segunda-feira, 3 de junho de 2013

SEXO DOENTIO

Quando crentes falam contra a prostituição, paixões baixas, homossexualismo, entre outros comportamentos que trazem prazer carnal, esses crentes estão sendo porta vozes de Deus para um povo que desconhece o princípio do amor como Deus ama a seus filhos. Essas orientações não tratam de "fundamentalismo religioso", mas de fundamentos que regem de maneira salutar a vida de quem aceita essas orientações. 


 
O ator Michael Douglas
Não existe uma definição exata sobre saúde, e houve até  várias mudanças na maneira de avaliar, pois saúde envolve muitos aspectos, quer sejam eles moral, físico e espiritual. Partindo desse pressuposto, dificilmente alguém poderá viver saúde plena avaliando sob esses aspectos. Por isso, dizer que saúde é sensação de bem estar e boa disposição para as tarefas do dia a dia, é algo mais subjetivo do que objetivo, pois tem muito mais a ver com as experiências pessoais em que cada indivíduo vai descobrindo ao longo da vida o que lhe faz mal, o que o deixa nervoso, estressado, e os motivos de sua “dor de cabeça”. Não importa como a causa se manifesta numa pessoa, qualquer anomalia ou sensação doentia, é sinal de que algo não está funcionando bem, tanto em questões físicas ou emocionais. Isso varia de pessoa para pessoa. O autoconhecimento é muito importante. Talvez o efeito nocivo de algo que para uns faz mal, não faça a outros, e isso não altera o caráter de nocividade do que em sua essência o é. Alguns podem inclusive avaliar que conheceu gente que fumou a vida inteira e nunca ficou doente por causa do cigarro; que avançou o sinal "trocentas vezes" e nada aconteceu; que esperou o metrô além da faixa amarela demarcatória e nada demais ocorreu; que fez sexo desordenadamente com várias pessoas e nunca pegou Aids ou outra doença.  Mas essa questão é subjetiva, pois pode levar em conta a estrutura física e orgânica de alguns que podem ser mais resistentes que outros para esta ou aquela substância causadora de doenças. 

Racionalmente não podemos ser cobaias de experimentações para saber se isto ou aquilo nos faz mal para consumirmos ou usarmos largamente. Por outro lado, há algo muito importante a ser mencionado que é o respeito às leis que regulam os comportamentos e as leis naturais de saúde. O indivíduo pode passar por cima dessas regras e não ocorrer nada a curto prazo, mas a tendência natural é a reação contrária, a médio e longo prazo. É preciso conhecer a essência, não apenas se isto ou aquilo nos faz mal, pois mesmo sendo nocivo, inicialmente pode ter efeitos diferentes em cada indivíduo, e isso, talvez, passe uma falsa sensação de segurança, da ideia de que acontece só aos outros. Por outro lado, podemos estar bem fisicamente, mas as reações mentais e psicológicas sobre estilo de vida adotado devem ser vistas como um sinal amarelo para o qual devemos estar atentos. 
Ator emagreceu muito por uma dieta com líquidos



Ao jornal The Guardian, o ator americano Michael Douglas que pouco tempo atrás teve um câncer de garganta, declarou que sua doença foi causada por sexo oral, isentando o cigarro e o álcool da "culpa".  De acordo com ele, o tipo específico de câncer que teve é causado pelo HPV, (papilomavirus) doença sexualmente transmissível que segundo suas afirmações ocorre por sexo oral. Não houve nenhuma opinião médica na matéria do jornal para comprovar o que o ator teria declarado.  

Toda insaciedade, carências, compulsão, entre outros comportamentos que nascem na mente, pode ser a causa, a mola propulsora para a busca de elementos que satisfaçam os desejos, mas há algo por trás disso que merece atenção, alerta. Por que alguém deixaria de lado a prática natural do sexo? É possível que a “inversão” de valores esteja se expandindo por muitas outras áreas da vida, muitas vezes sob o pretexto de que o que importa é ser feliz, numa conotação oposta ao que a felicidade é de fato. Mas o que é preciso ficar atento é que, seja de que maneira uma pessoa decide levar a vida, as consequências sempre ocorrem por base não de suas escolhas,  mas  pelo quão nociva pode ser a escolha que faz; a raiz do mal não se altera pelo que pensamos dela. O que é nocivo essencialmente, não deixará de sê-lo por manifestar sensação de bem-estar e  prazer momentâneo. Não é o prazer ou a escolha que está em xeque. É o que se escolhe e o que está gerando prazer. 


Quando abandonamos o modo convencional (o que precisamos também ter atenção, pois nem sempre o convencional é de fato coerente) – o risco de cometer erros e falhar é muito grande. 


Todas as sensações estranhas que sentimos possuem um fator desencadeante. As sensações, neste caso, não ganham conotação causal. As sensações são consequências. Uma dor de cabeça pode ser sintoma de várias doenças ou uma manifestação do organismo por algo ingerido que fez mal, por exemplo. 


A falta de sintonia com o meio em que vivemos; a falta de sintonia com os princípios de saúde física, mental e espiritual, podem levar a desarranjos e deformidades que se manifestam em forma de doenças físicas e mentais pela quebra original da saúde do espírito.



ROMANOS 1:27



“E, semelhantemente, também os homens, deixando o uso natural da mulher, se inflamaram em sua sensualidade uns para com os outros, homens com homens, cometendo torpeza e recebendo em si mesmos a recompensa que convinha ao seu erro”. 

A Bíblia também relata sobre a prostituição, a impureza, o apetite desordenado  - e por essas coisas, as pessoas encontram a doença, a morte.



Na verdade, o sofrimento que o homem sofre, não se trata de castigo de Deus como muitos sugerem. “Cada um recebe a consequência de seu erro”. 

Quando crentes falam contra a prostituição, paixões baixas, homossexualismo, entre outros comportamentos que trazem prazer carnal, esses crentes estão sendo porta vozes de Deus para um povo que desconhece o princípio do amor como Deus ama a seus filhos. Essas orientações não tratam de "fundamentalismo religioso", mas de fundamentos que regem de maneira salutar a vida de quem aceita essas orientações. 



De fato, o Criador conhece a estrutura humana e suas “ordenanças” são fruto de seu amor para com seus filhos.

Mas os que escolhem viver sob sua orientação, viverão com mais segurança.


sexta-feira, 31 de maio de 2013

ARMA LETAL


Dinheiro: nem tudo compra
A pobreza nunca foi pretexto para ele sentir-se inferior aos outros, nem justificativa para cobiçar o que não lhe pertencia, nem mesmo para tentar explicar a violência, os problemas sociais que ocorriam lá fora, em que muitos explicam a carência e necessidade como fator desencadeante dos crimes. Desde ainda jovem, nunca deu "calote" no cobrador de ônibus pulando a roleta (catraca). Quando não tinha dinheiro para a passagem, ele andava a pé. E não se maldizia nem a outros por isso. Para ele, essa era sua realidade do momento que precisava enfrentar com dignidade. Pobreza para ele era uma fase e dizia que todas as conquistas na vida eram fruto do trabalho. Aprendeu que pobreza é mais uma condição "espiritual" do que falta de dinheiro. Mas o menino não pensava assim por si mesmo. Ele foi educado e orientado por seus pais. Sua mãe lavava roupas para fora para cuidar de 5 filhos. Jamais culpou o sistema e falta de oportunidades por causa disso. Era daquelas que preferia deitar a cabeça no travesseiro e dormir, com a certeza de não ter prejudicado a ninguém naquele dia. O pai, também não tinha muitas condições e ajudava no sustento da família com uma aposentadoria pequena. Mas na casa daquele menino não faltava o essencial. Comida e roupas nunca faltaram; no quintal de casa, sua mãe cultivava hortaliças; amor e respeito entre pai e mãe e carinho com os filhos nunca foram interrompidos pela luta de seus pais para dar-lhes uma vida melhor. 

Um desses irmãos, o mais velho, começou sua fase de trabalho. Pensando estar preparado para enfrentar os desafios do lado de fora de seus portões, deparou-se com realidades que nunca tinha visto. Para ele, o mundo era o que seus pais ensinaram. Começou a perceber, de longe, a maneira como as pessoas na empresa  onde trabalhava agiam. Pagava-se caro para manter boa aparência; descobriu endividados para alcançar o que diziam ser um padrão melhor de vida. Certa vez, um colega se aproximou e começou a falar mal de outros colegas; reclamar de salário, enquanto ele estava feliz e grato pelo emprego que conseguiu com sacrifício.

Como o jovem era recém chegado e não entendia muito bem o que se passava, seria uma boa arma DAQUELE MAL INTENCIONADO PARA prejudicar um desafeto. Tudo estava combinado inicialmente para o novato ajudá-lo numa "armadilha" Ele quase foi persuadido, não fosse o seu senso de justiça e valores que sua mãe lhe ensinou. Ele mal dormiu aquela noite pensando sobre a proposta daquele colega de trabalho. O jovem teria que passar por cima de tudo o que aprendeu. O combinado foi que ele teria que colocar na bolsa do desafeto daquele colega de trabalho vários talões de cheque e dinheiro, e uma denúncia faria o chefe descobrir que estaria sendo roubado. Ao terminar o serviço, o jovem receberia uma quantia em dinheiro.

Ele pensou consigo mesmo: "Por que esse rapaz quer prejudicar o outro dessa maneira?" Por que eu deveria ajudá-lo a fazer isso? Por que para ele isso é tão importante a ponto de me oferecer dinheiro para fazer algo que não é verdade?" Assim ele disse ao rapaz que não poderia ajudá-lo e que ele deveria pensar mais sobre o que estava tentando fazer com o colega. 
 
É preciso preparo, disposição espiritual e muita dignidade  para enfrentar as adversidades da vida. A criança precisa ser bem orientada e educada. Aprender sobre o respeito ao próximo, a defender os valores que aprendeu, mesmo diante de ofertas tentadoras. Esse jovem pode ter sofrido muito por se comportar dessa maneira, assim como muitos que praticam a justiça sofrem. Depois de sua negativa em atender ao pedido daquele colega, não se sabe mais o que ocorreu. Poderia o rapaz der refletido e mudado de ideia quando o novato o pediu para repensar o que pretendia fazer, ou levou adiante sua engenhosidade do mal, usando outra pessoa como cúmplice? 

De fato, em casos assim, pessoas consideradas honestas costumam ser perseguidas num sistema onde o respeito com a coisa alheia é quase inexistente. Para alguns, procurar ser bom e decente, cumprir suas obrigações e até mesmo ir além do que lhe é proposto,  é deparar-se com conflitos num ambiente em que comportamento dessa natureza pareça uma ameaça. Manter-se firme diante de ofertas de benesses em troca de alguma prática que fere o princípio do amor a Deus ao próximo, é estar disposto a conviver com conflitos invisíveis, mas ao mesmo tempo, promove a paz da consciência.

quinta-feira, 16 de maio de 2013

NA HORA "H"...FORA DE CENA

Ator tem 77 anos
Ele é um famoso ator Francês, que brilhou nas telas da televisão e do cinema. O célebre galã Alain Delon reconheceu à uma revista que a morte é a única certeza que se tem e que não gostaria de morrer sozinho. Aos 77 anos ele diz que perdeu "a paixão" pelo mundo que o rodeia e que passa a maior parte de seu tempo "à toa", rodeado de seus animais de estimação enquanto tenta desfrutar ao máximo de seus filhos e seus netos. E declarou: "Fui tão feliz como não se pode ser toda a vida". Sempre cercado de beldades, o ator fez sonhar milhões de mulheres de todo o mundo. Nascido em 8 de novembro de 1935, Alain Delon participou de mais de 100 filmes em 50 anos de carreira.

Essa atitude, por um lado, pode despertar muitas especulações até mesmo sobre sua saúde: poderia ele estar deprimido ao dizer publicamente o que normalmente não se espera de um astro hollywoodiano, mesmo com sua idade considerada avançada? O que pensariam, por exemplo de um jovem ao dizer essas palavras? Seria o fim da vida, ou o início de novas perspectivas, com olhares voltados para o que se considera algo superior ou maior do que se pode conquistar como merecimento, aplausos, ou até mesmo algo que nos faz sentir melhores pelos efeitos que geramos nos outros? Seria uma nova perspectiva de vida, na qual nos reconhecemos diante da transitoriedade e da instabilidade humana? Mais cedo ou mais tarde, alguns entendem que na vida há tempo para todas as coisas e essa percepção faz reconhecer que há algo muito mais importante na vida que merece dedicação maior. Para muitos é estar ao lado dos filhos e netos depois de ter cumprido seu papel profissional.
No auge da fama

De fato, o alcance da maturidade espiritual, pode ocorrer não só com a idade avançada. Há muitos hoje que desejariam aproveitar melhor o tempo e não viver escravizado pelas coisas, pelos holofotes da fama, levando uma vida dando mais satisfação ao público, do que dedicando tempo a si mesmo e a coisas que edificam. É preciso colocar na balança as nossas escolhas e ações, e perceber o que tem valido a pena. Talvez desfrutar de uma vida tranquila na velhice, depois de ter feito tudo, e sentir-se realizado seria mais cômodo para os que trabalharam para ter sossego nessa fase da vida. Mas o que importa é perceber se o ritmo de vida que levamos pode nos trazer no futuro a tranquilidade e a felicidade que almejamos. Todos nós passamos situações difíceis na vida até alcançar a maturidade, quando começamos a aprender com nossas próprias experiências ou com as experiências alheias que observamos. Alain Delon declarou que "viveu uma felicidade que não pode ser vivida toda a vida." Mas por que não? Algumas vezes canalizamos a sensação de felicidade nos momentos que vivemos, e essa pode ter sido a experiência do ator, quando estrelava em sua brilhante carreira, usufruindo de todo bem que poderia desfrutar por suas influências no meio em que vivia. Se ele atribuía sua felicidade a esses momentos, é certo que essa "felicidade" tenha passado. Mas podemos tornar a felicidade permanente, quando encontramos motivação para ela em outros aspectos da vida. Hoje ele diz que vive a vida convivendo com seus netos e seus animais de estimação. Não quer dizer que hoje, numa outra realidade não possa encontrar motivação para a felicidade diante de sua nova experiência. Todos nós podemos trocar uma "felicidade" por outra. Felicidade tem a ver com contentamento em cada fase da vida, diante de realidades que não podemos mudar, mas encarar cada momento com sabedoria.Com esse entendimento, a frase: "Eu era feliz e não sabia" não fará parte de nosso vocabulário.

Seja como for, a decisão sobre como queremos viver a vida, depende das escolhas que fazemos, das prioridades que elegemos. Finalmente, todos vivem. O rico e o pobre. Os "bem e mal resolvidos". Os precipitados e os cautelosos. Com dificuldade ou não, todos seguem o curso da existência, cada qual enfrentando as consequências de suas ações. O que diferencia não são os problemas ou desafios que enfrentamos, o temperamento que temos ou condições sociais. É como nos enxergamos diante disso e o que fazemos para melhorar o que achamos que precisamos. Não são problemas maiores ou menores. 

Eles são proporcionais às nossas ações, aos nossos movimentos, aos nossos sonhos. As consequências são maiores ou menores de acordo com a energia que desprendemos para alcançar o que almejamos.   Aqui cabe o que disse o Sábio Salomão: “Na vida, tudo é vaidade e correr atrás do vento”. Mas se pararmos nesse ponto, viveremos uma vida medíocre, que se resume unicamente no que fazemos, no que conquistamos, ganhamos ou perdemos. Mas é preciso alimentar algo mais profundo e significativo dentro de nós que é a esperança de uma vida futura. O conselho de Jesus é: escolha a vida para que viva.

quinta-feira, 9 de maio de 2013

"...SE NÃO VEM POR AMOR, VEM PELA DOR"

Deus não precisa afundar os Titanics da nossa vida para mostrar que tem poder. Ele não precisa punir com morte a quem dá uma baforada de maconha em sua "homenagem" para reprovar essa ação e mostrar que o poder é dEle. Todas as ações humanas que tentam mostrar sua suficiência e segurança, com base em seus próprios esforços e condições, são insuficientes e inseguras. O que ocorre em função disso tem muito mais a ver com a consequência do orgulho e do sentimento de que é inatingível e protegido aos seus próprios olhos. Os atos de rebeldia e de desonra a Deus e ao próximo, na verdade revelam o caráter pervertido, que naturalmente leva o indivíduo  à própria destruição. Mas há muitos que, equivocadamente, ainda atribuem à justiça (punição) de Deus contra quem o rejeita.

Ele era um comerciante e vivia às pressas. Para ele, tempo era dinheiro e constantemente estava correndo contra o relógio. Era ele quem corria atrás de mercadorias para abastecer seu quiosque; o movimento era grande e a reposição de seus produtos era algo constante porque não tinha como armazenar muita coisa no local onde estabeleceu seu comércio.

Foi numa dessas saídas às pressas que ele sofreu um grave acidente. Ficou à beira da morte na UTI de um hospital, após ter entrado na traseira de um caminhão quando pilotava sua moto. Os que viram o acidente não podiam imaginar que alguém poderia sair vivo daquele desastre.


Este homem algum tempo atrás foi um cristão. Por causa do trabalho e de suas necessidades materiais, não conseguindo conciliar suas atividades com a prática da fé, decidiu afastar-se da Igreja e da comunhão com Deus. Não orava, não estudava mais a Bíblia, distanciando-se cada vez mais. Ao recuperar-se, ele decidiu voltar para a igreja e, segundo o que afirmou, precisava consertar-se com Deus.
De longe, nas rodas de conversa muitos comentavam: "Ele não voltou por amor, voltou pela dor!"

 
Esta é uma frase que ouvimos costumeiramente e que muitos até consideram que  Deus tem a maneira certa de agir na vida das pessoas. Mas até que ponto essas considerações revelam realmente o caráter de Deus? 

A dor pode levar à reflexão
 
 

Não seria prazeroso alguém seguir a Deus por medo, por receio de morrer, nem por ser a última alternativa quando não se tem mais para onde ir, pois seria uma decisão circunstancial que o momento impõe. Talvez, seguir a Deus por motivos passionais ou com outro sentimento que não o amor, pode não ser algo duradouro e perdurar apenas na fase de insegurança. Apegar-se à Deus nesse momento, poderia ser uma tentativa de proteger-se. Se a decisão não for por amor, quando a poeira do medo baixa, pode-se perceber que não houve de fato uma conversão racional.

A dor também ensina e pode levar-nos à reflexão sobre a nossa vida e maneira de viver. Uma doença sem sintomas nos furta o direito ao tratamento. Na vida, seja em que grau for, a dor é um sintoma. É preciso identificar que tipo de aviso essa dor quer nos trazer.

A dor que sofremos na vida, não pode  ser  vista  como  um  alerta  de  Deus tentando nos convencer de que Ele nos ama e por causa disso nos permitiria o sofrimento para entender que precisamos dEle. Deus é o autor da vida, o nosso criador e a nossa relação com Ele baseia-se na liberdade. Toda consequência que podemos sofrer pelo afastamento de Deus, é como sintoma. Mas a dependência que temos dEle é algo tão natural quanto o próprio respirar, como o pulsar do nosso coração. Não temos o controle sobre a nossa vida  pois ela está ligada ao Criador. Contudo, as decisões que tomamos na vida é que nos traz consequências, boas ou más. 


Não importa o que você faça de sua vida com base em suas escolhas. Sejam quais forem, o resultado sempre será compatível com as ações que pratica. Não dá para termos certeza de sairmos bem no trânsito avançando o sinal vermelho. Pode ser que uma ou outra vez, o infrator saia ileso, mas a consequência natural da desobediência a essa regra é o acidente. No fundo, cada um de nós sabe sobre a vida que leva, sobre as decisões que toma e no tribunal da consciência cada um se encontra com o seu juiz.

A Ideia de que, "se alguém não for a Deus por amor, irá  pela dor", não se encaixa nesse contexto, pois há sofrimento que tem a ver com nossas escolhas; e mesmo os que ocorrem motivados por ações de terceiros, o sofrimento faz  parte  do  contexto  circunstancial em que vivemos. 

Deus está acima de tudo isso.  Quando alguém decide seguir a Deus depois de um grave acidente sofrido, em que atribua isso a um milagre, tem mais a ver com o reconhecimento do indivíduo dessa necessidade de Deus em sua vida, do que uma ação ativa de Deus oportunamente para levar essa pessoa a aceitá-lo. Pois assim, Deus estaria interferindo na liberdade de alguém, criando situações para que essa pessoa se entregasse a Ele. O plano de Deus é bem maior. Se alguém decidiu seguí-lo após o livramento de uma tragédia, tem mais a ver com a consciência pessoal de reconhecer sua situação diante de Deus, e que precisa mudar de vida. 
Os icebergs do mar desta vida estão sempre diante de nosso caminho. Há os que se sentem tão seguros e se distraem, a ponto de não perceberem a rota de colisão.

sábado, 9 de março de 2013

A IGREJA ENTRE QUATRO PAREDES



Com o passar do tempo é quase comum a perda de identidade e de referência quando o princípio que estabeleceu determinada instituição é trocado por conveniências momentâneas com o objetivo de firmar-se diante da nova geração.



A crise se estabelece quando os discursos mudam, enquanto os conservadores procuram, de algum modo, sobreviver à essa investida, mesmo com a mesma proposta original. A crise aumenta, quando queremos manter o mesmo princípio mas relativizando-o ao coxear entre dois pensamentos com o objetivo de não perder espaço. A crise é maior ainda quando não somos alienados e fazemos algo diferente apenas para "dar o que se pede". Para muitos é assim que funciona. Isso rege até o mundo comercial e político: "dar o que o povo quer". 
Sem identidade perdemos a referência



A Igreja e sua liderança oficial tem mostrado sua preocupação em relação ao secularismo e comportamentos diferentes de seus membros, dentro e fora da igreja. A intenção de muitos de tornar a igreja mais popular, o que de certo modo é aceitável, utilizando-se de seus meios de comunicação oficiais, ligados diretamente à administração geral, adotando programação mais aberta, inclusive na linguagem e proposta mais “secular” soa como um contraste ao que a organização orienta.Há uma nova geração ganhando espaço merecido, recebendo, inclusive, lugar de destaque ocupando cargos de liderança, mas sem o devido preparo para assumir o posto. Suas referências são secularizadas, desde o que se produz na televisão às vinhetas de rádio. Os programas que assistem, as músicas que ouvem, até mesmo os trejeitos de comunicadores servem como referência para estes, cuja proposta é estarem "antenados" com o que ocorre do lado de fora, sem uma reflexão criativa sobre a necessidade de realizar algo diferenciado, alternativo e de bom gosto.

Falta um padrão estabelecido ou uma diretriz a ser seguida nesse ponto específico, e há certa liberdade de cada ocupante desses cargos para fazer o que pensam ser melhor, de acordo com o que acham. Por outro lado, há uma liderança sem noção exata do conhecimento da responsabilidade que assume.

Os mais velhos, inclusive mais experientes nessas funções que poderiam ser aproveitados como conselheiros e orientadores desses jovens parecem ter se tornado "empecilho" para novos projetos.  Outros morrem e o que precisa ser inculcado na mente dos jovens é sepultado pelo tempo. 



Na verdade, um meio de comunicação ligado diretamente a uma instituição religiosa, passa a ser vista como referência dessa organização. É a cara da igreja diante do público. Há, por exemplo, uma geração dentro da igreja acostumada com músicas congregacionais, menos ritmada e hinos clássicos, e  uma  outra geração que não teve essa referência musical, o que coloca em rota de colisão esses interesses. Por outro lado, o rádio que é o meio de comunicação de massa da igreja e, com o argumento de alcançar outros públicos, adota em sua programação uma variedade de ritmos que chocam os mais tradicionais. 

No passado, a pregação era divulgada em meios seculares, ou seja, a igreja apresentava programas em emissoras de  rádio em que a população em geral ouvia. Esse era um aspecto positivo para alcançar públicos de fora, sem usar artifícios para alcançá-los. O público ouvia determinada emissora que em determinado horário veiculava o programa. Era diferente do que se pratica hoje num meio próprio e para alcançar os de fora se faz necessário adotar padrões secularizados. Isso acaba comprometendo como um todo a proposta da organização, que por um objetivo específico, acaba generalizando as ações, assumindo a responsabilidade institucional. Em determinado ponto é difícil manter um só discurso, sem apresentar suas razões nem sempre aceitas como um método coerente.  O mesmo ocorreu com a televisão. É comum assistirmos líderes religiosos investirem em programas de TV popular em canal aberto para alcançar outros públicos, não apenas o público de sua igreja. O resultado tem sido positivo, mais do que se tivessem uma televisão própria e fazer o público procurá-los para assistir a seus programas. Aliás, esse formato não deu certo com a Rede Record da Igreja Universal do Reino de Deus, que precisou "secularizar" sua programação para ter audiência.  

Mas há outras igrejas que fazem altos investimentos para servir apenas aos de "casa", numa espécie de programa em "circuito fechado". O resultado disso para evangelizar os descrentes é bem pequeno. Acabam criando um "clube" de associados, ausente e distante daqueles que precisam ouvir a mensagem do evangelho. Compartilham sua mensagem entre si, sem confrontos, na zona de conforto entre "quatro paredes"


Que visão temos de nós mesmos?




As orientações aos membros da igreja não são claras sobre esse tema e isso é preocupante. Preocupante pois diferentemente de tempos passados, a abertura de informações e o desenvolvimento do pensamento analítico tem sido desenvolvido por muitos que com muita facilidade conseguem observar as contradições entre o discurso e a prática.  Na verdade, os fiéis não tem o conhecimento de como os meios de comunicação precisam ser utilizados como instrumento de evangelização e como suporte para levar outras pessoas a conhecer a mensagem que prega, mas sabe discernir com base na teoria aprendida. Por outro lado, as “estratégias“ precisam ser revistas.

Não é de se estranhar o que ocorre hoje. No passado também foi um desafio grande "guiar" um povo, assim como foi com Arão e Moisés. Ao subir no monte para receber as tábuas da lei de Deus, o povo pensou ter ficado sem o "líder", e pediu um outro deus. O povo exigia que Arão  construisse um bezerro de ouro para atender aquela multidão. E mesmo tendo o conhecimento de Deus e experimentado todos os milagres e maravilhas que o Senhor operou, Arão construiu a imagem como o povo havia lhe pedido. 



Há um equívoco quando pensamos que precisamos parecer  ou  fazer  o que todos fazem ou querem que façamos para sermos aceitos, porque isso não soa sincero. Quando há uma tentativa para isso, realizamos de maneira “desengonçada”. O brilho dos olhos não diz o mesmo. Queremos fazer de tudo e usar todos os artifícios para conquistar pessoas, mas muitos que estão na liderança não aprenderam a lidar com pessoas e com suas diferenças e, de certo modo, toda comunidade parece ter aprendido assim. As vezes procuramos fugir de situações que consideramos "constrangedoras". Deixamos de nos aproximar daqueles que fogem aos "padrões" que estabelecemos como ideal. Aprendemos a ser elitistas e selecionar nossos alvos. Mudar essa realidade é possível, mas é preciso ter paciência no enfrentamento de crises internas.



Vivemos num mundo de diversidades. Ser diferente também tem seu lugar, não no sentido de discriminar os outros ou tentar  fazer-nos parecer melhor que os demais, mas assumir de fato o que acreditamos seja por que meio for sem reivindicarmos para nós o posto de "guardiães" da verdade. É com simplicidade nas ações. A pregação do evangelho não precisa de sofisticação, pois, o evangelho é simples por natureza. O que existe é o esfriamento da disposição de muitos em manter propostas que antes eram defendidas. Até mesmo os grandes pensadores e formadores de opinião não querem se indispor com a maioria, até por uma questão óbvia de sobrevivência e aceitação, mas se esses adotassem posições mais pontuais, poderiam fazer com que os outros entendam e respeitem as diversidades. 

O "Reavivamento e Reforma" precisa levar em conta essa questão, pois pode não ocorrer da maneira como “desenhamos” e planejamos segundo o que pensamos ser a melhor saída, com os nossos esforços pessoais, mas é preciso, sim, dar ouvidos à voz do Espírito Santo para que nos guie. Enquanto buscarmos o controle de tudo em nossa vida, ou em nossa esfera de atuação assumindo as atribuições de nosso cargo, estaremos agindo segundo interesses fechados. 

O derramamento do Espírito Santo certamente revigorará a muitos, o que sob outros olhares poderá parecer algo “escandaloso”, porque aprendemos a limitar o poder de Deus sobre nós, segundo os nossos conceitos sobre a verdade que liberta.  




terça-feira, 29 de janeiro de 2013

COMUNICAÇÃO E O TESTEMUNHO DA FÉ



ENTRE O LÍCITO E O CONTRADITÓRIO
Há emissoras religiosas, por exemplo, gastando tempo com discussão sobre campeonato de futebol, o que outras emissoras o fazem com muita competência, com equipe formada e treinada para discutir esse assunto. Outras, procuram seguir linha de programação idêntica a rádios populares, que ao invés de tornarem-se um diferencial, uma alternativa, engrossam o coro dos que fazem rádio apenas com fins comerciais de objetivos popularescos, fugindo à sua proposta original.Esta é uma maneira mais fácil, mais prática de fazer programação, pois na maioria dos casos, são pautas de terceiros, sem a necessidade de uma equipe de produtores pensadores que se afinem com a filosofia confessional. Suas referências são as de fora.  Assim comprometem sua identidade e consequentemente depõem contra sua própria mensagem. Isso ultrapassa a linha do espaço ou de condições técnicas e recursos operacionais.
Não basta comunicar, mas o que comunicar.


Toda e qualquer mensagem que se contrapõe à filosofia que a emissora confessional  defende, torna-se contraditória. Exemplos claros são programas de auto ajuda com linguagem menos proselitista para alcançar um público diferenciado. É preciso muita atenção nos textos prontos, em seus autores e o que querem passar. O jornalista deve verificar com visão crítica os detalhes do texto e identificar seu propósito. Copiar e colar apenas, é um grande risco e pode comprometer a credibilidade editorial.

É possível, por exemplo, que em alguma mensagem para despertar a nossa atenção para a maneira como nos relacionamos, citar o “porco espinho que  aprendeu  com o tempo a segurar  seu espinho sobre a pele, a ponto de não ser expelido a atingir seus irmãos. Esse “aprendizado” do porco espinho é um pensamento evolucionista. Se a nossa visão e defesa é da teoria criacionista, caímos em contradição. Os evolucionistas crêem que esse animal tenha garantido sua manutenção exatamente por esse controle.

São mensagens com exemplos importantes, quando o objetivo é aplicar ao nosso comportamento, sugerindo-nos maior controle sobre as nossas emoções que poderiam ferir aos outros. Sob o ponto de vista social é uma mensagem forte, necessária e convincente, porém, sua “fonte” destoa da linha confessional defendida. Há muitos outros temas de importância social, cultural e  comportamental que os meios de comunicação devem abordar. Contudo, é preciso definir a maneira de  abordagem. Um mesmo tema pode ser “explorado” de várias maneiras. Tratando-se de emissora de proposta cristã, suas abordagens não devem negar suas propostas, dando ênfase nos pontos de maior importância de seu editorial. 

Um exemplo são fatos que não passam despercebidos, como a morte de um artista famoso, um astro da música pop ou um líder religioso renomado. Notícias como essa  num veículo cristão não são necessárias, mas se forem veiculadas, devem ser feitas de maneira objetiva e discreta, apresentando um viés diferenciado, sem detalhes que façam promoção dessa “figura popular”.  
Michael Jackson  morreu de overdose
de medicamento analgésico. A causa
da morte é sugestiva para uma abordagem
mais ampla sobre os perigos que as drogas
lícitas também oferecem. 


Se um artista morre de overdose de medicamentos, ou por uso excessivo substâncias tóxicas, a abordagem merece alerta sobre o mau uso de medicamentos controlados. Outro viés para esse fato, é fomentar uma discussão com especialistas, por exemplo, analisando o que pode levar alguém que aparentemente tem fama e dinheiro a um fim tão trágico. Nesse caso, as supostas causas da morte, deveria ser o ponto da notícia mais importante para ser explorado, não a morte do “artista” em si.  Há emissoras religiosas, por exemplo, gastando tempo com discussão sobre campeonato de futebol, o que outras emissoras o fazem com muita competência, com equipe formada e treinada para discutir esse assunto. Outras, procuram seguir linha de programação idêntica a rádios populares, que ao invés de tornarem-se um diferencial, uma alternativa, engrossam o coro dos que fazem rádio apenas com fins comerciais de objetivos popularescos, fugindo à sua proposta original. É importante lembrar que emissoras confessionais, acabam se transformando em referência da denominação religiosa que representa. Desde a plástica ao conteúdo, a linguagem utilizada, o cenário apresentado, tudo deve transmitir de maneira clara sua mensagem, que não dê sentido confuso em relação à sua crença. Essas emissoras não deveriam evoluir como algo maior que a denominação que representa, mas repercutir sua identidade em todos os aspectos. 
Comunicação é sempre propositiva em seu aspecto editorial
Não é inteligente sob o ponto de vista confessional, característico de emissoras de representam uma igreja, gastar tempo com temas explorando o mesmo enfoque que outras emissoras exploram. Tudo precisa ser transmitido depois de pensado, com sua própria linguagem, com sua própria linha editorial, sem comprometer a notícia que dá suporte para outras discussões ou sugestões. 



Quando o caso é de violência infanto-juvenil, não deveria ser explorado apenas como crime e a defesa acalorada de maior punição para os menores infratores, ou a diminuição da maioridade penal. Esta é a defesa natural de todos os meios de comunicação, que se atém a relatar, a retratar o acontecimento, sem uma visão analítica sobre causas, circunstâncias e sugestão de mudança. O ponto mais importante seria discutir a estrutura familiar e social moderna, na qual esses jovens estão inseridos; seu estilo de vida, as perspectivas sócio educativas, etc.  
 O meios de comunicação explorados por instituições religiosas deveriam, em sua essência, ser uma voz alternativa aos conceitos superficiais da crítica pela crítica, ou da reprodução do pensamento coletivo; não deveria informar o que todo mundo quer ouvir; fazer o que todos esperam, falar o que agrada a todos, ou discutir assunto da “moda”, simplesmente para se popularizar ou mostrar-se afinado ou “antenado” nesses acontecimentos sem nenhum outro objetivo. Na  prática, a repercussão de interesses popularescos não exerceria papel sugestivo para a transformação da mentalidade social de maneira justa, ou propor um outro caminho.  
Notícias relacionadas ao carnaval, por exemplo, podem ser destacadas de maneira a não promover a festa, mas suas co-relações com a violência, o abuso de bebidas alcoólicas e outras drogas; o turismo sexual nessa época do ano; doenças sexualmente transmissíveis  e acidentes, isso, claro, respaldado em dados estatísticos ou factuais. Nesse caso, há que se fazer pesquisas para embasar a abordagem. Em linhas gerais, a mídia prefere não divulgar pontos negativos da festa, exatamente por sua linha editorial que visa promover esse evento que, por outro lado, promove o comércio, as vendas, o turismo, consideravelmente viável para a sustentação comercial das emissoras de TV, rádio, revistas, etc, pelos contratos publicitários. Em vários outros casos, até mesmo notícias políticas ou de mercado, é preciso observar o que é fato e o que é publicidade. É muito comum lermos notícias que mais parecem promoção e propaganda. A análise crítica e a busca detalhada de alguma informação nesse nível, pode resultar num texto mais claro sob o ponto de vista do factual com relevância informativa.

Se a mídia de um modo geral repercute notícias que promovam alguma bebida alcoólica como benéfica ao coração, por exemplo, é preciso aprofundar a discussão com médicos e especialistas que tenham opiniões diferentes sobre o tema; se assim não for, esse tipo de notícia pode ser descartado dos noticiários da emissora. Outra contradição seria promover eventos de outros grupos que filosoficamente não compactuam da mesma crença, ou divulgar  produtos duvidosos sob os pontos de vista saudável, ético ou religioso ou que se chocam com os  princípios de fé defendidos pela linha editorial da emissora. Em linhas gerais é necessário que o editor jornalista observe detalhes que porventura venham trair a boa fé. Dessa percepção, depende todo o trabalho executado para que seja convergente sob todos os aspectos.  

Mais que ser jornalista ou comunicador, é importante que esses profissionais que prestam serviço a um veículo de cunho religioso tenha essa percepção e conhecimento sobre os princípios de fé, defendidos por sua organização. Podemos estar fazendo até coisas lícitas, sob o ponto de vista social, mas contraditório em relação ao que se crê.