terça-feira, 19 de janeiro de 2016

CRISE DOS CORREIOS: FOLHA DE PAGAMENTO SÓ ATÉ SETEMBRO

Funcionários não sabem o que pode acontecer
A Declaração foi dada por um funcionário dos Correios agência do Plaza Shopping de São José do Rio Preto. Segundo ele, a notícia, que veio de uma fonte do alto escalão deixou os funcionários preocupados. "Não sabemos o que vai acontecer depois disso" - disse. "O que fizeram com a Petrobras, fizeram com os Correios, mas ninguém fala nisso, porque a ECT está ligada diretamente ao Ministério das Comunicações e, nenhum órgão de comunicação que tem concessão do governo, quer colocar a cara a tapa para denunciar". É duro admitir que uma empresa com mais de 350 anos no Brasil foi sucateada em tão pouco tempo e de maneira tão agressiva. Só com a mudança da logomarca, gastaram bilhões" - lamentou. 
O funcionário disse não acreditar que o que está acontecendo seja por incompetência do governo. "Eu acho que isso é de propósito, porque não dá para admitir que uma pessoa seja tão incompetente no cargo que ocupa. Para mim é tudo de propósito, planejado e organizado por interesses ocultos" - opinou.
Empresa que tem o controle do governo afirma, 
conforme manchete do jornal, 
que "abriu exceção"para apoiar Dilma em campanha. 


Denúncias ainda não apuradas revelaram que, nas últimas eleições presidenciais, a estatal foi usada para promover o governo e as indicações de cargos do alto escalão da empresa são feitas mediante acordos políticos. 
"Isso pode ser apenas a ponta do iceberg, já que de há dificuldade de se apurar  e ficar apenas no disse-me disse, ou no dito pelo não dito, levando o caso ao esquecimento da opinião pública" - argumentou o funcionário. "Quando tudo fica nas mãos do governo, o que ficamos sabendo é apenas parte do que a mídia pode revelar. O que acontece nos bastidores ninguém fica sabendo. E quem vai ter coragem para dizer alguma coisa, se hoje não vemos ninguém no cenário político que não foi ou está sendo beneficiado com essa rede de corrupção?"

sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

RADIALISTA CONSIDERA QUE LOCUTOR NÃO É ESTRELA

Mesmo cumprindo requisitos de sobra para ser uma estrela da comunicação nacional por sua larga experiência, poder de persuasão e carisma, J. Dávila decidiu fazer rádio como uma missão, não apenas como um meio de vida. Esse perfil de profissional dificilmente encontra lugar em emissoras comerciais, em que o objetivo é manter no ar locutores de boa voz, que anunciam e desanunciam músicas, informam a hora, e pronto. 

A missão de comunicar conteúdo e tornar o rádio mais proveitoso pelos recursos que oferece, parece ser um caminho inverso ao desejado pelos profissionais que acabam se tornando uma figura comercialmente consumida e, quanto mais popular se torna, mais requisitado passa a ser, investindo no marketing pessoal. Seria apenas uma carreira profissional, respaldada por suportes técnicos. "O comunicador que exerce papel de ator, acaba ficando na superficialidade" - afirmou. 

"O rádio precisa ser visto como um meio de ir até as pessoas com aquilo que transmitimos, não o contrário" - defendeu, acrescentando que locutor não deve se fazer de estrela, roubando a cena do que faria diferença na vida do ouvinte. 

"Isso faz perder todo o propósito do rádio como um veículo para promover o bem estar das pessoas, do contrário, não há razão de ser" - opinou. O radialista ainda defendeu que hoje já não se discute mais o potencial técnico e de alcance das emissoras pelas ferramentas que possuem. É possível que uma rádio comunitária, por exemplo, utilize as mesmas ferramentas de rádios comerciais e com transmissão de qualidade equivalente na internet e aplicativos para celulares. Não se discute mais a qualidade de ferramentas e outras questões técnicas, pois elas mudam com o passar do tempo. O que se discute é conteúdo, e é isso que fará com que as emissoras sobrevivam" - argumentou. "Não é só uma voz bonita no ar, isso é quase que uma exigência natural das emissoras; é preciso muito mais que isso"- considerou. 

quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

IDOSA DEVOLVE "GENTILEZA" AJUDANDO PASSAGEIRO DE ÔNIBUS

O ônibus estava lotado. Nos corredores do coletivo era impossível passar com facilidade sem esbarrões. Ali estava um jovem senhor de seus 45 anos com uma bolsa grande que mantinha suspensa para deixar o caminho mais livre. Mais adiante entrou uma senhora, de seus 80 anos mais ou menos. Assim que começou a procurar passagem pelo corredor do ônibus, uma moça ofereceu seu lugar para ela. "Obrigado" - disse a idosa com um sorriso. Ao ver o homem com aquela bolsa que parecia pesada, ofereceu: "Deixa que eu seguro a sua bolsa aqui." O homem, respondeu: "Não irá incomodá-la? Então eu aceito. Parecia ter sido um alívio para ele. 

"Se todos fizessem assim, teríamos um mundo melhor" - disse a idosa àquele homem, e acrescentou: "Eu fui ajudada por essa moça, e vi que você também precisava de ajuda" - completou. 

A idosa continuou falando: "Eu não me sinto parte desse mundo que vivemos hoje. Está tudo muito difícil. As pessoas, em sua maioria, parecem ser tão egoístas."

"Mas pessoas como a senhora fazem a diferença" - replicou o homem.

Certamente se uma pessoa não tivesse dado lugar a essa senhora, pelo contrário, ter disputado lugar com ela no banco do ônibus e a agredido verbalmente, alguém teria filmado com uma câmera de celular e divulgado nas redes sociais, porque é isso que causa sensação, mas não promove nenhuma atitude de mudança. Divulgar coisas ruins, das quais não concordamos, não muda o cenário.  

De fato, os gestos mais singelos nem sempre são observados em nosso dia a dia, apesar de serem praticados. É preciso nos espelharmos nos bons exemplos. Repercutir atos nocivos contra o ser humano parece uma tentativa de isolar a prática do bem. No momento que o bem, o amor e a justiça forem praticados e difundidos, sem vaidades, orgulho ou partidarismo, aqueles que praticam o mal, o desamor e a injustiça é que se sentirão desajustados no mundo. A ordem ainda governa. O amor ainda tem vencido, apesar de o mal ser reverberado pelo poder da mídia. Observe o que acontece na sua rua, no seu bairro, em sua família. 

A difusão da desgraça e do descontentamento, por um lado, é utilizada com o objetivo de explorar a boa fé das pessoas. "Promover"  o caos, tem sido uma arma lucrativa para aqueles que, conscientemente, trabalham para fortalecer seus empreendimentos sejam eles políticos, religiosos ou sociais, através do medo, exacerbando as ameaças, tocando no imaginário coletivo não só pela supervalorização daquilo que já é uma dura realidade, mas também, promovendo o medo e apresentando uma suposta solução ou saída que estaria sob o poder de algo ou de alguém. Ao invés de promoverem a libertação das pessoas, as fazem escravas de um conceito hipotético, que muitas vezes confundem com fé.  



terça-feira, 12 de janeiro de 2016

PROFESSORA TEM CASA SOTERRADA EM TRAGÉDIA

O cenário era aterrorizante. A casa ficou totalmente destruída pelo deslizamento de terra e lama, há quase 6 anos em que uma tragédia sem precedentes atingiu a região serrana do Rio de Janeiro. 
Ana Paula afirmou que todas as casas da rua onde morava foram varridas pela lama. "Eu e minha família só escapamos porque estávamos viajando de férias" - disse, lamentando a morte de seus vizinhos. "Quem estava em casa não teve tempo de escapar" - afirmou. "Nós perdemos tudo que estava dentro de casa" - reforçou.

Mãe de três filhos, ela e o marido conseguiram nesse período reconstruir a casa e recuperar tudo o que perdeu. "Os bens materiais a gente consegue recuperar com o nosso esforço, graças a Deus, mas nossos amigos só ficaram na lembrança."

A professora que afirmou ser uma pessoa "controladora de tudo", passou a rever seus conceitos após a tragédia. "A gente quer controlar tudo, os brinquedos das crianças, um bombom, uma bala, um papel higiênico, mas de uma hora para outra isso tudo se acaba; o filho pede para comer um bombom, a gente diz depois você come, filho, mas esse depois as vezes não chega; a criança quer brincar com um brinquedo novo que ganhou e a gente fica guardando para conservar, mas para quê? A gente não pensa em viver plenamente o momento que vivemos. Hoje eu sou uma pessoa diferente" -considerou, reconhecendo que aprendeu a valorizar o que é mais importante na vida. "A gente cria um monte de regrinhas, conceitos, preconceitos, mas isso não vale nada na hora que precisamos encarar a realidade."

Ana Paula recebeu um telefonema naquela noite da tragédia, sendo informada de que não tinha mais como voltar para casa. "Foi um choque, pensei nos meus amigos e parentes que ficaram lá, mas ao mesmo tempo agradeci a Deus por eu estar ali com meu marido e meus três filhos, protegidos."


sábado, 9 de janeiro de 2016

CRIANÇA É ATROPELADA QUANDO IA “PAGAR DÍVIDA À MÃE”


         O menino A.C, 10 anos, havia acabado de entregar um pacote ao colega para correr atrás de uma pipa, quando foi atropelado por um carro que passava pelo local em alta velocidade. “Foi tudo muito rápido” – disse o colega R.S, 12 anos.Os garotos voltavam de uma loja de utilidades domésticas e o acidente aconteceu a dois quarteirões de casa, na Avenida dos Mártires, em São Geraldo do Baixio, na região Leste de Minas Gerais. 
       Quando chegou ao local do acidente, a mãe do menino entrou em desespero. “Quero o meu filho de volta” – gritava Francisca da Costa Soares, inconsolável, sendo amparada por populares. 
Ela entrou em estado de choque, tendo que ser socorrida a um hospital após saber que o pacote que seu filho deixou com o colega, era um jogo de copos que comprou com parte do dinheiro que juntava no cofrinho para comprar uma bicicleta no fim do ano.
Dentro do embrulho havia um cartão onde escreveu um bilhete para a mãe: “Desculpe ter te irritado tanto a ponto de me espancar naquele dia que quebrei seu copo, sem querer, que foi presente de seu casamento. Agora eu pude pagá-la pelo mal que lhe causei, usando parte do dinheiro do meu cofre. Me perdoe, mãe. Eu te amo.”
Essa é uma notícia fictícia, mas de casos reais que acontecem por aí afora com tantos anônimos. A supervalorização de coisas substituíveis e perecíveis, ao passo que pessoas e seus sentimentos são deixados em segundo plano.


sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

ATIVISMO RESSURGE NOVA SEGREGAÇÃO RACIAL

A apresentadora "Maju"
Vez por outra, assistimos pessoas protestando contra o racismo. Mas a fórmula desse protesto parece seguir um caminho nada seguro para a mudança de pensamento das pessoas em relação ao preconceito de cor. Aliás, que mudança de pensamento seria necessário nesse caso?  
Por um lado, a vitimização daqueles que se consideram discriminados e, por outro, a ridicularização e humilhação àqueles que discriminam. Se há ódio - como as organizações de defensores da causa dos negros entendem- esse sentimento é uma via de mão dupla: "De cá pra lá, de lá pra cá." O que é preciso saber sobre essa "troca de ofensas", é a quem isso interessa. Ela não existe naturalmente, a não ser por uma provocação, a partir de um conceito que determina o que é preconceito que na verdade é construído. Há uma arregimentação orquestrada para criar esse muro de separação ideológica entre as pessoas. É isso que precisa mudar. 


Vejo com preocupação o fato de artistas famosos, como o caso de Taís Araújo, que recentemente procurou a polícia para denunciar ataque racista que teria recebido na rede social. Formadores de opinião deveriam trabalhar no sentido inverso, não engrossando a corrente do ativismo que causa mais separação e não educa, assim como o caso da garota do tempo do Jornal Nacional, "Maju" em que colegas de profissão, inclusive da Rede Globo protagonizaram campanha com a frase "somos todos Maju", remontando o episódio do jogador de futebol que teve uma banana arremessada contra ele, a partir de quando se criou a frase: "somos todos macacos."  Famosos acabam sendo instrumentos da reprodução desse pensamento que não exerce nenhum resultado didático. Assim fica "cada um na sua". Estabelecem limites conceituais e cada um que "respeite o outro", em silêncio. Mas esse respeito tem sido trabalhado de maneira desvirtuada, através de processos judiciais, de leis punitivas, entre outros elementos, que não são capazes de reeducar o indivíduo para fazê-lo voltar a ser como aquela criança que não fazia distinção de cor de seus colegas.
A atriz Taís Araújo


"Eu só descobri que era negro quando caí no mundo, quando comecei a participar da alta sociedade. Entre meus amigos eu não conseguia ver a minha cor; a gente nem falava sobre isso." 

Ou seja: assim como preconceito é aprendido e disseminado, é preciso fazer o caminho de volta, não com a ideologia do ativismo, do privilégio. Somos todos humanos. E isso não vale apenas para a questão da cor da pele, mas para a classe social, a nacionalidade, a naturalidade.  

Essa frase foi dita por uma personalidade famosa da música e da política. Agnaldo Timóteo disse-me certa vez numa entrevista que o negro não deve esperar que a sociedade estenda tapete vermelho para ele passar. "O negro precisa se valorizar e parar com essa babaquice de se sentir vítima; tem que estudar, trabalhar...é por mérito que o negro terá reconhecimento, não por um sentimento de piedade alheia" - considerou. 

segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

PASTOR CRIA "DOUTRINA DO CHAPÉU" PARA SALVAR FÁBRICA

Essa história eu ouvia dos irmãos da igreja quando eu era criança. 

- Precisamos fazer algo para salvar a fábrica de chapéus - teria dito um certo pastor a seus liderados. Assim deliberaram que a partir daquele dia a igreja adotaria uma nova doutrina, em que todos os membros do sexo masculino que pertencesse àquela denominação e estivesse sob a liderança do pastor empresário, usasse chapéu. Assim ele salvou a fábrica da falência. 

Se é verdade, eu não sei, porém, não é muito diferente do que acontece hoje em dia, com uma roupagem moderna e sutil em que muitas denominações religiosas trabalham como verdadeiras empresas, criando produtos, vendendo materiais para um público personalizado. 

Levando em consideração  o cadastro de membros, ali existem consumidores em potencial dos produtos que as organizações oferecem com argumentos razoáveis que são apresentados em seus púlpitos, ou em programas de rádio e televisão incentivando as pessoas a fazerem uso do que eles apresentam como uma solução, uma alternativa às coisas do mundo. 

"Orar pedindo a iluminação do Espírito Santo" no momento da leitura da Bíblia parece não ser tão necessário assim, pois há homens que se dizem iluminados pela revelação divina em seu lugar, que passam dia e noite em contato com Deus para trazer a mensagem para você contida nos livros que apresentam.  

Obreiros remunerados trabalham arduamente para criar todo o cenário de conforto em seus templos e, os membros não precisam se preocupar em fazer outra coisa a não ser tornar-se um espectador "pagante" de reuniões espetaculares. "Nós buscamos a Deus por você. Aqui você o encontrará. Ele não está em outro lugar" - dizem os mais ousados. 

Mas onde está Deus nessa história? Em que esses produtos e serviços ajudam as pessoas no exercício individual da comunhão com Deus?
Ler a Bíblia já não
é suficiente 
para as empresas religiosas.


É certo que não há uma resposta definida para isso pois, Deus pode atuar na vida das pessoas de diversas maneiras. O peso maior não recai sobre os "consumidores" desses produtos, mas sobre aqueles que com intenção mercantilista exploram esse nicho de mercado, fazendo disso um negócio lucrativo, pois detém o "controle" de seus membros, o poder midiático e da persuasão carismática. 
Grandes oradores se tornam garoto propaganda
de Bíblias exclusivas

A Igreja que representa Deus na terra adotaria caráter empresarial? Mas isso é o que temos visto em escala crescente ultimamente: assinaturas de tv, vendas de livros, assinaturas de revistas, cujo objetivo é guarnecer seus membros de conteúdo considerado próprio para o fortalecimento espiritual; realização de caravanas e grandes congressos apresentando seus famosos oradores que arrastam multidões para suas reuniões.  Os "Dízimos" que são uma ordenança bíblica, já não são mais suficientes para manter a casa de Deus pelas necessidades que as igrejas criam e acabam justificando os meios paralelos para sua manutenção. 

Essa marcha precisa ser diminuída para dar lugar à reflexão que nos leve a perguntar: "Onde está Deus nesse negócio?"