Ao observar os discursos, práticas e comportamento de pessoas que se inclinam para uma linha ideológica de esquerda, lembro-me da primeira vez que tentei explicar um erro que cometi, culpando uma outra pessoa. A correção que tive naquele momento foi primordial para uma reflexão sobre a minha responsabilidade independentemente do erro dos outros. E não foi erro que compromete a vida ou a integridade de ninguém; foi um erro de leitura.
Li uma palavra errado, porque estava escrito errado no ar, durante o noticiário da emissora quando estava começando como locutor de rádio aos 17 anos de idade. Fui chamado pelo diretor de jornalismo para explicar o que tinha acontecido, e logo me defendi: "Está escrito assim, o erro foi de quem escreveu". O chefe de jornalismo então me disse: "Sim, está escrito errado; errou quem escreveu, e você também errou quando não prestou atenção antes de ler; o nosso trabalho é em equipe, mas a responsabilidade pela execução é individual".
Isso foi muito importante para mim. A partir desse episódio comecei a prestar mais atenção em mim, em me corrigir; a prestar mais atenção naquilo que podia me levar a errar, sem olhar para o que os outros estavam fazendo.
Ao observar o pensamento e argumentações de pessoas de "esquerda", vejo claramente esse caráter que todo ser humano pode desenvolver a partir do momento que erram, e procuram se defender de seus erros culpando os outros.
Recentemente, o homem que esfaqueou um político prestou depoimento e justificou seu ataque sem nenhum ar de arrependimento, como se os seus motivos pessoais fossem suficientes para praticar um crime:"Eu me senti ameaçado pelo discurso dele".
Os nossos motivos é uma questão que temos que resolver conosco; é uma questão íntima, de formação de caráter e controle de sentimentos. Colocar nossos sentimentos como o "senhor da nossa razão", poderá nos levar a cair no vício da justificativa de nossos erros e até crimes, sem nenhum interesse por correção.
Não assumir nossos erros jamais nos levará a corrigi-los e passam a ser a nossa verdade.
Esse caráter começa a ser formado no primeiro momento em que erramos. Se não for corrigido, torna-se aceitável quando é defendido por critérios pessoais diante daquilo que motivou um ato errôneo. Foi assim com Adão no Paraíso: "A mulher que o Senhor me deu como esposa me deu do fruto e eu comi". Mesmo estando ciente do que estava fazendo, responsabilizou a mulher que Deus havia dado a ele por esposa.
A mentalidade de esquerda se desperta sempre que um erro é praticado e prevalece quando não se submete à correção, à obediência e à sujeição a regras e normas. Nesse ciclo de erros, justificativas e continuidade, a inversão de valores ganha força, pois passa a não reconhecer o poder que governa acima de si.
Todo homem tem a capacidade de desenvolver pensamentos esquerdistas. Aqueles que são orientados e guiados pela correção, escapam de suas danosas consequências.
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