segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

PASTOR CRIA "DOUTRINA DO CHAPÉU" PARA SALVAR FÁBRICA

Essa história eu ouvia dos irmãos da igreja quando eu era criança. 

- Precisamos fazer algo para salvar a fábrica de chapéus - teria dito um certo pastor a seus liderados. Assim deliberaram que a partir daquele dia a igreja adotaria uma nova doutrina, em que todos os membros do sexo masculino que pertencesse àquela denominação e estivesse sob a liderança do pastor empresário, usasse chapéu. Assim ele salvou a fábrica da falência. 

Se é verdade, eu não sei, porém, não é muito diferente do que acontece hoje em dia, com uma roupagem moderna e sutil em que muitas denominações religiosas trabalham como verdadeiras empresas, criando produtos, vendendo materiais para um público personalizado. 

Levando em consideração  o cadastro de membros, ali existem consumidores em potencial dos produtos que as organizações oferecem com argumentos razoáveis que são apresentados em seus púlpitos, ou em programas de rádio e televisão incentivando as pessoas a fazerem uso do que eles apresentam como uma solução, uma alternativa às coisas do mundo. 

"Orar pedindo a iluminação do Espírito Santo" no momento da leitura da Bíblia parece não ser tão necessário assim, pois há homens que se dizem iluminados pela revelação divina em seu lugar, que passam dia e noite em contato com Deus para trazer a mensagem para você contida nos livros que apresentam.  

Obreiros remunerados trabalham arduamente para criar todo o cenário de conforto em seus templos e, os membros não precisam se preocupar em fazer outra coisa a não ser tornar-se um espectador "pagante" de reuniões espetaculares. "Nós buscamos a Deus por você. Aqui você o encontrará. Ele não está em outro lugar" - dizem os mais ousados. 

Mas onde está Deus nessa história? Em que esses produtos e serviços ajudam as pessoas no exercício individual da comunhão com Deus?
Ler a Bíblia já não
é suficiente 
para as empresas religiosas.


É certo que não há uma resposta definida para isso pois, Deus pode atuar na vida das pessoas de diversas maneiras. O peso maior não recai sobre os "consumidores" desses produtos, mas sobre aqueles que com intenção mercantilista exploram esse nicho de mercado, fazendo disso um negócio lucrativo, pois detém o "controle" de seus membros, o poder midiático e da persuasão carismática. 
Grandes oradores se tornam garoto propaganda
de Bíblias exclusivas

A Igreja que representa Deus na terra adotaria caráter empresarial? Mas isso é o que temos visto em escala crescente ultimamente: assinaturas de tv, vendas de livros, assinaturas de revistas, cujo objetivo é guarnecer seus membros de conteúdo considerado próprio para o fortalecimento espiritual; realização de caravanas e grandes congressos apresentando seus famosos oradores que arrastam multidões para suas reuniões.  Os "Dízimos" que são uma ordenança bíblica, já não são mais suficientes para manter a casa de Deus pelas necessidades que as igrejas criam e acabam justificando os meios paralelos para sua manutenção. 

Essa marcha precisa ser diminuída para dar lugar à reflexão que nos leve a perguntar: "Onde está Deus nesse negócio?"



MÃE DE ALUNO É AGREDIDA APÓS DAR BANANAS DE PRESENTE A PROFESSORA

A professora achou essa atitude uma ofensa e ato racista, e a mãe de aluno teve que se explicar à polícia, depois de ter sido ofendida e agredida verbalmente pela vítima. "Eu não entendi a reação da professora e o que se passava com ela naquele momento" - disse dona Isaura, a mãe do aluno. A mulher afirmou que sempre presenteou professoras de seu filho com frutas e flores, coisas que cultiva em seu pequeno sítio. 

A vítima disse que se sentiu discriminada porque banana para ela não é um presente, mas uma ofensa. "Essa senhora sabe que sou negra, e a sociedade liga essa fruta ao macaco, que é o estigma que o negro tem há séculos" - rebateu. 

As colegas de trabalho da professora também não entenderam a reação dela. "Parece que a ideia de preconceito e discriminação está fugindo à razão e nossa colega parece que está aceitando o discurso da vitimização dos negros, que vez por outra ganha espaço na mídia que só causa mais separação. Esses alardes vitimistas não contribuem para evoluirmos como seres humanos, mas nos regridem ao tratarmos desse assunto de maneira superficial e banal, dando atenção ao que menos interessa, à ponta do iceberg" - disse Adalgisa, professora de história. 

"Eu acho que estão criando uma bandeira que está beneficiando alguns grupos que falam em defender a causa dos negros, mas que causa? A causa do negro é a mesma causa de todo ser humano, que são oportunidades, respeito, dignidade"- salientou Joana Darc, professora de matemática. 

O psicanalista João Mascarenhas afirmou que as pessoas precisam estar bem consigo mesmas em sua autoestima. 

"Não se pode viver uma vida feliz olhando para trás, pelo que aconteceu com os ancestrais. O negro precisa reconhecer-se como indivíduo plenamente atuante na sociedade; é duro alimentar o pensamento de que todos os olhares são discriminatórios e que todas as atitudes das pessoas que não as agrada são racistas. A política racial tem promovido mais distúrbios do que solução para o preconceito, porque na verdade, o preconceito é problema do preconceituoso, não do preconceituado. Do jeito que tratam esse tema, acabam jogando lenha na fogueira, colocando pessoas contra outras. É preciso acabar com essa autopiedade e vitimização, e virar esse jogo." 

Essa notícia não está longe de ser verdadeira. 

SE PERVERSOS FAZEM AS LEIS, PERVERTIDAS SERÃO SUAS AÇÕES

A sociedade é regida por leis. Elas são criadas para garantir a ordem e fazer cumprir a justiça. Mas em que mãos está a decisão de fazer cumpri-las? Quem são os legisladores que criam as leis para que a sociedade cumpra? Quem são os formadores de opinião pública para imprimir no consciente coletivo a necessidade de alguma mudança?

É fato que as leis surgem de acordo com a necessidade do povo, mas por outro lado necessidades são criadas e apregoadas para que, manipulado, o povo exija o que aprenderam ser "seus direitos". Há um sistema que "educa" o povo para que ele passe a se adequar aos padrões que os que detém os três ramos: a política, jurídica e a ideológica, para legitimarem, em nome do povo, seus interesses classistas. 

É a ideologia que cria os demônios; a política articula ações para combatê-los; a jurídica instrumentaliza e dá respaldo legal à política para suas ações. 

Quando os controladores do sistema são perversos, pervertidas serão suas ações com ou sem a participação do povo que legitima suas funções representativas. 
Um sistema que se propõe a enfraquecer a religião, a família, a moral e os bons costumes, aos poucos, vai "trabalhando" o consciente coletivo, apontando, tendenciosamente, "quem são os perturbadores da ordem". Eles podem criar seus "diabos", para tornarem-se "deuses". 

Foi assim com o profeta Daniel, personagem da Bíblia que foi jogado na cova dos leões porque não aceitou adorar outro Deus que não fosse o seu Deus. Daniel era um homem justo e correto. O rei não encontrou nenhum ponto fraco ou algum motivo que o levasse à uma punição. Mas foi através de um decreto de lei, ordenando que todos se ajoelhassem diante da sua estátua. Daniel era fiel a seu Deus, e se negou a cumprir aquela lei, sendo jogado na cova dos leões para ser devorado. 

O Faraó culpava o povo de israel pelas pragas que foram derramadas sobre o Egito, ao invés de reconhecer sua intransigência diante do que Moisés o pedia em nome de Deus. 

Se os perversos fazem as leis, perversas serão suas ações.
O povo de Deus jamais poderá aceitar governos que trabalham sob suas próprias leis contrariando princípios divinos.
A lei dos homens é cega. É surda e muda. Ela não fará nada por você. Os homens enxergam a quem quer: a si mesmos.  




"SE IGREJA FECHAR NO PAÍS, MERGULHAREMOS NO CAOS SOCIAL"

           
Esses dias conversava com dois amigos, aliás, eu estava no estúdio de rádio visitando velho amigo Ferrari, quando chegou o professor de sociologia da UNIRP, Luciano Alvarenga, que era o convidado do programa. Comentávamos em off sobre o papel da Igreja na sociedade e a ação relevante que sempre teve ao longo da história para dar um norte ao ser humano.  

A partir desse comentário, Alvarenga considerou que as igrejas desenvolvem um trabalho local e passa a conviver com a realidade dos indivíduos, enquanto que no caso do governo, em suas ações sociais, ele não tem a possibilidade de dar esse acompanhamento de perto. "Mas o governo quer concorrer com as igrejas que sempre deram assistência às pessoas com alimentos, roupas e remédios, com a contrapartida de mudar a vida dessas pessoas na questão espiritual" - disse o professor que não pertence a nenhum grupo religioso. 
Ferrari em seu programa de rádio


"O governo dá um cartão para saque de benefício ao cidadão, mas não sabe o que se passa com ele." 

A nossa sociedade foi estabelecida com base em crenças religiosas, valores morais e familiares e respeito ao outro. 

"Enquanto o governo perde o controle sobre o tráfico de drogas, igrejas trabalham para recuperar dependentes". 

"Quando o governo esvazia as igrejas, pelo fato de levar pessoas a não dependerem mais desse tipo de ajuda dos grupos religiosos, por outro lado marginaliza a sociedade, pois a religião imprime valores aos indivíduos."
Professor Luciano Alvarenga


Luciano Alvarenga acredita que, "se as atividades religiosas forem cessadas no País durante um mês, por exemplo, o caos social se instalaria de maneira generalizada". 

quarta-feira, 18 de novembro de 2015

USO DO CALCÁRIO LÍQUIDO EXPLODE NO PAÍS

O motivo é a rápida incorporação no solo e correção da acidez com eficiência excepcional. Além disso o agricultor colabora para a diminuição do impacto ambiental, pois a extração do calcário é nocivo ao meio ambiente. O produto tem sido utilizado em grande escala por produtores rurais em várias regiões produtoras do Brasil. Agricultores que já fizeram o comparativo garantem que o resultado é excelente. O agricultor João Guerino que cultiva café, afirmou que seus custos diminuíram com o uso do calcário líquido. "Eu gastava muito com transporte de toneladas de calcário, armazenamento, máquinas e pessoal para espalhar o material na área a ser plantada, mas agora com a pulverização tratorizada eu cubro a área com mais rapidez e menos trabalho, e o resultado é excelente."
Agricultores que fazem o comparativo com o calcário líquido observam a diferença. 
O calcário é indispensável em qualquer plantio e nenhuma outra adubação corrige a acidez do solo. Só o calcário possui essa função. "O agricultor que economiza com a calagem do solo pode comprometer boas colheitas e ter prejuízo" - diz o agrônomo Edson Maciel. De acordo com ele, usar adubos sem o calcário é jogar dinheiro fora. "Nenhuma adubagem substitui o calcário porque só ele faz a correção do PH do solo. Sem o calcário, nenhum adubo se potencializa" - afirma. 

Aplicação com pulverizador tratorizado
em grandes áreas 
A vantagem do calcário líquido é a sua incorporação mais rápida no solo comparada ao calcário em pó, até pouco tempo o único produto utilizado para corrigir a acidez do solo. Além de corrigir a acidez, o calcário líquido também fornece cálcio e magnésio e neutraliza o efeito fititóxico do alumínio que prejudica a absorção dos nutrientes do solo pela planta. Outro grande benefício é a praticidade na aplicação do produto diluído na água e pulverizado na área a ser cultivada. Numa área em que se utilizaria 1 ton. do calcário em pó, pode-se substituir por 5 litros do produto. Com a utilização do calcário líquido, o agricultor ainda economiza espaço de armazenamento e custos operacionais para a aplicação do calcário em pó.
Aplicação com pulverizador costal
para pequenos plantios 


O produto está disponível em galões de 25 e 50 litros. A Globo Agrícola entrega o produto em todo o Brasil com frete grátis. 
Mais informações: 17-9 8154-5624.


MOSCA DO CHIFRE AUMENTA PREJUÍZO DE PECUARISTAS Produto revolucionário combate a praga antes de se reproduzir.

De acordo com a Embrapa, a mosca do chifre reduz em até 20% a produção de leite e em 15% o peso do animal. O motivo é que ao ser infestado pela praga, o gado é o hospedeiro das moscas que se alimentam do sangue, enfraquecendo o animal, além de torná-lo estressado e agitado. Segundo os técnicos essa situação prejudica os criadores que vivem da pecuária. Observações levaram à conclusão de que apenas uma mosca pode picar o mesmo animal 40 vezes por dia. 

SOLUÇÃO IMEDIATA 

O princípio ativo da torta a base de neem cai na corrente sanguínea do animal, tornando-se eficaz no combate a carrapatos, vermes e bernes. 

Tratamento é feito diretamente no cocho
misturado ao sal 
O produto natural, sem contra indicação, é misturado ao sal, e o tratamento não necessita de confinamento do gado. A Torta de Nim age de dentro para fora, quando os resíduos do produto se misturam às fezes do animal combatendo o mal pela raiz. A mosca do chifre se reproduz nas fezes, onde coloca seus ovos. 

A Torta de Nim é vendida pela Globo Agrícola em barricas de 5, 10, 25 e 50 quilos, com entrega para todo o Brasil com frete grátis. 

Fale com um dos nossos representantes: 17-9 81545624. 

domingo, 1 de novembro de 2015

INTOLERÂNCIA RELIGIOSA NA INTERNET

           
Como tratar de "intolerância religiosa" no âmbito político, se política e religião são paralelos e antagônicos que dificilmente se harmonizam quando se trata de princípios inegociáveis? Recentemente passaram-me uma lista para assinar. Era uma petição que será encaminhada para que seja votado projeto que proíbe a "intolerância religiosa" na internet. Não fui politicamente correto. Não assinei porque, de fato, não concordo com a proposta pois desconheço sua real intenção. 
       
         Ao mesmo tempo que desejamos viver plenamente um regime democrático, temos a tendência de acentuar o contrário, principalmente quando nosso interesse é abafar opiniões ou manifestações que consideramos antagônicas ao que cremos. 

        Em primeiro lugar é importante que seja definido o que é "intolerância religiosa" e sob que interpretação essa "intolerância" será julgada. Não poderíamos estar embarcando pelo caminho do cerceamento da liberdade de expressão se não estivermos atentos aos interesses por trás desse pedido? 

       Causa estranheza o fato de as próprias religiões estarem interessadas que esse tema seja votado. Não seria um "tiro no pé" o apoio a esse projeto sem conhecer os critérios interpretativos da "intolerância?" 
         
Todas as religiões tem posições claras e definidas e, cada qual, tem o direito de expor suas convicções ou até mesmo concordando ou discordando de práticas que julgam como princípio. Para quê fazer disso uma guerra? Não estariam os religiosos preparados para a liberdade que ainda possuem? 

            Ninguém deveria ser proibido de defrontar, discutir ou defender aquilo que crê de maneira transparente, verdadeira e honesta. Isso poderia ser desrespeitoso? Por que não se poderia contrapor a ideias amplamente divulgadas por instrumentos de mídia oficiais sem o direito de resposta ou de ouvir o contraditório? 

        Combater a "intolerância religiosa na internet" pode ser um caminho para afunilar ainda mais o direito de emitir opinião ou argumentar sobre crenças e costumes religiosos publicamente. É o poder da palavra que esclarece, cria, constrói, persuade. Por outro lado, a intolerância impõe, fere, distancia, cria barreiras. Não é criando "separações" e demarcando territórios como pretende as leis que nos faremos conhecidos ou nos permitiremos conhecer o outro. Intolerância, discriminação e preconceito coexistem exatamente pelo véu que as leis querem impor, legalizando segmentos. A segregação se dá exatamente sob pretexto semelhante. É preciso conhecimento e estar disposto a conhecer e ser conhecido. 

        De que maneira o Estado pode ocupar o lugar como "tutor" dos religiosos que são julgados como "intolerantes" segundo os critérios do próprio Estado? Porventura os religiosos não teriam outro defensor que pudesse ratificar de maneira clara as suas crenças? 

        Observemos o que Cristo disse a seus discípulos e serve para todo indivíduo, pois de trata de um princípio: "Bem aventurados sois, quando perseguirem vocês por causa da verdade; e quando mentirem dizendo todo mal contra vocês."

          O Critério do Cristo é  este: "Porque se amardes os que vos amam, que recompensa tendes? Não fazem os publicanos igualmente assim? E, se saudardes somente os vossos irmãos, que fazeis de notável? Não agem os gentios também dessa maneira? …(Mateus 5:45)

         Não é preciso recorrer a defesa do Estado, ou reivindicar direitos, se agirmos segundo os critérios de Cristo. 
         
        Seja de que lado for, os religiosos jamais deveriam se sentir vitimados por quaisquer comentários que julguem nocivos a suas crenças se sua preocupação é com a fé que praticam. Quando envolve uma instituição religiosa organizada, os interesses passam a ser outros. Para os indivíduos, essa seria a maior oportunidade para esclarecer sobre aquilo que creem. A justiça que deve nortear os religiosos é a prática do amor de uns para com os outros. Ao levar esse tema ao âmbito das leis garantidas pelo Estado, é tornar-se refém da forma da "liberdade" que oferece, ajoelhando-se diante de seus critérios e convenções. Do ponto de vista religioso isso representa um grave perigo. 

Cada indivíduo deve ter o direito de se manifestar e de se defender, plenamente consciente do papel que deve assumir como praticante de suas crenças sem interferências externas. Isso precisa continuar sendo um direito.   



        

sexta-feira, 30 de outubro de 2015

O IRMÃO PALHAÇO



       
Um  homem que ganhava seu pão de cada dia como palhaço converteu-se ao evangelho. Ao chegar à igreja fantasiado, muitos ficaram surpresos pela maquiagem característica e roupas coloridas que usava em suas apresentações, também como malabarista nos sinais de trânsito.  As vezes era contratado pelas lojas comerciais, onde anunciava com um megafone as promoções. Era  o  seu ganha pão. O seu meio de vida que também lhe trazia muitas alegrias e aos outros também.
- Eu quero dar o meu testemunho! – disse ele ao dirigente da Igreja diante de todas as pessoas que lá estavam.  
              Ele disse que a única coisa que sabia fazer era ser palhaço e malabarista, e que assim, com o que tinha de mais importante, gostaria de expressar sua satisfação. O pedido foi concedido, apresentando com muita alegria o seu número. Muitos na igreja ficaram assustados; outros se escandalizaram e chamaram o pastor para reunir-se e dar explicações sobre a permissão que o dirigente deu ao irmão palhaço.
O que haveria de mal neste homem que desejou apresentar a Deus aquilo que fazia de melhor? Nada de mal. Absolutamente nada, apesar de chocante por não ser algo comum dentro de uma igreja.
O irmão palhaço entendeu, depois, que seu louvor a Deus não precisava de apetrechos externos, nem de máscaras, nem de malabarismo e  que o louvor do coração, reconhecendo a grandeza e a soberania de Deus, é que fez diferença em sua vida.

Você não deve se preocupar com o que vai oferecer a Deus.  Diante dEle você não precisa usar máscaras, porque Ele entende e conhece o seu coração e os seus motivos. Jesus lhe aceita do jeito que você está, mas ao encontrar-se com Ele, você certamente será diferente, de corpo e alma limpos!

“Vinde a mim todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para as vossas almas. Porque o meu jugo é suave e o meu fardo é leve.” (Mateus 11.28-30)


QUEM SEMEIA CHORANDO

"Quem semeia em prantos, colherá com alegria." Salmos 126. 

Quando olhamos atentamente para essa frase contida na Bíblia, temos uma clara resposta de que nada na vida acontece sem esforço. "Semear chorando" denota sacrifício, dedicação ao trabalho. A alegria é a compensação pelo resultado obtido. 

A parábola do servo infiel mostra várias características do ser humano. Os que trabalham muito, pouco, e os que são tímidos. (Lucas 19:17-27).

Há poucos dias, almoçando à mesa, meu filho elogiou o arroz, que estava muito saboroso. Aproveitando o ensejo perguntei-lhe se sabia como o arroz era plantado e o caminho que percorreu para chegar à mesa. É realmente um caminho longo, desde o preparo do solo, os cuidados, o cultivo, o transporte, etc. 

O trabalho e a produção precisam ser compreendidos e valorizados. "Aquele que tratar da semente, comerá do seu fruto." Isso é fato. 

         É natural desde pequenos, aprendermos a consumir. Somos consumidores por natureza, mas quando descobrimos a importância e o valor da produção, nossa vida ganha outro sentido em muitos aspectos. É preciso entender que para o consumo de uns, é necessário a produção de outros. Quando vivemos apenas como consumidores passivos, exigentes e murmuradores por desconhecermos a origem das coisas, nossa vida parece não apresentar nada de especial que contribua com outras pessoas. 
         O despertamento para nossas potencialidades e a maneira como empregamos nossas habilidades a serviço de outras pessoas é que trará motivação à vida. 


           No aspecto que envolve ideologias políticas, há ideias que motivam pessoas a se levantarem contra determinadas classes, consideradas "dominantes e usurpadoras dos mais pobres", sem contudo, orientar que todas as conquistas materiais vem pelo trabalho, essa política acaba tornando pessoas dependentes de alguém que lhes estendam a mão. Quando desviamos o nosso olhar daquilo que o outro possui, observando o que podemos ter com nossos próprios esforços, empenharemos nossas energias para a produção de algo proveitoso que se multiplica, assim como no plantio de uma semente que germina e dá muitos frutos.  Vivemos a realidade hoje em dia em que muitos ostentam objetos e coisas que dão a impressão de poder. Mas o real poder está nas mãos de quem produz, não dos que consomem.             Orgulhar-se pela adequação aos padrões sociais do consumo é uma mostra do desprezo sobre o real valor das coisas. A exploração política ao elevar o patamar de consumo das pessoas, é roubar-lhes o incentivo à produção e ao senso crítico para avaliar-se diante das ofertas e sua necessidade. 

            Sem produzir, a tendência é o esgotamento, a escassez. Todas as conquistas na vida vem pelo trabalho, que não se resume em autobenefício apenas, mas que seja produtivo para os outros. Observe que tudo o que prospera é o que é produzido para o bem de outros. Não é preciso concorrência. Cada um de nós tem habilidades peculiares que podem ser canalizadas a serviço do semelhante. Isso envolve muitas vezes sacrifício pelo abandono da zona de conforto. O desafio não é descobrir ou saber o que você possui, mas o que faz com o que tem. 

quinta-feira, 29 de outubro de 2015

QUEM É O SEU ESPELHO?

    


Se seu espelho for exemplo de corrupção, da corrupção será exemplo.  O ser humano acaba se parecendo com aquilo que tem acesso e, mais que isso, com aquilo com o que se identifica. Se não há referência do incorruptível, a ideia é de que não existe incorruptibilidade. Se não há referência do que é justo, não haveria justiça?  
        A sociedade vive de referências, e esse papel é cumprido pelos poderes que controlam a educação, a política, os meios de comunicação. Quando repetidas vezes ouvimos que a culpa das mazelas sociais é daquele “inimigo” criado e apresentado à sociedade, como sendo o monstro a ser combatido, deixamos de exercer o senso crítico se abraçarmos essas referências como sendo a verdade. E assim aceitamos essa bola de neve, nos envolvemos nela e dificilmente rompemos suas estruturas para observarmos do lado de fora. Quando as referências negativas da mentira e corrupção são acentuadas, a verdade tropeça, os valores se invertem. “Não pode contra eles, una-se a eles” – diz outro pensamento comodista largamente conhecido. 
       O termo “ninguém é perfeito” e “todo mundo erra”; ou “não foi só eu quem errou”,  acaba transferindo responsabilidades pessoais para algo ou alguém real ou imaginário criado na tentativa de minimizar os danos que provocamos. Essa ideologia não contribui, em nada, para mudanças de rumo, de olhar, de comportamento, a não ser um instrumento a serviço da manipulação das mentes para se tornarem condescendentes e passivas com o erro.
     Não existe homem absolutamente perfeito. Há quem usa como referência a honestidade, a coerência com o que é justo. Esses buscam alcançar a honra.
    Se entendemos que o homem tem tendências para praticar erros, esse mesmo entendimento nos serve de alerta, não como uma “licença” para errar. De outra maneira, a prática de erros conscientes, torna-se um ato deliberado, como uma escolha. Para os que erram deliberadamente, já não resta perdão, pois o perdão se processa pelo reconhecimento da prática errônea, do arrependimento e do abandono dos erros.


    Em nossa sociedade é cada vez mais notória a prática deliberada da corrupção, e muitos defendem que isso faz parte da “dimensão humana”, porém essa constatação deixa de ser produtiva no sentido de converter as ações corruptíveis.
    A decisão de não condescender com os erros já é sinal da busca da perfeição e da intenção de melhorar como ser humano. A não conformidade com as práticas que levam à desconstrução do que é justo, honesto e perfeito, aponta para o caminho da mudança de olhar e do entendimento do papel de cada indivíduo como responsável por suas próprias ações diante do universo.
Romanos 14:10-12 diz: “Pois todos havemos de comparecer ante o tribunal de Cristo... De maneira que cada um de nós dará conta de si mesmo a Deus.” II Coríntios 5:10 nos diz: “Porque todos devemos comparecer ante o tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o que tiver feito por meio do corpo, ou bem, ou mal.


   

  

quarta-feira, 28 de outubro de 2015

O PASTOR UNIVERSAL

               
Disse Jesus: “E conhecereis a Verdade, e a verdade vos libertará” – João 8:32.
Esta mesma palavra não surte efeito do homem dizendo para outros homens. De mentirosos dizendo para mentirosos Essa “verdade que liberta” não está na dimensão do homem para o homem.
            É o conhecimento da verdade que liberta o indivíduo. A verdade é cristalina, pura, incontaminável. Ao encontro dela cai por terra todas as teorias, crendices, doutrinamentos.
O que se observa é que a humanidade, ao longo da história,  em diversos grupos distintos, tentam impor verdades, confrontando fatos e argumentos; emaranham-se em suas contradições.Verdades que precisam de retoques, restaurações. 
           Se a verdade da qual falamos, depende de outros elementos ou outras “verdades” para prová-la, essa verdade é discutível no âmbito terreno. Se é necessário dar explicação para a verdade, nem sempre encontrará o seu lugar.
       O conhecimento da verdade é para a libertação pessoal. “A verdade vos libertará.” Jesus falava aos judeus, o povo que o havia rejeitado porque estava preso às suas próprias verdades, mas essa verdade da qual Jesus falava, e que representava a si mesmo, é que será o crivo para que cada um julgue-se a si mesmo.
       Foi assim que Jesus tratou os fariseus que levaram diante dEle uma mulher que havia cometido adultério para que fosse apedrejada como dizia a lei. Jesus levou aqueles homens a refletirem sobre si mesmos, sem grande discussão, sem criticá-los. A verdade gera um efeito de mudança.

      Os Judeus não se sentiam escravos para ouvir alguém dizer-lhes que precisavam de libertação. Jactavam-se por serem filhos de Abraão e nunca terem sido escravos de ninguém.

   
Pregar uma verdade “esquecida” não deve ser preocupação que ocupe a vida em primeiro lugar. Viver essa verdade para que resplandeça como luz em nós mesmos não se perde em meio às falácias dos que reivindicam ser os “guardiães” da verdade a qual o mundo precisa conhecer. Verdade esquecida é aquela outrora praticada e que, por diversos motivos, aos poucos, foi deixada de lado pelas misturas com outras verdades. Essa verdade nunca será esquecida definitivamente. Mas observe: uma verdade só é esquecida por quem um dia teve conhecimento dela. Atualmente observa-se que as religiões estão entrando em diversas áreas para chamarem a atenção para suas verdades. As igrejas falam de comportamento, sexo, família, finanças; saúde e beleza. Usam determinada verdade para refutar outras. Mas nada disso é a verdade que liberta. É a discussão sobre comportamentos, teses, antíteses na esfera imperfeita do ser humano que busca adequar-se ao que lhe é confortável. A verdade que liberta é a que muda a vida em todos os seus aspectos, e é dessa verdade que nos afastamos e acabamos nos confortando com assuntos periféricos.  Discutem o que o mundo discute, mas sem nenhum chamamento para a verdade da qual Jesus disse. E ainda há tantos agindo como aqueles que se diziam livres: “Vocês coam uma mosca e engolem um camelo.”  Ainda continuamos discutindo efeitos; pormenores humanos; criamos teses e sermões com base no comportamento da sociedade no mundo, e isso pouco resultado traz. Aliás, o mundo se especializa muito mais nas áreas que muitos crentes se arriscam entrar. Acabamos nos confortando por acreditarmos nas mesmas coisas, em possuímos a mesma verdade, mas não produz frutos em nós mesmos. Caímos na tentação dos Judeus: “Temos como pai Abraão; nunca fomos escravos de ninguém.” Mas foi a estes que Jesus disse: “E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará.” Enquanto a verdade que conhecemos for usada para contrapor “as verdades do mundo” e mostrar que temos a razão, essa verdade estará apenas sendo discutida e continuaremos “gritando” para que o mundo nos ouça. Esse papel não cabe a nós.
          Alardeamos que as “pedras estão gritando” quando o mundo descobre e divulga verdades que julgamos conhecer a mais tempo. Mas, de que valeu isso? Não estaríamos sendo orgulhosos e jactanciosos? Os propósitos de Deus para a humanidade tem sido cumpridos ao longo dos tempos e precisamos entender que o plano de Deus é com a humanidade e, ao mesmo tempo, com cada indivíduo que conhece a Jesus – A verdade. Se Deus usou a mula de Balaão para que ele O reconhecesse, é Deus quem cuida de sua verdade, porque ela diz a seu respeito. E Ele usa a quem lhe aprouver.  
Preguemos, pois, o Evangelho. Vivamos os ensinamentos de Jesus e seus mandamentos. Resgatemos em nossa vida os sermões que Jesus pregou a seus discípulos. Seus ensinamentos ultrapassam gerações. Não estão escondidos com um povo, mas Ele se revelou aos homens.
"E eu, quando for levantado da terra, todos atrairei a mim". João 12:32.
Jesus é a Verdade. O pastor Universal que a todos diz: “Vinde a mim...” 

segunda-feira, 26 de outubro de 2015

TÃO IMPORTANTE QUANTO VOCÊ, É O SEU PRÓXIMO!

Quando vejo campanhas na televisão de gente envolvida pelo bem de outras pessoas, emociono-me ao perceber de que maneira um meio de comunicação pode ser usado. Não para ajudar a empresa a se sustentar para que continue fazendo a mesma coisa, mas como uma ponte para ligar os que podem ajudar, àqueles que necessitam. Necessidades físicas, não imaginárias, que muitas vezes são sugestionadas por argumentos emocionados que provocam sensações diversas. Esses dias ouvi um pastor na televisão quase chorar pedindo oferta especial para manter seu programa. O argumento era que aquela era uma obra de Deus e não podia parar.
        Vivenciei uma experiência que nunca esqueci. Em meu início de carreira no rádio trabalhei numa emissora mista, que também alocava horários de programa. Certa vez um pastor estava no ar com seu programa e chegou uma pessoa na rádio para fazer um apelo. O homem estava desempregado e precisava de cesta básica. Ouvi a resposta: “Aqui eu não posso fazer pedido para as pessoas no ar. Aqui eu só prego o Evangelho.”  Esse pastor era um dos tantos que pediam ofertas no ar para manter seu programa.
Diante disso, imaginei que ele faria alguma coisa pelo homem pessoalmente, mas nada foi feito.
        Tão importante quanto você, é o seu próximo.  Isto ficou bem claro quando um novo mandamento foi dado por Deus, que resume todas as regras de convivência no mundo: o amor a Deus e ao próximo. Quando avançou nessa questão, Deus pediu para que cada um amasse ao próximo quanto a si mesmo revelando a igualdade do amor. O amor a todos nivela. Se dizemos que amamos a Deus, a ponto de fazermos algo para Ele, em nome dEle, para uma instituição ou organização que acreditamos pertencer a Ele, mas retemos a mão em ajudar ao semelhante necessitado, nossa oferta a Deus não é aceita. Se devolvemos dízimos e ofertas para ajudar a obra de Deus e damos as costas ao nosso irmão, o nosso próximo, nossa aparente generosidade para com Deus é interesseira.  Se os instrumentos que temos em mãos, que podem ser usados para o benefício social e físico do semelhante, a exemplo do que Cristo fez em sua missão na Terra, e usamos todos os recursos para um crescimento corporativo, seremos como servos infiéis.
          O que você faz a você, em seu benefício, a roupa que veste, a comida que come daria ao próximo anônimo, desconhecido, como a si mesmo? Ou faria o seu esforço para doar a órgãos ou instituições porque são de “credibilidade” que poderiam ovacionar seu nome em gratidão nominal?  



“Ai de vós, doutores da Lei e fariseus, hipócritas! Porque dais o dízimo da hortelã, do endro e do cominho, mas tendes descuidado dos preceitos mais importantes da Lei: a justiça, a misericórdia e a fé. Deveis, sim, praticar estes preceitos, sem omitir aqueles!” – Mateus 23:23.  
           Essa mensagem não é reflexiva apenas aos líderes ou a alguém com poder de comandar pessoas e operar o amor, a justiça e a misericórdia para com os outros. No plano do amor de Deus, todos estão nivelados: para o amor, não há grandes ou pequenos, líderes ou comandados. Para Deus não importa o que você é ou o que você faz. Para Deus importa se você ama a Ele, e ao próximo como a si mesmo.
“Mesmo que eu dê aos necessitados tudo o que possuo e entregue o meu próprio corpo para ser queimado, se não tiver amor, todas essas ações não me trarão qualquer benefício real”. - I Coríntios 13:3.


domingo, 25 de outubro de 2015

DIGA SIM, QUE AS PORTAS SE ABREM

         
 Conheci e conheço muita gente que diz: “Eu não sei pedir nada para mim, mas consigo pedir para os outros.”
Essas pessoas acabam colaborando como instrumentos do bem, porque se tornam canais para abençoar a vida de outras pessoas. “Não vire as costas aos que lhe pedirem algo” parece ser uma vocativa levada bem a sério por esses agentes do amor. Se você não estiver disposto a comprometer-se, não diga sim. Se disser sim, suas portas se abrem para que o espírito do amor faça de você um servo.  
Recentemente entrevistei em programa de rádio um secretário de promoção social de um município. Ele foi chamado ao cargo por seu histórico de serviço às pessoas que o procuravam. Perguntei a ele começou a fazer esse trabalho.
-As pessoas me procuravam porque eu era um farmacêutico e tinha uma farmácia. Minha cidade era pequena e as pessoas me procuravam em busca de ajuda.
       Foi assim que acabou se envolvendo no serviço pelas pessoas que careciam de sua ajuda. Ele estava ciente do que podia fazer. Sabia que o que as pessoas buscavam por meio dele, ele tinha condições de atender.
      É nesse ponto que muitos descobrem sua missão e utilidade no mundo. Conhecer suas habilidades e potencialidades e por meio delas, dispor-se ao serviço.
-Eu nunca disse não. – continuava o farmacêutico. –Mas quando eu dizia sim, sabia que estava abraçando uma missão que deveria ser levada até sua conclusão.
      É assim que as portas se abriam. Ele acabou formando uma corrente que crescia, pois seus feitos eram vistos e acompanhados por outras pessoas que também passavam a ajudá-lo a ajudar.
          Tive a oportunidade de vivenciar algo semelhante. Em meus programas de rádio eu fui procurado uma vez por uma pessoa que precisava de ajuda. Eu coloquei no ar aquela pessoa, que, conversando comigo no estúdio teve a oportunidade de dizer ao meu público o que estava precisando. A partir daquele dia, comecei a ser procurado por várias pessoas e todas eram atendidas. Sempre que tenho a oportunidade de estar no ar com um programa de rádio e onde permitem que assim eu faça, as portas se abrem novamente.

        Se fizer o bem a alguém, de coração, com generosidade e espírito de amor e solidariedade, sabendo o que pode fazer e usar todas as influências para realizar algo a favor de um necessitado, saiba que enquanto disser sim, você será um canal de bênção para outras pessoas.  E cada indivíduo sabe o que pode, e o passo que pode dar a mais nessa direção. Usar o argumento de que se fizer a um terá que fazer a todos, é a maneira mais cômoda de virar as costas a uma oportunidade de ser instrumento de amor na vida de outras pessoas. Isente-se de conceitos ou preconceitos. Imagine que um instrumento não trabalha nem olha para si mesmo. É isso que dá sentido ao que Cristo ensinou na dimensão do amor a Deus e ao próximo. 


sábado, 24 de outubro de 2015

GESTO HEROICO

         
Ilustração dos 3 jovens na fornalha 
 Pode ser visto como um gesto heroico, digno de aplauso, até mesmo de solidariedade, o fato de, aproveitando a liberdade religiosa, e em alguns casos até por força de liminares ou articulações políticas, a submissão de jovens observadores do  sábado que passam o dia esperando o horário para fazerem suas provas.
         Lembro-me da divulgação massiva na mídia nos anos 80 em que o dia das eleições caiu num sábado e os sabatistas não foram às urnas.
         Até que ponto causa perturbação o fato de o “cerco estar se fechando”, levando a uma percepção de que as profecias estão se cumprindo, como se pudesse por algum esforço frear a marcha do tempo? Por outro lado não pareceria uma pretensão de fazer com que a fé contrária à essa marcha prevalecesse no mundo? Quantos há que não seriam capazes de dar tudo o que tem para continuar fartando-se dos bens que este mundo ainda oferece? Empunhamos bandeiras exigindo míseros direitos nessa terra? Ainda lutamos por espaço junto aos reis deste mundo para tentar provar quem somos?
Esse gesto tem servido apenas como divulgação de que existem grupos religiosos que não tratam de seus interesses no dia de sábado e para orgulharem-se da fé que possuem em detrimento de outros grupos religiosos?
       O que isso tem mudado na vida das pessoas que se tornam expectadoras desse gesto de fé? O que mais tem gerado impacto na vida dos guardadores do sábado e do mundo, não apenas questões de interesses humanos que “pegam carona” nos fatos corriqueiros do mundo,  para fazer resplandecer a luz do evangelho?
      O fato é que ainda há muitos lutando por seus interesses temporais, diante das facilidades que existem por causa de uma convicção religiosa, não por princípio de fé. Faz-se questão de evocar a lei da liberdade para continuar fincando suas raízes na terra e ainda fartar-se das iguarias do mundo, porque as leis terrenas ainda permitem.

Paulo e Silas foram presos por causa da fé
sem garantias humanas. 

       Praticar a fé em tempo de paz é diferente de praticá-la em tempo de guerra. Declarar fé enquanto as fornalhas do rei ainda não estão acesas não é tarefa difícil. Manter viva a fé diante dos decretos e determinações que poderão fechar as portas para a prática da fé, é que vai nos fazer posicionar de que lado estamos. Mas isso já tem acontecido com muitos dos guardadores do sábado, pois não se trata de algo explícito. Há muitos praticantes da fé que são levados às “fornalhas” do reino deste mundo e sofrido em silêncio e sem a quem recorrer a não ser o socorro do Deus Eterno. Há muitos sofrendo por serem amigos de Deus, o que contraria o mundo; que praticam as boas obras; que amam ao próximo, a honestidade e a justiça, cuja religião ultrapassa o rito comportamental sugestionado de maneira organizada e orientada, mas arraigada no coração que se manifesta nas pequenas práticas diárias, sem holofotes, sem autoafirmações, sem a necessidade de mostrar conceitualmente a crença, mas praticando as boas obras, que não se resumem a contextos isolados.

São essas ações do evangelho no dia a dia, que contagia e faz a diferença no mundo. Que esse desejo seja constante em cada coração. Que as ações de hoje, sejam o reflexo das ações vindouras, e que esse testemunho seja presente em todos os aspectos dos atuais discípulos de Cristo. 

sexta-feira, 23 de outubro de 2015

A LUTA DO MAL CONTRA O MAL

       
Meu filho me perguntou esses dias ao olharmos uma figura de imagem antagônica: - O que é o bem e o que é o mal? 
É o que fazemos. Nem o bem, nem o mal ganham lugar sem as nossas ações. São necessários instrumentos para que se manifestem. O mal é tudo o que destrói, mata, corrompe, engana, e tudo isso se manifesta pelas ações humanas. Fazer o bem ou o mal é algo que aprendemos sobre o que é fazer o bem, e o que é fazer o mal. Por outro lado, todos os homens nascem com a consciência do bem e do mal. É essa consciência que dá aos homens a possibilidade de escolher. O produto do mal é como "castelo de areia" em que dois brigam para conquistá-lo. Os malfeitores destroem a si mesmos, uns aos outros, e o ambiente que ocupam. Os que praticam o mal caem na própria armadilha que criam, porque o malfeitores se sustentam a não ser tentando prolongar articulando outras práticas malévolas que se tornam mais destrutivas a si mesmos e ao lugar que ocupam. Em vez de aplacar o orgulho, assumem seus erros como verdade. 

        Mesmo ao nos desculparmos de termos nascido num ambiente predisposto ao mal e de que nossas inclinações pendem para o mal, é necessário que parta de nós a ação para que o mal se multiplique. Do mesmo modo o bem. Podemos praticar o bem, mesmo tendo inclinações para fazer o mal. 

Ouvimos sempre falar da luta do bem contra o mal. Pensando friamente, o que observamos é que o bem, em tempo algum, nunca se posicionou como um "lutador", pois a grande característica do bem é o amor.  O bem é o princípio. O mal estabeleceu-se a partir do bem desintegrando-se de sua origem, iniciando uma luta para manter-se e conquistar simpatizantes. Mas o mal, ao logo da história, criou outros males que disputam entre si, maior espaço. O mal luta entre si, o bem, não. O que é princípio, originado do amor e da luz não precisa autoafirmar-se para se tornar aceito. O bem não se impõe, enquanto que o mal precisa propagandear-se, defender-se, acusar. O mal causa desordem em todas as esferas onde atua, pois sua razão de existir é a disputa, o desejo exagerado pelo poder.


         Jesus quando esteve no mundo causou insegurança aos poderes da época, que viram nEle um opositor, uma ameaça aos seus interesses terrestres, mas deixou claro que seu reino não era terreno. Ele não veio para derrubar impérios, destruir os que praticavam a injustiça, nem ameaçar com espada àqueles que não aderissem aos seus ensinamentos, mas para dar ao indivíduo a possibilidade de entender que para o reino da luz ninguém precisaria disputar um lugar. 
            Se Jesus viesse disputar o poder dentre os homens, sua bondade, justiça e misericórdia estariam ameaçadas. Se concordasse com o discípulo Pedro ao cortar a orelha do soldado que o ameaçava, estaria agindo com as mesmas armas dos maus. 
           Observe que o mal se propaga no mundo por causa dos poderes que os homens buscam conquistar. A mentira, o engano, as injustiças são praticadas de uns para com os outros como elementos para resistência e subsistência. "Matar para não morrer" é palavra de ordem; destruir os que cruzam seu caminho passa a ser uma ordem natural do império do mal. Aqueles que conquistam os poderes terrenos precisam usar as armas dos terrenos, e a luta do mal contra o mal se estabelece, não apenas para aniquilar o mal, como sendo um propósito justo, mas para ampliação do poderio a todos que parecem ser ameaça aos seus intentos. 

         Os filhos da luz jamais lutarão contra os filhos das trevas. São dois paralelos, duas dimensões, cada qual com seu caráter e suas ações. A luz jamais usará sua força para aniquilar as trevas, pois as trevas é ausência de luz, e em sua presença, as trevas apenas se dissipam, sem traumas, sem demandas, sem dores, sem clamores. Aqueles que empunham armas pelo bem, aliam-se ao mal, e tornam-se maus entre si. Seguir a luz é adotar a mente do Cristo: "Amai os vossos inimigos; orai pelos que vos perseguem." Se Cristo assim orientou a seus discípulos, Ele assim se revela diante dos malfeitores.