temos como mudar, a não ser criar mecanismos para a convivência com essas questões.
"Pode o Etíope mudar a cor da sua pele ou o leopardo suas manchas? Assim, mesmo tendo a tendência ou vontade de fazer o mal, você pode fazer o bem". (Jeremias. 13:23). Isso é uma questão de escolha individual, que não tem o poder de mudar sua "estrutura". mas definir o alvo de sua vontade.
"Pode o Etíope mudar a cor da sua pele ou o leopardo suas manchas? Assim, mesmo tendo a tendência ou vontade de fazer o mal, você pode fazer o bem". (Jeremias. 13:23). Isso é uma questão de escolha individual, que não tem o poder de mudar sua "estrutura". mas definir o alvo de sua vontade.
Há coisas na vida que não temos o poder de decidir até que não tenhamos consciência do que queremos. |
Já
nos acostumamos com a idéia religiosa de que, se alguém passa por maus momentos
na vida, talvez tenha comedido grave pecado. Não podemos levar em conta essa
declaração como uma fórmula exata. É bem verdade que todo o erro que se comete,
traz suas consequências – e pecar é errar o alvo – na essência da palavra. É
nesse caso que se respalda o argumento de que determinado sofrimento de alguém
tenha essa causa definida.
Por
outro lado, o que dizer do sofrimento do jovem que sofria de obesidade por
um mal que herdou dos pais? Ou daquele homem ainda na flor da idade que
descobriu um câncer e, soube depois, que seu avô havia morrido com a mesma
doença?
Quase tudo que sofremos tem a ver com o ambiente em que habitamos; o meio em que
vivemos; os fatores genéticos; até mesmo as interferências culturais em nossas escolhas. É possível entender que no passado houve um
fator determinante para o “disparo” desse gatilho que atingiu todo o planeta com suas deformidades. É um caso irreversível.
Houve um desencadear de elementos que contribuíram para o desenvolvimento do
mal que sofremos, sobre o qual perdemos o controle. Gênesis 3:17: "...maldita é a terra por causa de ti; com dor comerás dela todos os dias de tua vida. Espinhos, e cardos também, te produzirá, e comerás a erva do campo. No suor do teu rosto comerás o teu pão, até que te tornes à terra; porque dela foste formado; porquanto és pó, e em pó te tornarás.
Deus
tem o controle sobre a vida, não responsabilidade sobre suas deformações oriundas das decisões humanas; Ele sugeriu um destino
para todos, porém não interfere nas escolhas individuais. A quebra da estrutura perfeita com a qual o planeta e o homem foi criado poderá ser restaurada pela decisão individual, assim como foi por uma escolha que a degeneração começou a operar, mas as marcas ficarão. O arrependimento e nossas boas escolhas não apagam as consequências e as marcas que provocamos ou que foram provocadas em nós. Com elas, poderemos conviver durante toda a vida, até que tudo passe - o mundo e as coisas que no mundo há. Haverá uma transformação e retorno às origens com a intervenção do reino de Deus. ( I Cor. 15:53-55 ) - "Porque convém que isto que é corruptível se revista da incorruptibilidade, e que isto que é mortal se revista da imortalidade. E, quando isto que é corruptível se revestir da incorruptibilidade, e isto que é mortal se revestir da imortalidade, cumprir-se-á a palavra que está escrita: Tragada foi a morte na vitória. Onde está ó morte, o teu aguilhão? Onde está ó inferno, a tua vitória?
Certa
vez um menino perguntou ao pai: - Que culpa eu tenho do pecado de Adão e Eva? Por quê
eu tenho que pagar por um erro que eu não cometi?
A
análise do menino é correta, porém, se se encerrasse neste ponto, estaríamos
todos perdidos definitivamente. De fato, não podemos cruzar os braços,
esperando que o mal do qual podemos fugir recaia sobre nós, sem que tomemos a decisão para que a
maldição não seja multiplicada por nosso intermédio. É possível que entendamos
que se, fomos criados para sofrer, e sofremos, nada então poderíamos fazer, pois
estaria tudo ocorrendo dentro do previsto. Se nascemos para praticar o mal e o
praticamos, estaríamos cumprindo o nosso papel. Sendo assim, por quê então teríamos que pagar a pena em vez de
receber um prêmio?
Não podemos interferir em nosso DNA. Mas a nós cabe buscar o caminho da cura. |
É
neste ponto que se opera o poder de decisão, de escolha – de não sermos
multiplicadores da maldição, que não podemos mudar em sua “estrutura”, mas
podemos fazer com que essa “maldição” se quebre ao confrontar-se com a nossa
vontade de mudar, ainda que sua “semente” fique
adormecida dentro de nós.
O benefício da Graça de Cristo só poderá ser usufruído pela nossa disposição em aceitá-la, pois essa oferta está diante de nós em todo momento. Poderemos viver entre os espinhos, os cardos e o sofrimento neste mundo, se aceitarmos que a Graça de Cristo nos basta, para que tenhamos o fortalecimento espiritual diante das tribulações e incertezas da vida temporal.
O benefício da Graça de Cristo só poderá ser usufruído pela nossa disposição em aceitá-la, pois essa oferta está diante de nós em todo momento. Poderemos viver entre os espinhos, os cardos e o sofrimento neste mundo, se aceitarmos que a Graça de Cristo nos basta, para que tenhamos o fortalecimento espiritual diante das tribulações e incertezas da vida temporal.
Cabe
aqui a passagem Bíblica de Ezequiel 18: 1- 4:
E veio a mim a palavra do Senhor, dizendo:
Que tendes vós, vós que dizeis esta parábola acerca de Israel, dizendo: Os pais comeram uvas verdes, e os dentes dos filhos se embotaram?
Vivo
eu, diz o Senhor Jeová, que nunca mais direis este provérbio em Israel.
Eis
que todas as almas são minhas; como a alma do pai, a alma do filho é minha: a
alma que pecar, essa morrerá.
Essa
passagem mostra-nos a responsabilidade individual de cada um. Aquele que pecar,
morrerá. Neste caso, não mais os filhos pelos pais, os pais pelos filhos,
apesar de em questões físicas e genéticas haver ligação quanto aos aspectos físicos,
ambientais e até emocionais, dos quais poderá não livrar-se – porém, a decisão
de mudar o futuro cabe a cada um, diante de suas percepções a respeito de sua
vida no presente. Temos diante de nós, dois caminhos. A orientação é que escolhamos o caminho da vida para que vivamos.
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